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/Encontro com os candidatos da Chapa 2, professores Romildo Toledo e Suzana Kahn

A Coppe/UFRJ promoveu dias 22 e 23 de maio encontros com candidatos a diretor e vice-diretor da instituição para o período 2019-2023. Professores, alunos, funcionários, estatutários e celetistas lotaram o auditório da Coppe, dois dias seguidos, para conhecerem as propostas dos candidatos da Chapa 2,  os professores Romildo Toledo, do Programa de Engenharia Civil (diretor), e Suzana Kahn Ribeiro, do Programa de Engenharia de Transportes (vice-diretora), e da Chapa 1, os professores José Carlos Pinto, do Programa de Engenharia Química (diretor), e Theodoro Antoun Netto, do Programa de Engenharia Oceânica (vice-diretor).

O debate entre os candidatos será promovido, na próxima quarta-feira, dia 29 de maio, das 10 às 12h, no auditório da Coppe, na sala G-122, no Centro de Tecnologia. A consulta para diretor e vice-diretor da Coppe/UFRJ será realizada nos dias 4 e 5 de junho. Estão aptos a votar os professores, alunos, pesquisadores de pós-doutorado e funcionários estatutários da Coppe, além de funcionários celetistas que tenham, no mínimo, um ano de vínculo com a instituição (completo em 2 de abril).

No primeiro dia de debate, 22 de maio, os candidatos da Chapa 2, professores Romildo Toledo e Suzana Kahn, destacaram a difícil conjuntura político-econômica do país e se dispuseram a defender o ideal de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, em um momento adverso para quem empunha essa bandeira.

Com o slogan “Coppe unida construindo o futuro”, Romildo e Suzana defenderam a atualização da formação acadêmica, com maior interdisciplinaridade e uso da tecnologia da informação; sinergia entre os laboratórios e grupos de pesquisa para o uso compartilhado e otimizado de recursos físicos e humanos, e o fortalecimento do doutorado e do pós-doutorado de modo a aprimorar o ambiente de empreendedorismo e inovação.

“A educação pública não é vista pelo atual governo como um ativo. A geração de conhecimento, o que a gente faz para promover a indústria, para beneficiar a sociedade, para gerar recursos humanos... isso não tem a valorização que deveria ter. Teremos que brigar muito para manter esta bandeira. Não se faz um país livre, autônomo, sem conhecimento, sem tecnologia, sem industrialização”, criticou o professor Romildo Toledo.

Na avaliação dos candidatos, a Coppe é reconhecida internacionalmente e conta com o respeito da sociedade e do setor industrial. “Neste momento em que recursos vindos do orçamento público serão escassos, essa interação será fundamental. É importante que a gente pense na inovação tecnológica, e também na inovação em captação de recursos. É um período difícil para obtenção de recursos públicos, devemos buscar também outras fontes, inclusive internacionais”, complementou Suzana Kahn.

A Chapa 2 defendeu a adoção de medidas para que haja maior sinergia entre os pesquisadores que atuam no maior conjunto laboratorial de uma instituição de Engenharia na América Latina. “A gente está fragmentado, cada um no seu quadrado. Nos fecharmos em bolhas prejudica o espaço de criatividade e inovação”, ressaltou a candidata a vice-diretora na Chapa 2.

“O momento no qual vivemos no Brasil requer unidade. Já trabalhamos em grupos interdisciplinares para superar questões prementes da sociedade, como o desastre ambiental em Brumadinho, baixo carbono, geração offshore. Para todos esses temas, os vários programas da Coppe têm equipes preparadas. O ministro Marcos Pontes veio à Coppe e comentou sobre o desejo do governo de comprar tecnologia de dessalinização em Israel, e nós mostramos para ele que já trabalhamos com isso há muitos anos, com sucesso. Ele viu nossos alunos de mestrado do PEQ aplicando essa tecnologia. Precisamos trabalhar a sinergia entre os grupos da Coppe. Temos 130 laboratórios e podemos aproveitar melhor essa competência”, enfatizou Romildo.

Mudanças na estrutura administrativa

Os candidatos anteciparam que, caso sejam eleitos, alguns de seus atuais colegas de diretoria permanecerão em seus cargos. Também serão incorporados novos integrantes, com a nomeação de duas pessoas para cada diretoria e a criação de uma Superintendência de Qualidade, alterando a posição no organograma da Assessoria de Gestão da Qualidade, a Coppe Q.

Romildo antecipou alguns nomes que fariam parte da nova gestão. Assumiriam a Diretoria de Assuntos Acadêmicos a professora Lavínia Borges, do Programa de Engenharia Mecânica, e o professor Marcello Campos, do Programa de Engenharia Elétrica. O professor Ericksson Almendra, do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais, atual diretor de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional passaria a atuar com a servidora técnico-administrativa Vanda Borges, da Assessoria de Pessoas. A professora Angela Uller, do Programa de Engenharia Química e ex-diretora da Coppe, assumiria a Diretoria de Tecnologia e Inovação.

“Queremos valorizar a força de trabalho. Temos 1.200 técnico-administrativos na Coppe, incluindo os contratados para projetos, cerca de 260 estatutários, mais de 100 na Fundação Coppetec, cerca de 50 ou 60 apoiando a Administração Central e mais de 400 nos laboratórios. São demandas distintas. Muitas pessoas não têm expectativas em relação à progressão. Também vamos dar atenção à questão de qualidade de vida”, ressaltou o professor Romildo, antecipando que pretende implantar um Centro de Formação de Recursos Humanos, no novo prédio, destinado à expansão do Programa de Engenharia Biomédica, ao lado da Diretoria da Coppe. “A proposta é promover eventos e ações de capacitação da nossa força de trabalho. Essa é uma das ações da nossa Diretoria de Administração e Gestão de Pessoas”, afirmou Romildo.

Eixos de atuação

Os candidatos da Chapa 2 defenderam a atualização das ementas dos cursos e o maior uso da tecnologia de informação no processo pedagógico. “Deveríamos gravar aulas, ter vídeos disponíveis para os alunos se prepararem para as provas. Os alunos veem vídeos do MIT e nós não disponibilizamos conteúdo nosso. Temos laboratórios qualificados para isso, temos a TV Coppe. Isso vai aprimorar a qualidade do aprendizado”, propõe o professor Romildo.

O candidato a diretor pela Chapa 2 defendeu maiores esforços na internacionalização da Coppe. “Precisamos trazer mais gente pra cá, mandar mais gente pra fora. Ampliar horizontes é muito importante para avançar a ciência do país. O Watanabe criou a Assessoria Internacional e agora precisamos avançar mais”, afirmou Romildo.

Também defendeu o fortalecimento do Doutorado e do Pós-doutorado, por meio de um programa específico para fixação dessa mão de obra altamente qualificada, a criação de um portal de acolhimento, para jovens professores, com 2 ou 3 anos de casa, e que os alunos da Coppe cursem ao menos uma disciplina em outro programa acadêmico, como forma de ampliar as perspectivas de seus caminhos formativos.

A professora Suzana Kahn ressaltou que a composição da Chapa se deu por afinidade pessoal, não por questão eleitoral. “Nós trabalhamos juntos há cerca de seis anos e temos muita sinergia. Isso é importante para que a diretoria trabalhe em consonância”, afirmou a candidata.
 

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  • Publicado em - 28/05/2019