Fernando Peregrino é eleito presidente do Confies

Planeta COPPE / Fundação Coppetec / Notícias

Data: 25/11/2016

O diretor de Orçamento e Controle da Coppe/UFRJ e diretor executivo da Fundação Coppetec, Fernando Peregrino, foi eleito presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies). A eleição foi realizada durante o 34º Encontro Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica, realizado em Belo Horizonte, de 21 a 24 de novembro.

Peregrino, no momento vice-presidente do Confies, assumirá em janeiro o cargo para o mandato 2017-18, sucedendo à Suzana Montenegro, que será, a partir de então, vice-presidente do Conselho. O evento teve a participação de cerca de 320 integrantes de fundações e representantes de ministérios, de entidades científicas e educacionais, da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Advocacia Geral da União (AGU), além de professores universitários e parlamentares.

O diretor de Orçamento e Controle da Coppe cobrou celeridade para que o país acompanhe a tendência mundial e destrave os negócios inovadores. Fernando Peregrino comparou o Brasil – onde um empreendedor demora 100 dias para abrir uma startup – com a Nova Zelândia, que permite que o processo seja feito em um único dia.

Pesquisa e burocracia

Durante o Encontro, foi distribuído o questionário “O que pensa o pesquisador brasileiro sobre a burocracia?”, com perguntas que visam embasar ações para reduzir o excesso de burocracia nas universidades federais e instituições de pesquisas, responsáveis por 90% da produção científica e tecnológica brasileira.

O objetivo é acelerar processo de inovação no país, que atualmente ocupa apenas a 70ª colocação no Global Innovation Index de 2015, a 74ª posição do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a 75ª posição, no índice de competitividade, disse que o Brasil ocupou este ano.

Peregrino criticou ainda a atuação excessiva dos órgãos de controle (Tribunal de Contas da União e Controladoria-Geral da União) nas universidades e nas instituições de pesquisas.“Quanto custa (ao País) parar um projeto tecnológico pela não conformidade contábil de centavos?”, questionou Peregrino.

Também presente ao evento, a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Helena Nader defendeu a volta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com a recomposição de seu orçamento ao patamar de 2013, quando somou R$ 9,6 bilhões, mais do dobro da verba disponibilizada para este ano (R$ 4,2 bilhões). Helena pediu ainda que a Proposta de Emenda Constitucional nº 55 (PEC 55), que estabelece um teto para as despesas primárias da União, livre a ciência, tecnologia, inovação e a educação do congelamento dos investimentos previsto na proposta.

No evento também foi promovida consulta para avaliar quais itens mais emperram a burocracia brasileira. Pela ordem, os participantes elegeram: o credenciamento das fundações; o Sistema de Convênios (Siconv), do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; procedimentos internos das universidades para aprovação de projetos de pesquisa e desenvolvimento; despesas operacionais administrativas; prestação de contas e remanejamento de rubricas; e o Sistema de Gestão de Investimentos em Tecnologia (Sigitec), da Petrobras.

Sobre Fernando Peregrino

Mestre (2009) e doutor (2012) em Engenharia de Produção pela Coppe/UFRJ, é analista de C&T aposentado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Desde 1986, colabora com a UFRJ e a Fundação Coppetec. Foi superintendente do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Desde julho de 2015, é diretor executivo da Fundação Coppetec.

Especialista em políticas públicas, ocupou, ao longo da carreira, vários cargos na administração pública. Foi presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) por duas ocasiões (1991-1994 e 1999-2001); presidente do Proderj (2001), coordenador de Desenvolvimento Humano do governo do Estado do Rio de Janeiro (2000-2002), secretário de estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (2003), e secretário de estado chefe de gabinete do Governo do Estado do Rio de Janeiro (2004-2006).

Foi presidente do Fórum Nacional dos Secretários de C&T e membro do Conselho Nacional de C&T da Presidência da República (2003). Atualmente, é vice-presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa (Confies).

Em 2000, recebeu a Medalha de Mérito Pedro Ernesto, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727697T6