Projeto da Coppe é selecionado para programa de empreendedorismo internacional do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)
Planeta COPPE / Engenharia de Produção / Notícias
Data: 11/08/2020
O Rio de Janeiro acaba de ser selecionado para o REAP, programa de aceleração de startups coordenado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). O projeto é uma iniciativa do Laboratório de Inovação Tecnológica (LabrInTOS), da Coppe/UFRJ, coordenado pelo professor Marcus Vinícius Fonseca, e conta com o apoio de Furnas e da Petrobras. O objetivo é estimular a criação e o desenvolvimento de startups focadas nos setores de energia e sustentabilidade e, com isso, transformar o Rio de Janeiro no “Vale do Silício” destas áreas, por meio da união de atores da região e da implementação e adaptação da metodologia do MIT REAP ao contexto local.
A expectativa é, a partir do início da implementação das ações, atrair cerca de R$ 200 milhões em novos investimentos para o estado do Rio de Janeiro, incluindo inversões em startups, em projetos de P&D e difusão de novas tecnologias.
“O Rio de Janeiro é uma região com grande potencial. Temos condições para transformar o estado em um polo global de inovação nas áreas de energia e sustentabilidade com a ajuda do MIT REAP. Contamos com grandes empresas do setor – tanto em petróleo & gás como energia elétrica –, temos universidades de excelência nessas áreas e instituições governamentais fundamentais tanto para o setor de energia como para o apoio à inovação de maneira geral”, destaca Hudson Mendonça, Champion do projeto no Program REAP/MIT e pesquisador do LabrInTOS, da Coppe/UFRJ.
Segundo o diretor da Coppe, Romildo Toledo, “a parceria Coppe-MIT para criação e aceleração de startups, aliada a competência técnica e experiência das instituições brasileiras nas áreas de tecnologia, energia e meio ambiente podem resultar em ganhos significativos para o ambiente de inovação do Rio de Janeiro”.
O investimento previsto para implementação do projeto é R$ 3,2 milhões. FURNAS aportará R$ 1,3 milhão e a Petrobras planeja o mesmo valor – com recursos do programa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Aneel. Os R$ 600 mil que complementam o total serão oriundos de emenda parlamentar direcionada pelo deputado federal Paulo Ganime, também participante da construção da iniciativa.
Programa
Anualmente, o REAP seleciona até oito regiões do mundo para um programa de treinamento com dois anos de duração. O projeto selecionado deve engajar, desde o envio da proposta para seleção, os atores previstos pela metodologia: universidades, corporações, governo, empreendedores e investidores de venture capital, também conhecido como capital de risco ou capital empreendedor.
Oprograma é dividido em quatro fases: diagnóstico, elaboração da estratégia de ação, implementação das ações e estratégia de sustentação. Ao completar o programa, os integrantes do grupo têm o compromisso de disseminar o conhecimento na região selecionada, que passa a fazer parte do REAP Global. Estão previstos, ainda, a criação do programa pesquisador empreendedor e um espaço onde se concentrarão as startups aceleradas na iniciativa.
“O objetivo maior do programa não é imitar uma fórmula pré-concebida de i-Ecossistemas de sucesso como o Vale do Silício, mas sim criar um caminho único e específico para explorar as potencialidades de cada região”, complementa o coordenador do LabrInTOS, Marcus Vinícius.
Uma das principais oportunidades será a de criação de novas startups focadas nos setores de energia e sustentabilidade. Hoje, das 12.700 startups da base da ABStartups (Coppe/UFRJ), apenas 157 são ligadas a esses setores, em todo o Brasil. “O desafio, entretanto, também é uma grande oportunidade. Ainda não há no Brasil uma região já consolidada, e, mesmo no mundo, existem poucas candidatas capazes de se tornar de fato um centro de empreendedorismo inovador nas áreas de energia e sustentabilidade”, reforça Hudson.
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