Água: da riqueza à pobreza

Planeta COPPE / Engenharia Civil / Notícias

Data: 10/10/2005

Apesar de tão importante quanto a questão da fome, o problema da água no país não virou prioridade em programas de governo. Os números não deixam mentir: água encanada não passa de promessa para 14% de todos os brasileiros que moram em cidades, 19% da população não utiliza banheiros convencionais, enquanto o esgoto de metade da população urbana ainda é lançado in natura. Resultado: o país gasta mais de 2,7 bilhões de dólares todos os anos para tratar de doenças transmitidas ou causadas por água contaminada. Investir em distribuição de água tratada e em coleta e tratamento de esgoto reduziria como por toque de mágica as imensas filas nos hospitais e postos de saúde, uma vez que 80% das consultas da rede pública e 60% das internações hospitalares dizem respeito a doenças causadas pela contaminação da água.

Coordenador do Laboratório de Hidrologia da COPPE/UFRJ e um dos maiores especialistas do país quando o assunto é água e esgoto, o professor Paulo Canedo aponta o mau funcionamento das companhias de saneamento pelo lastimável estado de atraso e pelo inacreditável desperdício de 46% de toda a água tratada no país, apesar de movimentarem um extraordinário volume de recursos (US$ 6,6 bilhões em 1999). A ineficiência, o caos administrativo e o uso político das empresas de saneamento constituem, em sua opinião, um dos maiores males do Brasil contemporâneo, impedindo os investimentos em conservação, ampliação e melhoria dos serviços à população.

Quem tem água no Brasil?

O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em água doce. Concentra 15% das reservas do planeta. No entanto, um em cada sete brasileiros que moram nas cidades não é servido pela rede de abastecimento de água. É uma situação absolutamente inaceitável, mesmo para um país em desenvolvimento. A universalização do serviço urbano de distribuição de água tratada deve ser vista como emergência. O meio rural não pode ser esquecido, pois só as comunidades rurais bem próximas aos centros urbanos costumam ter algum tipo de saneamento e fornecimento de água de boa qualidade. Atualmente, um em cada três brasileiros que moram nas regiões rurais brasileiras não tem qualquer tipo de água encanada. O investimento necessário para alcançar a universalização do serviço urbano de água não chega a US$ 340 milhões por ano, o que é perfeitamente factível em uma economia como a brasileira e condizente com a maioria das tarifas de água cobradas no país. No caso do esgoto, cerca de 54% da população urbana continuam desligados da rede coletora e a maioria dos esgotos domésticos coletados não recebe tratamento adequado. Toda essa extraordinária quantidade de poluição orgânica é jogada nos rios onde as empresas de saneamento coletam as águas para o abastecimento público, aumentando significativamente os cursos de tratamento da água, exterminando a fauna e a flora dos rios e disseminando doenças rio abaixo.

E a crise é grande: São Paulo, a maior cidade da América Latina, está às voltas com problemas de abastecimento há anos. Um percentual cada vez maior das grandes cidades brasileiras sofre com falta d’água ou paga tarifas européias por um serviço de qualidade duvidosa. Nessa ciranda, a população pobre na periferia é a mais prejudicada. Seria preciso investir US$ 1,5 bilhão por ano, durante 10 anos, para alcançar índices razoáveis para o serviço urbano de esgoto. Nos cerca de 5 mil 500 municípios do país, apenas 13 tratam o esgoto.

Brasileiro gasta muita água?

Não existem dados exatos sobre o consumo, simplesmente porque as companhias de distribuição não têm como aferir o consumo. Oficialmente, o cálculo é de que cada brasileiro gaste, em média, 250 litros de água por dia. Na realidade, o consumo é bem mais alto: chega a 400 litrosou mais. No Grande Rio, por exemplo, a Cedae fornece 53 metros cúbicos por segundo. Dividindo esse total por 8,5 milhões de habitantes, chegamos a 550 litros/habitante/dia. Boa parte dessa água já tratada é perdida e, portanto, não é utilizada pelo cidadão usuário. Portanto, o Brasil gasta muita água. Só para comparar, o europeu gasta em média 120 litros de água por dia, enquanto um habitante da Eritréia tem que se contentar com 20 litros diários.

