Coppe apresenta projetos no UFRJ Innovation Day

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Data: 04/09/2020

A Coppe apresentou nesta quinta-feira, 3 de setembro,  projetos e inovações em áreas promissoras para o setor de óleo e gás e outras fontes de energia durante o UFRJ Innovation Day, promovido em parceria com a Shell Brasil. O evento contou com a participação do diretor da Coppe, professor Romildo Toledo; da vice-diretora da Coppe, professora Suzana Kahn; da diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe, professora Angela Uller; e do professor Alexandre Evsukoff.  A reunião foi acompanhada por professores da Coppe e profissionais e gerentes da Shell Brasil e de unidades da empresa em outros países.

 O professor Romildo Toledo abriu o evento destacando a contribuição da Coppe para que o Brasil pudesse superar os desafios da exploração da camada de pré-sal e torná-la tão produtiva, tendo em seu parque laboratorial, o maior da América Latina, instalações especialmente voltadas para o setor de óleo de gás. “Encontrar o parceiro certo, o talento certo, faz a diferença para inovar e ajudar a transformar o setor. Vislumbramos novos caminhos para a inovação no setor”, enfatizou professor Romildo.

Para Carolina Rio, Shell game changer e Shell research connect da Shell Brasil, o desenvolvimento tecnológico em parceria é importante para a inovação, e uma das parceiras mais importantes da Shell no Brasil é a UFRJ. De 2016 a 2020, a Shell Brasil investiu cerca de 360 milhões de reais em infraestrutura e projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, da Coppe e de outras unidades da Universidade. “A UFRJ tem potencial para ser um dos pilares do ecossistema de inovação no Brasil, pela capacidade de criar redes, e excelência em educação, pesquisa, transferência de tecnologia, e empreendedorismo com suas incubadoras, startups spin offs)”.
 A Cláusula de PD&I gerida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para contratos do setor garante recursos para que mesmo em tempos difíceis, como os atuais, haja continuidade nessas atividades. A cláusula estabelece que os concessionários devem destinar 1% da receita bruta da produção dos campos para pesquisa e desenvolvimento.

A diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe, professora Angela Uller, apresentou projetos e iniciativas inovadores no setor de óleo e gás, e tecnologias em desenvolvimento na Coppe para novas fontes de energia, como geração eólica offshore, fotovoltaica, maremotriz e hidrogênio.

Angela destacou ações em engenharia submarina e suas interfaces, o que incluiu tecnologias inovadoras de robótica e automação para exploração de petróleo no pré-sal (Doris e Luma) e para identificação e controle de vazamento de óleo (Ariel e Heads). A diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe citou uma série de inovações em projetos de análise estrutural de dutos e risers, descomissionamento de estruturas de produção submarina, uso de bactérias e cianobactérias para despoluição e captura de CO², e simulação numérica e física de cimento em poços.

Transformação digital: elemento chave

O professor do Programa de Engenharia Civil, Alexandre Evsukoff, destacou a transformação digital como elemento chave para inovação no setor de óleo e gás. Segundo o professor da Coppe, análise do Boston Consulting Group (BCG) aponta que o uso de inteligência computacional pode levar ao aumento de 5% na produção de petróleo, com redução de até 40% nos custos de manutenção, de até 50% no tempo e no custo de interpretação de dados.

Evsukoff destacou a grande capacidade de computação de alto desempenho instalada na Coppe, que gerencia o supercomputador Lobo Carneiro, o segundo mais poderoso do país, com capacidade de processar 226 teraflops (226 trilhões de operações matemáticas por segundo). Desde 2016, 95 projetos e 250 mil jobs foram realizados com o suporte da computação de alto desempenho da Coppe.

Evsukoff apresentou ainda o Digital Hub da Coppe, que integra 15 laboratórios, selecionados pela ANP para tecnologias digitais, e o Hub-Rio, criado para capacitar o Rio de Janeiro como vanguarda da inovação tecnológica e que converge academia, governo e empresas em uma tripla hélice. As iniciativas visam também à transferência tecnológica para startups e empresas incubadas.

Novas energias e smart cities

A professora Angela Uller apresentou um amplo leque de iniciativas da Coppe para novas fontes de energia. Entre elas, citou o inventário e mapeamento de potencial eólico offshore; protótipo de parque eólico offshore; protótipo de usina de ondas no litoral fluminense com capacidade de 50 kW; dispositivo de dessalinização alimentado por energia solar, biocombustíveis, bioquerosene de aviação, biogás de rejeitos orgânicos; recuperação térmica e uso da energia recuperada para dessalinização de água do mar; “energia azul” por gradiente de salinidade; ônibus híbrido elétrico- hidrogênio; catamarã tríptico com propulsão elétrica e metano enriquecido com hidrogênio para reduzir emissão de carbono.

A vice-diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, falou sobre pesquisas que são desenvolvidas na instituição voltadas para o conceito de cidades inteligentes (smart cities). Entre elas destacou smart materials, que reagem ao ambiente; smart grids; padrões de mobilidade urbana; ampliação do uso de veículos elétricos e seu impacto na demanda de gasolina e diesel, com cenários prospectivos para 2050; Internet das coisas (IoT); sistema de iluminação solar para edificações inteligentes.

Durante o evento, o diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, falou também sobre a atuação da Coppe para responder às demandas da sociedade por tecnologias e inovações, como no caso recente de contribuição da instituição no combate à Covid-19.

Na avaliação da professora Angela Uller, a parceria entre a Coppe e a Shell tem crescido muito nos últimos anos e há margem para ainda mais. “As grandes empresas diversificam seu portfólio para gerar negócios que visam mais eficiência e sustentabilidade”, destacou a diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe.

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