Coppe entrega propostas ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
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Data: 27/01/2017
O diretor da Coppe/UFRJ, professor Edson Watanabe, entregou ao secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Elton Zacarias, uma proposta de programa piloto para o apoio à infraestrutura dos grandes laboratórios da Coppe para esse período de crise. No encontro, que reuniu a diretoria da Coppe, alguns professores da instituição, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Marcos Cintra, e o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, Jailson de Andrade, foram debatidas formas de impulsionar a inovação tecnológica no Brasil, e o excesso de burocracia no sistema de pesquisa.
A diretoria da Coppe solicitou que o ministério implemente um programa piloto, que permita a concessão de bolsas – e garanta recursos para tal – a pós-doutores, engenheiros ou técnicos especializados, com o objetivo de garantir a manutenção das equipes de pesquisa, enquanto perdurar a crise. Foi exposta a conjuntura adversa para as instituições de ensino e pesquisa, em que a crise econômica e a hipertrofia dos instrumentos de controle, com excessivo foco nos meios e não nos fins, trazem dificuldades substanciais aos laboratórios, sobretudo aqueles que recebem projetos de grande vulto.
O apoio do governo, necessário à continuidade de funcionamento dos laboratórios, teria como retorno para a sociedade o desenvolvimento de projetos visando a inovação no seu sentido estrito, ou seja, a transformação de ideias em produtos aceitos pelo mercado ao mesmo tempo em que se garante a continuidade de funcionamento dos laboratórios.
Incentivos à inovação e à transferência de tecnologia
O professor Watanabe destacou ainda a importância da proposta do Programa de Iniciação à Inovação (PI²), apresentado em julho de 2016 ao ministro Gilberto Kassab. “Trata-se de um projeto piloto para estimular a “criação do engenheiro” com capacidade de inovação tecnológica, para que estes sejam capazes de transformar resultados de projetos de pesquisa em produtos comerciais, aprovados pelo mercado e colocados à disposição da sociedade. A ideia é criar ecossistemas de inovação nas universidades, em parceria com as incubadoras de empresas, parques tecnológicos e startups”, explica o diretor da Coppe.
Durante a reunião, o diretor de Relações Institucionais da Coppe, professor Luiz Pinguelli Rosa, entregou ao presidente da Finep o projeto de um estudo comparativo entre os sistemas e mecanismos de transferência de tecnologia do Brasil e da China. De acordo com o professor Aquilino Senra, do Programa de Engenharia Nuclear, que forneceu mais detalhes sobre o projeto, o estudo seria realizado no âmbito do Centro China-Brasil e contaria com oito pesquisadores, quatro da Coppe e quatro da Universidade de Tsinghua.
“Existe um passo entre o protótipo e o produto, e a China tem sido muito bem-sucedida em dar este passo. É uma questão tanto de políticas públicas quanto de estrutura empresarial, e o projeto nos permitirá entender melhor o sucesso chinês”, explica professor Aquilino.
O presidente da Finep, Marcos Cintra, concordou que a autarquia e o ministério poderiam criar um programa específico para fazer a “ponte” entre o projeto de inovação e o produto pronto para o mercado. “Tornar o produto viável depende do empreendedorismo. Isso esbarra no crédito, na burocracia, na falta de apoio ao exportador”, acrescenta Elton Zacarias, secretário-executivo do MCTIC.
A diretoria da Coppe recebeu além do secretário-executivo do MCTIC e do presidente da Finep, na Sala China-Brasil, o diretor de Políticas e Programas de Desenvolvimento do ministério, Jailson de Andrade. Participaram da reunião o diretor de Relações Institucionais, professor Luiz Pinguelli Rosa; o diretor de Tecnologia e Inovação, professor Fernando Rochinha; o diretor de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional, professor Ericksson Almendra, o diretor de Orçamento e Controle da Coppe, Fernando Peregrino; o professor do Programa de Engenharia Oceânica, Segen Estefen; e o professor do Programa de Engenharia Nuclear, Aquilino Senra.
A comitiva conheceu o trem de levitação magnética (Maglev-Cobra) e o ônibus a hidrogênio (H2+2) desenvolvidos pela Coppe, e visitou o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano) e o Laboratório de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e Soldagem (LNDC).