Quer dizer que o brasileiro é perdulário?

O consumo médio é alto, sim. Temos a cultura da fartura e hábitos como longos banhos diários que nos tornam grandes consumidores. Mas há que distinguir entre perda e desperdício. A perda é definida em função do volume de água vendida sobre o volume de água produzida. Você está pagando por toda a água que entra pelo seu hidrômetro. Quanto mais consome, mais paga. Consumo excessivo passa a ser uma questão econômica e de conscientização ambiental. Lavar a calçada com jato d´água, como ainda se vê muito por aí, vai acabar ficando caro.

Outra coisa é o desperdício. No Brasil, é de 46%, em média. Um absurdo! Imagina só: metade de toda a água tratada fornecida pelas companhias de abastecimento fica pelo meio do caminho. Sai através de tubos e canos mal conservados que se rompem, ou é desviada de outras formas. Isso é descaso.

Por que as empresas de água e esgoto não conseguem medir o consumo?

Na Europa ou nos Estados Unidos a equação é fácil, porque o bombeamento de água ocorre 24 horas por dia. É só medir quanto está entrando no cano. Se a companhia corta ou reduz o fornecimento, falta água. Aqui, no Brasil, a cisterna e a caixa d’água funcionam como armazenadores, uma reserva que acaba desresponsabilizando a companhia de abastecimento pelo bom serviço, contínuo e com qualidade. O abastecimento pode ser interrompido sem que se perceba o corte. Além disso, a interrupção no fornecimento é perigosa, porque pode contaminar a água.

As empresas de abastecimento são todas ruins?

As empresas de saneamento no Brasil, de forma geral, estão totalmente desacreditadas. São empresas ineficientes, mergulhads num caos administrativo, principalmente nos estados onde são usadas para fins políticos.

Quanto seria preciso investir para que cada brasileiro tenha água e esgoto?

Para que até 2015 todo cidadão tenha água tratada e esgoto canalizado, seria preciso investir o equivalente a US$ 40 bilhões de dólares. É preciso haver um plano estratégico para o setor. A obtenção desses recursos exclusivamente junto ao Erário é de difícil consecução. Por isso, cresceu o debate sobre a privatização parcial do setor.

O Brasil sofre de atraso tecnológico nessa área?

Não há obstáculos tecnológicos. O Brasil está acompanhando as últimas conquistas tecnológicas no setor. Só não as aplica por falta de investimentos.

A privatização é uma solução?

Esta não é uma questão dogmática, e sim de eficácia. Não devemos estar excessivamente preocupados em ser pró ou contra a privatização, e sim pró ou contra a eficiência. O Brasil não pode se dar ao luxo de suportar indefinidamente a ineficiência das nossas companhias de saneamento. Eficácia significa obter a quantidade necessária de água para tratar e distribuir a toda a população, ter cano chegando a todas as casas com fornecimento ininterrupto, ter a água com a qualidade adequada e uma tarifa justa. O Brasil precisa fazer com que todos esses índices melhorem. A privatização pode, ou não, ser um dos caminhos. Há vários exemplos, pelo Brasil afora, de tentativas de privatização de empresas de saneamento para quem oferecesse mais dinheiro na licitação, e não para aquele que apresenta o melhor plano de investimento. Esta prática pode melhorar o caixa do Poder Público, mas não a situação do saneamento.

Como fiscalizar os serviços de empresas de saneamento públicas ou privadas?

