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/Prefeito da UFRJ fala na Coppe sobre ações para segurança no campus

O prefeito da UFRJ, Paulo Mário Ripper, esteve na Coppe/UFRJ, nesta terça-feira, 18 de abril, para apresentar propostas e ações em curso que visam à segurança na Cidade Universitária. Também falou sobre o papel que cabe à Prefeitura Universitária na prevenção e solução dos problemas que têm tirado a tranquilidade da comunidade acadêmica.

 

Segundo Ripper, a adoção de medidas concretas esbarra em um problema: a subnotificação das ocorrências criminais na Cidade Universitária. Comparada com outras áreas do Estado do Rio de Janeiro e da capital, a Área Integrada de Segurança Pública do 17º BPM (Ilha do Governador/Cidade Universitária) apresenta baixos índices de violência (mancha criminal). Em decorrência disso, o 17º Batalhão da Polícia Militar tem um dos menores efetivos de policiais da capital.

 

"As pessoas são furtadas ou assaltadas e não registram a ocorrência. Exceto quando o crime é furto de automóvel, porque as pessoas precisam do registro para resgatar o seguro automotivo. Como as pessoas não reportam os crimes às autoridades competentes, o campus não aparece como uma área crítica para a SSP. Precisamos mudar a cultura e registrar tudo o que ocorre", explicou Ripper, que orientou o público presente ao auditório a fazer o registro, pela internet ou pelo smartphone, na Delegacia Online da Polícia Civil.

 

A Prefeitura Universitária já realizou quatro reuniões com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), duas com o ex-secretário José Beltrame, e duas com o atual secretário, Roberto Sá, nas quais solicitou apoio da PM no policiamento ostensivo e da Polícia Civil, na investigação das ocorrências.

 

“A Cidade Universitária é uma área federal e não um território federal. Suas vias são públicas. Portanto, quem tem a competência, constitucionalmente assegurada para realizar o policiamento ostensivo em suas ruas é a Polícia Militar (PM), não a Polícia Federal”, afirmou Ripper.

 


Demanda crescente e escassez de recursos

 

O prefeito ponderou que em meio a uma crescente demanda por ações que garantam maior segurança para a comunidade acadêmica e para a universidade em geral, a Coordenação de Segurança (Diseg) enfrenta a escassez de recursos financeiros, materiais e humanos. A Diseg dispõe atualmente de 107 profissionais que atuam em escala de 24 por 72 horas, resultando em apenas 15 vigilantes, a cada turno, para responder pela segurança dos cinco campi da universidade: Cidade Universitária, Praia Vermelha, Centro, Macaé e Xerém.

 

"Em 2016, enviei, com o reitor Roberto Leher, uma carta ao Ministério da Educação solicitando a abertura de concurso público para a contratação de vigilantes. Mas o cargo está extinto (desde 2002, consequência do Decreto nº 4.547), e não haverá mais provimento de cargos para a função", informa o prefeito. Além disso, a Diseg conta com apenas três viaturas (já foram oito) para fazer rondas pelo campus, e o pedido de renovação da frota não foi atendido por insuficiência de fundos.

 

Sem recursos próprios, a saída é o diálogo institucional e o estabelecimento de parcerias. "Fizemos um convênio com a Academia Estadual da Polícia Civil Sylvio Terra (Acadepol) para aperfeiçoamento de nossos vigilantes com treinamento de tiro. Além disso, pedimos autorização ao Exército para a aquisição de novas armas e munições", relata o prefeito.

 

Novas ideias para a segurança no campus

 

No intuito de propor soluções para a segurança no campus, em fevereiro deste ano a Prefeitura Universitária promoveu, no Parque Tecnológico da UFRJ, a primeira reunião do Conselho de Segurança da Cidade Universitária (CS-Ciduni). Além de integrantes da própria Prefeitura e do Parque, o Conselho reúne representantes das empresas residentes no local, o17º Batalhão da Polícia Militar e a 37ª Delegacia de Polícia. Segundo Paulo Ripper, a proposta é buscar recursos externos para segurança do campus. A Prefeitura pretende cadastrar o CS-Ciduni como pessoa jurídica, o que viabilizaria o recebimento de recursos e doações. A ideia é tentar um modelo alternativo de complementação à segurança do campus, nos moldes do Centro Presente.

 

De acordo com Ripper, face às circunstâncias a Prefeitura tem procurado mitigar os problemas, sobretudo com duas linhas de atuação: a iluminação da Cidade Universitária e o monitoramento do campus. Atualmente, o campus da Cidade Universitária é monitorado por mais de 200 câmeras, algumas delas com capacidade de zoom para identificar até rostos, além de placas de veículos. As imagens são monitoradas pelo Centro de Controle Operacional (CCO), que dispõe de seis televisores de 75 polegadas e profissionais especializados. "Tenho acesso 24 horas a essas imagens no celular", acrescenta Ripper.

 

Além disso, os pórticos recentemente instalados nas entradas do campus terão câmeras de monitoramento e locais para posicionamento de viaturas da Diseg ou da PM. Os acessos à ilha contaram com a instalação de speed table, uma elevação na pista que reduz a velocidade do veículo e permite fotografar sua placa. "Assim, o trajeto do veículo pela Cidade Universitária pode ser rastreado com auxílio da 37ª DP. É uma forma de auxiliar a polícia nas investigações", explica o prefeito. 

 

Em relação à iluminação, o campus experimentou melhorias recentes. Há cinco anos, todo o sistema de iluminação da Cidade Universitária foi substituído com recursos provenientes do Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). No total, foram instalados 446 postes, 703 novas luminárias, 16 transformadores e mais de 90 mil metros de cabos.

 

O professor Ericksson Almendra, diretor de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional, aproveitou para informar que já começou a ser executada a troca da iluminação dos estacionamentos do Centro de Tecnologia  (CT). Ela será realizada aos sábados, em uma parceria entre a Decania do CT, que fornece as lâmpadas e luminárias; a Coppe que fornece os eletricistas e a Prefeitura Universitária, que providencia o caminhão necessário aos reparos.

 

Confira o material apresentado em PowerPoint  pelo prefeito Paulo Mário Ripper: http://www.coppe.ufrj.br/sites/default/files/apresentacao_seguranca_campi_abril_2017.pdf

 

Sites e telefones úteis

 

Delegacia Online - https://dedic.pcivil.rj.gov.br


Ocorrências criminais na Cidade Universitária: http://www.prefeitura.ufrj.br/index.php/pt/dados-estatisticos

 

Ocorrências criminais no 17º AISP: http://www.isp.rj.gov.br/DadosOficiaisPesquisa.asp?chave=201702


Telefone da Diseg: 3938-1900

 

Telefone do Setor de Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho (SMS) da Coppe: 3938-7777


Whatsapp da Prefeitura Universitária (para envio de denúncias e pedido de orientação, funciona 24h):  99413-3385

 

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Campus pode ser sede de companhia do 17º BPM: http://www.prefeitura.ufrj.br/index.php/pt/noticias-anteriores-sala-de-imprensa/734-campus-pode-ter-sede-de-uma-companhia-do-17-bpm

 

Reitoria apresenta reivindicações à Secretaria de Segurança:
http://www.prefeitura.ufrj.br/index.php/pt/noticias-anteriores-sala-de-imprensa/743-reitoria-apresenta-reivindicacoes-a-secretaria-de-seguranca-do-rio

  • Publicado em - 20/04/2017