Professor da Coppe participa de evento sobre segurança aeronáutica

Planeta COPPE / Engenharia Mecânica / Notícias

Data: 20/12/2019

O professor da Coppe/ UFRJ, Renato Cotta, proferiu palestra sobre segurança de voo em workshop promovido pela empresa Gol Linhas Aéreas, dia 16 de dezembro, em São Paulo. Cotta apresentou resultados de pesquisas recentes sobre formação de gelo em estruturas e sensores aeronáuticos e novos desenvolvimentos para mitigação desse problema crítico para segurança da aviação.

A convite do comandante Danilo Andrade, Diretor de Segurança Operacional (DSO) da companhia, que completou 10 anos, o professor do Programa de Engenharia Mecânica (PEM) da Coppe fez um relato histórico, desde a queda da aeronave da Air France (voo AF447) no Oceano Atlântico, em 2009, quando 228 pessoas morreram. Uma falha na leitura dos equipamentos foi um dos motivos do acidente.

Túnel de Vento Climático

O professor Renato Cotta apresentou a pilotos, engenheiros e especialistas em segurança aeronáutica o túnel de vento climático (para estudos em formação de gelo e certificado pelo InMetro), o primeiro no hemisfério sul, que foi projetado e construído na Coppe para viabilizar o trabalho. O túnel supriu o Brasil com um equipamento para ensaios de pesquisa e certificação de sensores e componentes aeronáuticos sob condições de formação de gelo. “Já foram realizadas, por exemplo, análises para a Embraer sobre fluidos anticongelantes para asas”, contou o professor.

Um dos motivos para a queda do avião da Air France foi o congelamento dos tubos de pitot, que levou a uma sequência de decisões errôneas dos pilotos. “Mostramos o desenvolvimento teórico para simulação do fenômeno (congelamento) e sua verificação e validação com ensaios em túnel de vento e em ensaios em voo da aeronave A4 Skyhawk da Marinha do Brasil”, relatou Cotta.

As inovações propostas para incluir sistemas repelentes ao gelo e de degelo de sondas Pitot aeronáuticas também foram apresentadas pelo professor da Coppe. Segundo ele, estão sendo verificadas “desde alterações geométricas e paramétricas para aumentar a resistência às condições atmosféricas adversas, medidas indiretas apoiadas por metodologias computacionais para situações emergenciais, até iniciativas mais disruptivas como a proposição de superfícies gelofóbicas para inibir a aderência do gelo nos sensores” concluiu.

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