O serviço de saneamento constitui um monopólio natural. Não existe concorrência, e, portanto, não existe o sistema de defesa do consumidor promovido pelas forças do mercado, grande algoz do empresário ineficaz. Assim sendo, a privatização do setor de saneamento exige um órgão regulador forte e presente. Os críticos do processo de privatização alertam que o mesmo Poder Público que hoje se revela ineficiente na condução das empresas de saneamento será igualmente ineficiente na condução do órgão regulador, deixando a população à mercê da busca de lucros indevidos pelas empresas privadas de saneamento. Outro problema do setor de água é a disparidade entre as regiões a serem servidas. Não existe nada mais rentável do que um cano d’água em Copacabana. Em bairros densamente habitados, um único cano abastece centenas de famílias. O mesmo cano no Recreio dos Bandeirantes ou um bairro da periferia do Rio de Janeiro com menos habitantes por quilômetro quadrado, trará prejuízo. Ora, a tendência natural de uma companhia privada é maximizar os lucros e minimizar os prejuízos. Mais uma razão para a existência de um órgão regulador forte, que definitivamente não temos. Afinal, as experiências de privatização nos outros setores da economia mostram que uma empresa pode ser lucrativa, mas não estará necessariamente prestando um bom serviço. Portanto, repito: a privatização das empresas de saneamento não é um problema de credo, e sim de análise econômica.

Existe um modelo ideal?

Existem alguns exemplos bem sucedidos de gestão de empresas de saneamento, seja pelo setor público como pelo setor privado. Obviamente, a privatização não é o único caminho a ser trilhado. A Argentina fez uma grande campanha de privatização há quase 10 anos. Resultado: experiências boas, médias e ruins. Mas não teve nenhuma ótima. O modelo da golden share pode ser interessante. É uma espécie de parceria público-privada. Entrega-se ao setor privado a gestão da empresa, mas não a propriedade. O grupo privado que se encarregar da condução da empresa de saneamento terá participação nos lucros, desde que respeite as cláusulas contratuais de investimento e política tarifária. É uma experiência de introdução de administração privada na vida pública que vale a pena ser estudada.

A legislação brasileira de proteção aos recursos hídricos é boa?

O modelo de gestão descentralizada da água por bacias hidrográficas é maravilhoso. Temos leis excelentes.

O Comitê de Gestão da Bacia do Rio Paraíba fixou valor para o metro cúbico de água do rio Paraíba. O que você acha de se cobrar pela água?

Nós, do Laboratório de Hidrologia da Coppe, como artífices da experiência do Paraíba, soltamos foguetes com esta decisão. O valor é fixado pela própria sociedade de usuários do Paraíba do Sul. Trabalhei quase uma década. em prol deste processo.

Quer dizer que o dinheiro arrecadado é insuficiente para fazer as obras de despoluição do Paraíba?

Os R$ 12 milhões que serão arrecadados por ano mal arranham as necessidades de benfeitorias e obras no rio. Só para comparar: uma única estação de tratamento de esgoto custa mais, por volta de R$ 16 milhões. No entanto, não tenha dúvida de que as mudanças serão enormes. É preciso lembrar que, antes mesmo de passar a cobrar pelo uso da água, já houve mudanças drásticas, principalmente por parte da indústria.

Quem são os vilões da poluição no caso do Rio Paraíba?

O setor industrial é sempre o primeiro a responder aos apelos para salvaguardar o meio ambiente. A razão é econômica. Antes, era mais barato sujar a água do que mantê-la limpa. Hoje, sai bem mais caro. Atualmente, o esgoto doméstico é responsável por 86% da sujeira no rio Paraíba. É vergonhoso como sujamos nossos rios. Muitos deles já estão morrendo, pois sujamos infinitamente mais do que a capacidade da natureza de se regenerar. E as conseqüências são graves. Todo mês, o Brasil gasta o equivalente a US$ 230 milhões para tratar doenças de veiculação hídrica. Oitenta por cento das consultas da rede de saúde pública e 60% das internações hospitalares dizem respeito a doenças hídricas. Há uma conta segundo a qual cada dólar investido em saneamento significa uma economia cinco vezes maior em saúde pública. Portanto, é cinco vezes mais barato tratar do esgoto. Recife, uma das nossas maiores metrópoles, tem 2,5 mil casos de cólera por ano. É a cidade onde mais se consome água mineral no mundo. Um absurdo fazer com que a população tenha que comprar água 12 vezes mais cara do que água tratada.

