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/COPPE promove debate sobre a Política Brasileira Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior

  • Palestrantes: Mario Sergio Salerno
  • Local: Auditório da Coppe, bloco G, sala 122, Centro de Tecnologia, Cidade Universitária – Ilha do Fundão
  • Data: 05/08/2004
  • Hora: 15:00

O Diretor do IPEA, Mario Sergio Salerno, fala na COPPE sobre Política Brasileira Industrial, Tecnológica e Comércio Exterior. A conferência será no dia 5 de agosto, às 15 horas, no auditório da instituição, que fica no Centro de Tecnologia, Bloco G, sala 122. O evento está sendo promovido em parceria pela COPPE e pela escola Politécnica, por meio do Grupo de Produção Integrada (GPI) da UFRJ.

Diretor de Estudos Setoriais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Mário Salerno é um dos coordenadores do processo de elaboração, detalhamento e estruturação das ações que visam a implantação da política lançada pelo governo federal em março deste ano. Para alcançar esses objetivos, o governo brasileiro vem estimulando a interação das ações governamentais com o setor privado e com a comunidade científica e tecnológica, como base para o desenvolvimento da Política Industrial.

O objetivo é aumentar a eficiência da estrutura produtiva, a capacidade de inovação das empresas brasileiras e o número das exportações. As diretrizes são o aumento da eficiência produtiva, a redução da vulnerabilidade externa, o estímulo ao investimento e à produtividade, e o desenvolvimento da base produtiva do futuro.

Para o professor Heitor Mansur Caulliraux, do Programa de Engenharia de Produção da COPPE, e coordenador do GPI, a comunidade científica está sendo chamada a refletir sobre quais tecnologias precisam ser desenvolvidas para tornar os produtos e processos brasileiros ainda mais competitivos, inclusive no mercado externo. O pesquisador da COPPE, Roberto dos Reis Alvarez, considera que a atual política industrial brasileira possibilitará ao país dar um grande salto qualitativo. “Agora, temos a possibilidade de decidir, ou pelo menos discutir, sobre nosso futuro de forma criteriosa e qualitativamente diferente do passado. As diretrizes apontadas pelo governo federal são um passo importante que inserem a inovação em produtos e processos e as formas de organização no centro do debate, ao mesmo tempo em que impõem a necessidade de reflexão sobre as escolhas que o país faz”, diz Alvares. Outro ponto destacado pelo pesquisador é o fato de a política industrial estar direcionada não apenas às empresas privadas mas também a órgãos públicos e empresas estatais.

Na opinião de Mario Salerno, do IPEA, para dinamizar a estrutura produtiva, a política industrial deve integrar a busca da eficiência econômica com a inovação tecnológica e a ampliação do comércio exterior. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que as exportações em julho deste ano somaram US$ 8,992 bilhões, contra US$ 5,512 bilhões das importações. O resultado é um superávit comercial de US$ 3,480 bilhões. O resultado das exportações é tido como recorde histórico mensal para o mês de julho, crescendo 54,0% em relação ao mês de julho de 2003.

Durante a palestra, o professor Mario Salerno irá apresentar a construção das diretrizes do programa industrial e de que forma foram focadas, com destaque para Tecnologias e oportunidades emergentes. É neste campo que concentram-se os estudos voltados para biotecnologia, nanotecnologia e software, além dos projetos para o país adequados as propostas do protocolo de Kyoto, a exemplo de biocombustíveis e seqüestro de carbono. Em todas essas áreas, a COPPE vem apresentando uma forte atuação, por meio de seus programas e linhas de pesquisa.

  • Publicado em - 09/05/2014