Manager da NVIDIA mostra otimismo para o cenário nacional de Inteligência Artificial, em debate na Coppe

Planeta COPPE / IA e Transformação Digital / Notícias

Data: 31/05/2023

Em visita à Coppe/UFRJ, para o debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, o senior manager for Energy & High Education Research da NVIDIA, Fernando Otávio Wehrs Pereira, discorreu sobre os projetos da multinacional e mostrou otimismo em relação às perspectivas para Inteligência Artificial no país.

“A NVIDIA é uma usina de criação e Inteligência Artificial (IA). Nós absorvemos muito do que o mercado e a academia nos passam. É o que chamamos de open field operation (operação de campo aberto). Isso se traduz num espectro de software muito amplo: linguagem natural, saúde, fluidos dinâmicos, veículos autônomos, robótica, cidades inteligentes. Nossa atuação com o cliente se dá na modernização dos algoritmos, para que obtenham o máximo da nova versão da GPU (unidade de processamento de gráficos). Para que consumam menos servidores, menos espaço físico e menos energia”, informou Fernando.

Como foi dito pelo professor Alvaro Coutinho, da Coppe, na apresentação anterior no mesmo evento, dos 500 computadores mais poderosos do mundo, nove estão no Brasil, oito na Petrobras, focados na área de sísmica. “Olhando para a indústria em geral, outras operadoras investem no Brasil: Shell, Total, Exxon vai começar a investir em 2025, e têm obrigação de investir em pesquisa e desenvolvimento. Os investimentos dessas empresas estão sendo cada vez mais canalizados para renováveis, captura de carbono, hidrogênio verde. Percebendo a potência que o Brasil tem nesse setor, estão direcionando os recursos de pesquisa para essa área. Conectamos os seus pesquisadores com os pesquisadores das universidades. Nosso objetivo é conhecer muito nosso ecossistema universitário para fazer essa conexão”, explicou o manager da NVIDIA.

Segundo dados do Insper, citados por Fernando, em 2021, a China gastou 622 bilhões de dólares em IA, seguida pelos Estados Unidos, com 599 bilhões de dólares, e o Brasil foi o décimo, com 38 bilhões de dólares. “Não estamos mal posicionados, estamos logo atrás do Reino Unido. Eu sou bem otimista, pois no Brasil temos ótimas universidade, uma academia rica. Precisamos ter, de forma descentralizada, um centro de excelência em IA para ser um manancial no qual bebam todas as instituições de pesquisa. Talvez, seja esse o x da questão”, ponderou Fernando Otávio Pereira.

Além de Fernando, participaram como palestrantes do debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade” a professora Marley Vellasco, vice-reitora para Assuntos Acadêmicos – Ensino e Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); o professor André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP-São Carlos); professor Alvaro Coutinho, do Programa de Engenharia Civil da Coppe; e o professor Virgílio Almeida, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O debate teve moderação do professor Guilherme Horta Travassos, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da Coppe.

O detalhamento das palestras do debate “Inteligência Artificial e seus reflexos na sociedade”, parte da série “Agenda Coppe e Sociedade”, está sendo publicado de forma seriada no Planeta Coppe Notícias. Na quinta-feira, dia 1º de junho, será a vez da palestra de professor Virgílio Almeida, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O evento em sua íntegra também pode ser visto no canal da Coppe no YouTube, na playlist “Coppe 60 anos: série de debates Agenda Coppe e Sociedade”.

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