Moralizar as empresas de abastecimento, então, é tarefa para o novo governo?

Sem dúvida, o governo Lula vai ter que encarar este novo problema. Existe a intenção de “acertar” as empresas de saneamento através do Programa Nacional de Modernização do Setor Saneamento. É curioso, no entanto, que nenhum dos candidatos à Presidência da República sequer mencionaram o problema da água durante a campanha. E, no entanto, a água do Brasil já não é mais somente brasileira. Com esta crise no mundo, o meu comportamento é observado pelo mundo todo. O lado bom da crise é que nós vamos perdendo a liberdade de maltratar a nossa água, porque água é um problema de sobrevivência.

Links:


A Transposição do rio São Francisco e seus dilemas


Pesquisador da COPPE alerta: Brasil é campeão do desperdício de água potável

Título: Ensino Híbrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico
Coordenador: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS
Contato do coordenadorcampos@smt.ufrj.br

Resumo: A pandemia da COVID-19 impôs uma transição drástica do modelo padrão de ensino, para aulas estritamente virtuais, e tem exigido um grande esforço para preparar e oferecer cursos aos alunos, seja no ensino universitário ou no ensino básico, pois poucos estavam preparados para lidar com as tecnologias de ensino online. Passados meses após o isolamento, não tem sido trivial a transição do presencial para o virtual, principalmente na manutenção da qualidade das disciplinas oferecidas neste novo formato. Uma lição foi aprendida neste processo: é necessário investir de forma permanente na implementação de tecnologias inovadoras/eficientes no melhoramento dos processos de ensino e aprendizagem. Neste sentido, este projeto visa a dar apoio à rede pública de ensino, seja no âmbito do ensino básico ou do ensino de engenharia em outras universidades, no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é o desenvolvimento de recursos e cursos em formato híbrido, incorporando técnicas de aprendizado ativo, sala de aula invertida, multimodalidade, etc.

Isso vai fechar em 0 segundos

TítuloEscola Piloto em Engenharia Química Prof. Giulio Massarani
Coordenador: HENRIQUE POLTRONIERI PACHECO
Contato do coordenadorpacheco.h.pacheco@gmail.com e helen@peq.coppe.ufrj.br

Resumo: A Escola Piloto Presencial (EPP) em Engenharia Química surgiu em 1993, no PEQ/COPPE, e é uma ferramenta de atualização e de educação continuada, bastante útil para professores de ensino médio e de graduação, mas também muito procurada por estudantes e técnicos, além de empregados da indústria em geral. Nesta proposta da EPP desta edição serão oferecidos 10 módulos: TÉCNICAS AVANÇADAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS (DIVIDIDA EM 10 SUB-MÓDULOS) ensina técnicas de ponta para caracterização de diversos de tipos de materiais, discutindo o fundamento das técnicas e exemplificando com dados reais. Os módulos são: Módulo 1: Técnicas espectroscópicas (FTIR, DRIFTS, RAMAN e UV-Vis) Módulo 2: Ressonância magnética nuclear (RMN) Módulo 3: Difração de raios x (DRX) Módulo 4: Espectrômetro de Massas e Redução à Temperatura Programada (MS e TPR) Módulo 5: Cromatografia por permeação em gel (GPC) Módulo 6: Análises de tamanho de gotas e partículas Módulo 7: Técnicas cromatográficas gasosa e líquida – Uma visão de Troubleshooting Módulo 8: Elementos de caracterização de petróleo Módulo 9: Análises térmicas – TGA, DSC e DMA Módulo 10: Biotecnologia no Cotidiano.

