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/COPPE promove seminário sobre pesca e desenvolvimento sustentável

  • Local: Auditório da Coppe, bloco G, sala 122, Centro de Tecnologia, Cidade Universitária – Ilha do Fundão
  • Data: 29/11/2006 a 03/12/2006
  • Site: www.sage.coppe.ufrj.br

A COPPE promove o II Seminário de Gestão Socioambiental para o Desenvolvimento Sustentável da Aqüicultura e da Pesca no Brasil (SEGAP). A abertura do evento, amanhã, dia 29, às 9 horas, contará com a presença do Ministro da Secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin. O seminário, que será realizado, de 29 de novembro a 3 de dezembro, reunirá especialistas e representantes de governo, de órgãos ambientais e de instituições que atuam no setor. O auditório da COPPE fica no Centro de Tecnologia, Bloco G, sala 122, Ilha do Fundão.

Coordenado pelo professor Rogério do Valle, do Laboratório de Sistemas Avançados de Gestão da Produção (SAGE), da COPPE, o evento contará com a participação de gestores de projetos que apresentarão os resultados obtidos com a implantação de novos modelos de gerenciamento socioambiental em atividades pesqueiras, levando em conta a preservação e conservação dos ecossistemas aquáticos. Também serão debatidos os problemas enfrentados hoje pelo setor no Brasil e as implicações da pesca sustentável. Confira a programação no site http://www.sage.coppe.ufrj.br

Segundo Rogério do Valle, no caso do Brasil, apesar da precariedade dos dados sobre o setor, alguns estudos apontam que cerca de 80% dos recursos pesqueiros costeiro-marítimos encontram-se sobreexplotados. Segundo relatório do PROFROTA Pesqueira - SEAP/2003, a fragilidade do Estado brasileiro tem possibilitado que o sistema de licenças praticado leve o uso dos recursos pesqueiros para uma situação de esgotamento.

Relatório recente do programa Millennium Ecosystem Assessments (2005), coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA ressalta que as mudanças nos ecossistemas aquáticos poderá resultar no esgotamento da carga de nutrientes em águas costeira e doce (eutroficação e hipoxia), o que levaria ao colapso a atividade pesqueira, provocando prejuízos econômicos, sociais e ambientais, que atingem, principalmente, os pescadores que são profissionais artesanais (ou de pequena escala).

De acordo com os especialistas, os problemas atuais têm causas históricas como o barramento pelas hidroelétricas dos principais rios para usos múltiplos independentes da biodiversidade nativa; o desmatamento das margens e cabeceiras para agricultura extensiva; o assoreamento de lagos e lagoas e a poluição, tanto química quanto orgânica e inorgânica. “Na raiz desses problemas, encontra-se um sistema de gestão do acesso e uso dos recursos pesqueiros obsoleto, que precisa ser reformulado”, afirma Valle.

  • Publicado em - 06/05/2014