/Tecnologia produzida nas universidades pode ajudar políticas públicas
Uma das principais alternativas para enfrentar os efeitos do aquecimento global é a inovação tecnológica, que poderá proporcionar uma transição para uma economia de baixo carbono, aspecto importante na solução do impacto climático e no desenvolvimento sustentável. O atual momento requer uma mudança na trajetória de desenvolvimento, exigindo o uso de soluções tecnológicas e práticas com menor emissão de carbono. E instituições acadêmicas podem ser parceiras fundamentais do setor público, responsável pela definição de políticas de desenvolvimento nacional. O assunto deveria ocupar grande espaço na agenda de todas as esferas de governos, instituições de pesquisa e empresas privadas.
Os avanços científicos, quando aplicados na prática, promovem diversos benefícios, que vão desde a maior geração de riqueza até melhoria na qualidade de vida. É nessa conjuntura que a Participação Público-Privada-Acadêmica (PPPA) assume relevância, uma vez que extrai de cada participante o seu melhor. A tecnologia desenvolvida dentro das universidades pode auxiliar no direcionamento das políticas públicas e viabilizar a sua execução. Já a iniciativa privada apontaria novas opções para utilização do mercado.
Na UFRJ, parte desse processo já ocorre. O Fundo Verde da universidade pode ser considerado um exemplo de parceria público-acadêmica, já que utiliza o campus da Cidade Universitária como laboratório para desenvolver e avaliar o desempenho de novas tecnologias em projetos sustentáveis, com recursos oriundos da isenção do ICMS estadual. O setor privado poderá analisar o desempenho das alternativas no campus e identificar o potencial de adaptação no mercado.
Não precisamos aguardar as Convenções do Clima para decidirmos qual estratégia adotar. Mentes inovadoras pensam que a melhor forma de prever o futuro é inventá-lo. Quem estiver à frente da criação de um novo tempo terá benefícios, seja ele público, privado ou acadêmico.