Isso vai fechar em 0 segundos

TítuloLaboratório de Informática e Sociedade – LabIS
Coordenador:  HENRIQUE LUIZ CUKIERMAN
Contato do coordenadorhcukier@cos.ufrj.br e lealsobral@cos.ufrj.br

Resumo: O LabIS veio se configurando ao longo de uma caminhada que remonta aos trabalhos e investigações da linha de pesquisa em Informática e Sociedade (IS) do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da COPPE/UFRJ. Uma linha de pesquisa há tempos em busca de um Brasil ainda por inventar, movida pelo desejo de compreender a realidade brasileira para colaborar com a construção de um país mais justo e equânime. Trabalhamos com a produção de software de acessibilidade (LibrasOffice), jogos educativos (Damática), bancos comunitários (Mumbuca e Preventório) e oferecemos cursos de programação para estudantes da rede pública do ensino médio.

Isso vai fechar em 0 segundos

TítuloLetramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ
Coordenador: DENISE CUNHA DANTAS
Contato do coordenadorddantas@oceanica.ufrj.br

Resumo: O Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ é um projeto aberto a todo aquele que não é alfabetizado e aquele que não teve acesso ou não concluiu os estudos no Ensino Fundamental na idade escolar referente. Foi criado em 2005 pela Assessoria de Desenvolvimento Social da COPPE, a partir de uma pesquisa com os servidores e trabalhadores terceirizados que atuavam em atividades de limpeza e serviços gerais. A pesquisa foi ampliada para outras unidades e setores da Universidade. Hoje o Projeto tem como aluno servidores da UFRJ e terceirizados que, em sua maioria, trabalham no Centro de Tecnologia, e cidadãos moradores do entorno da Ilha do Fundão, principalmente da Vila Residencial e do Complexo da Maré. As aulas são ministradas no Centro de Tecnologia para as turmas de Letramento Básico, Intermediário e Avançado. E acontecem de segunda a sexta feira, de 15 às 16:30 horas.

Isso vai fechar em 0 segundos

TítuloPolímeros para o setor de petróleo e gás – Aditivos
Coordenador: TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES
Contato do coordenadortaissazl@yahoo.com.br e elucas@metalmat.ufrj.br

Resumo: A ação contempla aulas teóricas e demonstrativas e obtenção, caracterização e propriedades em solução dos polímeros, além de suas aplicações como aditivos na indústria do petróleo.

Isso vai fechar em 0 segundos

TítuloPolímeros: aplicações e uso consciente
Coordenador: ARIANE DE JESUS SOUSA BATISTA
Contato do coordenadorariane.pent@gmail.com e ariane@pent.coppe.ufrj.br

Resumo: A reciclagem de plásticos é um tema importante, visto que mais de 60% de todo plástico produzido já virou resíduo e apenas 9% foi reciclado em todo mundo. No Brasil os dados são ainda mais alarmantes. O relatório apresentado pelo WWF recentemente afirma que o Brasil é o quarto maior produtor de resíduos plásticos do mundo e recicla menos de 2% desse montante. Contudo, políticas de reciclagem e educação ambiental ainda são precárias e pouco divulgadas, e a disseminação de informações que tornam os plásticos vilões fazem com que o banimento desses materiais seja cada vez mais desejável. No entanto, vale lembrar que os plásticos são polímeros de alto valor agregado, baixo custo de produção e muito versáteis, e quando reciclados podem ser reinseridos na cadeia produtiva, possibilitando a produção de novos materiais, além de alavancar o setor energético. Dessa forma esse projeto visa instruir e incentivar alunos de escolas públicas e privadas a serem multiplicadores dos conceitos de reciclagem em suas escolas, famílias e comunidade. Onde palestras e atividades lúdicas serão realizadas, de forma virtual, incentivando o descarte correto ou reutilização de resíduos plásticos, evitando que esses resíduos sejam descartados em lugares impróprios.

