/Aïda Espínola morre aos 95 anos
A professora da Coppe/UFRJ, Aïda Espínola, Engenheira pioneira na pesquisa em pilhas a combustível no Brasil, faleceu, dia 29 de julho, aos 95 anos. A missa de 7º dia da professora Aïda será na quarta-feira, dia 05/08, às 11h30, no auditório da Coppe, bloco G, sala 122, Centro de Tecnologia, Cidade Universitária.
Formada em Química Industrial pela UFRJ (1941), Mestre em Engenharia Química pela University of Minnesota (1958) e Doutora em Eletroquímica pela Pennsylvania State University (1974), Aïda iniciou sua carreira em 1942, aos 21 anos, como Química Tecnologista do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), no qual implantou e chefiou o Laboratório de Análises Químicas de Rochas (depois renomeado Laboratório de Geoquímica). Durante anos, esse foi o único laboratório no Brasil a realizar análises químicas completas de rochas, atendendo geólogos e mineralogistas brasileiros e estrangeiros e colaborando para a evolução da exploração de óleo e gás no país.
Na época em que optou pela Engenharia Química, a presença masculina era predominante na sala de aula e, consequentemente, no mercado profissional. Mas a concorrência nunca a intimidou. A carioca criada em Copacabana optou pela academia, ingressando em 1955 na UFRJ como professora da Escola de Química e assumindo em 1970 a direção do Instituto de Química, no qual ajudou a implantar o primeiro curso de pós-graduação.
Antes de concluir o doutorado na Pennsylvania State University, foi requisitada em 1973 pelo Centro Técnico Aeroespacial (CTA) para desenvolver um gerador de energia para o primeiro satélite brasileiro, principal missão do CTA na época. Foi o início de sua pesquisa em pilhas a combustível. Ao ingressar na Coppe em 1975, implantou uma linha de pesquisa sobre o tema no Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais, no qual trabalhou até se aposentar por considerá-lo promissor na busca pela geração de energia sustentável.
Em 2009, já aposentada, foi homenageada pela Coppe com a inauguração da sala Aïda Espínola, no Espaço Coppe, destinado a visitas de escolas. A inauguração foi feita durante o lançamento do livro de sua autoria “Fritz Feigl: atualidade de seu legado científico”.
Em 2013, aos 93 anos, lançou o livro Ouro Negro, que conta a história do petróleo no Brasil, desde a descoberta em 1939 do poço de Lobato, na Bahia, até os campos do pré-sal. Para escrevê-lo, recuperou parte da pesquisa realizada no Laboratório de Análises Químicas de Rochas, no início de sua carreira, e a contribuição da Coppe na superação dos desafios da exploração de petróleo em águas profundas desde os anos 1980.
Saiba mais sobre a professora Aïda Espínola, na seção Perfil, do Planeta Coppe
Veja também uma recente entrevista por ela concedida ao jornal Folha de São Paulo, após a publicação do seu livro Ouro Negro.
Nota publicada dia 30 de julho pelo Globo online, em sua homenagem.
http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/morre-aos-95-anos-apioneira-na-pesquisa-em-celulascombustiveis-no-brasil-17009774
Nota publicada, no dia 31 de julho, pelo portal da UFRJ.
http://www.ufrj.br/mostranoticia.php?noticia=15511_Aida-Espindola-morre-aos--anos.html
Nota publicada pela Faperj, em seu boletim semanal (30 de julho a 5 de agosto).
http://www.faperj.br/?id=2975.2.3
Nota publicada pelo Jornal da Ciência, no dia 30 de julho.
http://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/?url=http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/2-aida-espinola-morre-aos-95-anos/
Nota publicada pela Revista Brasileiros, no dia 29 de julho.
http://brasileiros.com.br/2015/07/engenheira-quimica-aida-espinola-morre-aos-95-anos/
- Publicado em - 29/07/2015