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/Eficiência de ferramentas utilizadas pelo Enem é tema de debate

  • Local: Othon Palace Hotel, Salvador (BA)
  • Data: 09/12/2011
  • Site: www.ufrj.br/conbratri
  • Hora: 16:00

Para discutir a metodologia aplicada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o professor colaborador do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, Dani Gamermam, coordenará uma mesa redonda sobre Teoria de Resposta ao Item (TRI), no dia 9 de dezembro, às 16 horas no Othon Palace Hotel, Salvador (BA).

Um dos objetivos do debate é avaliar a eficiência da TRI como ferramenta usada pelo Enem para selecionar futuros universitários, ou mesmo avaliar o grau de conhecimento e habilidades dos alunos. A mesa redonda, que contará com a participação da diretora de Ensino Básico do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Tereza S. Barbosa, faz parte da programação do II Congresso Brasileiro de Teoria de Resposta ao Item (Conbratri), que será realizado entre os dias 7 e 9 de dezembro.

O professor Dani Gamermam, que atua no Laboratório de Sistemas Estocásticos (LSE) da Coppe e no Departamento de Métodos Estatísticos do Instituto de Matemática da UFRJ, explica que a Teoria de Resposta ao Item é um conjunto de modelos estatísticos que permitem avaliar características latentes a partir da análise de respostas a um questionário ou prova. “O método, que está atualmente sendo empregado na avaliação de desempenho da prova do Enem, é largamente utilizado em testes como os cognitivos e de depressão”, completa Gamermam, um dos coordenadores da comissão científica do Congresso.

Além da mesa redonda sobre o Enem, este ano o Conbratri propõe diversas atividades sobre a Teoria de Resposta ao Item, incluindo dois minicursos: “TRI Multidimensional”, a ser ministrado por Mark Reckase, da Universidade de Michigan, EUA; e “Modelos Assimétricos em TRI”, sob o comando de Jorge Bazan, da Pontifícia Universidade Católica do Peru.

Para mais informações sobre a programação e para realizar inscrições, acesse o site do evento em www.ufrj.br/conbratri.
 

Entenda um pouco mais sobre a TRI

No Enem, as 180 questões que compõem o exame são extraídas de um banco de 6 mil perguntas pré-testadas e avaliadas em termos de dificuldade, capacidade de discriminação e probabilidade de acerto casual. Aplicando a TRI a essas questões pré-analisadas é possível avaliar com mais precisão o desempenho dos alunos e até mesmo comparar os resultados ao longo dos anos.
 

A TRI leva em consideração tanto os acertos quanto os erros obtidos e compara a relação entre ambos os desempenhos. A partir dessa relação é possível extrair mais informações sobre quem respondeu as questões. “A TRI trabalha com a sistematização e quantificação dos resultados. A teoria consiste na aplicação e no uso do bom senso com bases matemáticas”, destaca Dani Gamermam. Como exemplo, o professor da supõe um candidato que acerte questões muito difíceis, mas erre as fáceis: “Isso pode indicar que os acertos foram golpes de sorte, ‘chutes’, e não fruto do conhecimento”, explica.

Seguindo essa lógica, a TRI permite identificar também tentativas de ‘cola’: “Comparando o perfil de prova de um candidato com a incidência de acertos nas mesas próximas onde ele realizou o exame, é possível observar a influência das outras respostas na prova daquele aluno e supor se ele tentou ‘colar’ durante o teste”, resume o professor da Coppe.

  • Publicado em - 17/04/2014