Site onde os trabalhos realizados pelo projeto de extensão são divulgados
Instagram do Grupo EngePol (PEQ/COPPE/UFRJ), onde todos os nossos trabalhos e laboratórios são divulgados, inclusive os do projeto de extensão

Isso vai fechar em 0 segundos

TítuloPrograma de Incubação de Empreendimentos Populares – Inovação Social dos Processos de Incubação de EES
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenador: amandaxavier86@gmail.com

Resumo: A ITCP/COPPE vem atuando, desde a sua criação, no apoio aos Empreendimentos Populares. Desenvolve ações que vão de encontro às necessidades das classes populares e dos setores informais, que historicamente ficam à margem das ações sociais desenvolvidas pelo Estado. Hoje novas técnicas e ferramentas são requeridas para enfrentar os novos desafios que se apresentam. Esta proposta visa investigar metodologias inovadoras de incubação, que propiciem o aperfeiçoamento das atividades dos empreendimentos incubados, dando continuidade às ações desenvolvidas pela ITCP/COPPE. A implantação das novas metodologias desenvolvidas permitirá melhorar a qualidade dos Empreendimentos Econômicos Solidários – E. Site da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares – ITCP/COPPE/UFRJ 

Isso vai fechar em 0 segundos

TítuloEspaço COPPE Miguel de Simoni
Coordenador: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER
Contato do coordenador: werner@cos.ufrj.br

Resumo: A atividade central deste projeto é a visitação guiada a exposição do Espaço COPPE, realizada predominantemente por estudantes do Ensino Médio da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os grupos de estudantes realizam as visitas acompanhados por professores das escolas de origem. O ambiente dos espaços de divulgação científica e tecnológica, como o Espaço COPPE, pode proporcionar elementos-chave de fomento à motivação intrínseca do aprendizado – por exemplo: construção de significado pessoal, tarefas desafiadoras, colaboração e sentimentos positivos sobre os esforços realizados e, portanto, são potenciais indutores da formação de vínculos novos, por vezes mais intensos. Site do Espaço COPPE  

Isso vai fechar em 0 segundos

TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS – DEFESA
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br e karina.andrade@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

Isso vai fechar em 0 segundos

TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS GERAIS E UFRJ
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG-TR) preconizada pela SEGES do Ministério de Economia). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

Isso vai fechar em 0 segundos

TítuloUBUNTU.lab – Programa de inovação aberta em cidades inteligentes para a redução da desigualdade racial no Rio de Janeiro

Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contato do coordenadormatheusoli@hotmail.com

Resumo: O Projeto BRA/15/010 – Fortalecimento e Expansão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial é uma ação entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o objetivo de descentralizar as políticas públicas de igualdade racial e fortalecer e expandir o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). A Fundação COPPETEC foi uma das entidades selecionadas através do projeto U.lab para apresentar a prefeitura do Rio de Janeiro um laboratório de inovação governamental a ser replicado como política de promoção da igualdade racial no âmbito de implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Município desenvolvido pelo Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal da Casa Civil (EPL). No âmbito do Sinapir, o presente projeto tem o objetivo de entregar ao município do Rio de Janeiro, um programa de inovação governamental que coloca o jovem negro como protagonista da tecnologia capaz de promover o bem-estar no seu dia a dia.

