Recomendações para o enfrentamento de desastres

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Data: 16/05/2024

Desde o final de abril, o país vive um de seus maiores desastres climáticos desde o desastre da Região Serrana do estado do Rio de Janeiro em 2011, com chuvas muito mais fortes e constantes do que a média para esta época do ano e consequentes inundações nas principais bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul. Já são 116 vítimas fatais confirmadas, além de centenas de milhares de desalojados e desabrigados, na maior crise humanitária do estado. O lago Guaíba atingiu 5,33m no domingo, 5 de maio, superando em muito a cheia histórica (4,76m) de 1941, na maior inundação registrada na região metropolitana da capital, e, possivelmente, só voltará a um nível seguro no final do mês de maio.

Em todo país, a população se mobiliza para ajudar a população gaúcha. Confira algumas recomendações do Centro de Estudos e Pesquisas de Engenharia em Desastres (Ceped) da Coppe/UFRJ.

  • Proteja-se no contato com a água da inundação. Aqueles que participarem de missões de resgate ou ajuda humanitária, sugere-se o uso de botas, luvas plásticas e qualquer outro recurso que proteja o contato direto com a água. Caso haja contato com a água, é importante a assepsia e atenção a sintomas de infecção para procurar atendimento médico especializado. Há risco elevado de contaminação e infecção.
  • Evite doações de alimentos e prefira as doações por PIX diretamente para instituições e ONGs locais. Desde o início do desastre foram definidos muitos pontos de coleta de doações. No caso de alimentos, como são elevados os custos de logística até o Rio Grande do Sul, sugere-se a doação em dinheiro para instituições e ONGs que estão preparando e distribuindo alimentos às vítimas do desastre. A aquisição local destes alimentos inclusive beneficia a economia local que também foi fortemente afetada.
  • Identifique instituições ou ONGs de credibilidade para doação. Busque por instituições com credibilidade ou diretamente às vítimas que sejam conhecidas pelos doadores. Mesmo em épocas de grande necessidade, há quem se aproveite da boa-fé das pessoas para desviarem recursos essenciais. Doações podem ser realizadas diretamente para o governo do Rio Grande do Sul ou instituições e ONG listadas, por exemplo, no site paraquemdoar.com.br.
  • Cuidado com fake news. Em tempos de comoção pública, há ansiedade e precipitação na busca por informação. Tenha atenção com o recebimento e compartilhamento de informação recebida por redes sociais, sendo importante sempre conferir a veracidade e fonte. A desinformação, deliberada ou inconsciente, pode atrapalhar as operações e ações de resposta ao desastre.
  • Trabalho voluntário deve ser prática de longo prazo. As inundações devem gerar impacto no Rio Grande do Sul por muito tempo, o que demanda a continuidade do apoio de voluntários. É importante que o voluntariado seja prática constante e realizado inclusive com foco na preparação, com treinamentos e simulados, para que a resposta aos próximos eventos climáticos extremos seja ainda mais eficaz e eficiente. Se você não está no Rio Grande do Sul, procure instituições de credibilidade na sua região e seja também um voluntário.
  • Apoie as pesquisas e projetos de extensão das universidades. Muitos pesquisadores nas universidades desenvolvem pesquisas com foco no desenvolvimento de serviços e produtos tecnológicos para atuar na mitigação de risco, preparação e resposta a desastres, e reconstrução. Siga as redes sociais do Ceped Coppe, apoie na divulgação dos projetos e pesquisas, e participe dos eventos.  
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