Isso vai fechar em 0 segundos

TítuloUnidade de Suporte à Inovação Social – USIS
Coordenador:  CARLA MARTINS CIPOLLA
Contato do coordenadorcarla.cipolla@ufrj.br

Resumo: A atividade apoia inovações sociais como chave para o desenvolvimento. O USIS/ UFRJ – Unidade de Suporte à Inovação Social – nasceu do projeto LASIN – Latin American Social Innovation Network -, financiado pela Comissão Europeia, com o propósito de implementar um modelo de envolvimento Universidade/comunidade, baseado na combinação de atividades curriculares e extra-curriculares, materiais e instrumentos de aprendizagem, treino prático, oficinas e mentorias para reforçar as ligações da universidade com o ambiente social mais amplo (Grupos comunitários, ONGs e/ou OSCIPS, Organizações governamentais, empresas e escolas) com metodologia própria desenvolvida por LASIN.

Isso vai fechar em 0 segundos

Título“TÁ” LIGADO?! MINHA CÂMERA NA MÃO E UMA IDEIA NA CABEÇA – A LINGUAGEM AUDIOVISUAL COMO LIVRE EXPRESSÃO NA CONSTRUÇÃO DIALÉTICA NO ESPAÇO ENTRE A UNIVERSIDADE, A ESCOLA E A SOCIEDADE
Coordenador:  ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
Contato do coordenadorandreanascimento@cos.ufrj.br

Resumo: Todos nós da comunidade acadêmica e escolar tivemos que nos adaptar à utilização de soluções tecnológicas para nos comunicar, socializar e nos relacionar durante o período de pandemia para reproduzir a rotina de uma sala de aula. Com isso, a linguagem audiovisual e o uso de dispositivos portáteis, como smartphones e tablets, que já era uma realidade muito presente em nossa vida, de repente, se tornou fundamental. Essa proximidade foi uma grande motivação que trouxe a memória da frase emblemática do cineasta Glauber Rocha – Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça – que inspirou o título deste projeto e que nos faz compreender que atualmente a nossa práxis gira em torno dessa máxima que representa nosso atual cenário social nos hábitos de registrar e compartilhar nossas imagens, nossos áudios, nossos vídeos, seja de forma direta ou indiretamente nas redes sociais. Portanto, este projeto visa atender a uma demanda técnica para auxiliar a produção de conteúdo de divulgação de pesquisas, trabalhos escolares, vídeo aulas, entre outros, de forma que o público participante do projeto conheça detalhes da composição audiovisual. Enfatizar o uso da linguagem audiovisual para acesso ao conhecimento e para a troca de saberes, uma comunicação dialética onde é importante não só transmitir o conhecimento gerado na universidade mas também possibilitar que a sociedade contribua com o seu olhar, seu fazer, sua crítica.

Isso vai fechar em 0 segundos

TítuloApoio às Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro para o desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenadoramandaxavier86@gmail.com

Resumo: As MPE compõe 92% das empresas do Estado do Rio de Janeiro (RJ) e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais (Brasil, 2020). No entanto, as MPE enfrentam enormes desafios, sobretudo pela amplitude da atual crise sanitária, econômica e social (CNI, 2021; SEBRAE, 2020), colocando em evidencia o modelo econômico dominante, centrado na produção em massa de bens materiais e de performance financeira (Fernandes et al., 2021; Lima & Dias, 2020). Nesse sentido, esse projeto se fundamenta na perspectiva da Economia da Funcionalidade e da Cooperação (EFC), que tem como proposta fornecer soluções integradas de bens e serviços a partir da cooperação entre diferentes atores territoriais, abandonando a noção de escalabilidade e desenvolvendo novos modelos de governança de empresas e territórios (Du Tertre et al., 2019). Essa abordagem interacionista permite um menor consumo de recursos naturais e a renovação do vínculo social, criando resiliência para as relações econômicas, tão fragilizadas diante do cenário atual (Xavier et al., 2021; Roman et al., 2020). Este projeto visa apoiar as Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro no desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis, criando impacto direto na sociedade e na comunidade científica. Para tanto, visa a formação, acompanhamento e intervenção de dirigentes de empresas para transição de modelo econômico a partir do Modelo da Economia da Funcionalidade e da Cooperação.

Isso vai fechar em 0 segundos