Ciclo de Diálogos Coppe-Idea quer laboratórios mais integrados
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Data: 09/12/2013
Não faltaram boas ideias durante a realização do II Ciclo de Diálogos que o Coppe-Idea promoveu no último dia 9 de dezembro, para discutir formas possíveis de estimular parcerias produtivas entre os laboratórios da Coppe. O evento aconteceu no auditório G-122 do Centro de Tecnologia e contou com a parceria da Coppe e do Sebrae.
O tema “Parceria entre laboratórios – Quebrando barreiras e catalizando a inovação” foi explorado de formas diversas no encontro. Segundo o vice-diretor da Coppe Edson Watanabe é preciso estimular novas formas de integração na universidade. Lembrando o significado da palavra “simpósio” na Antiguidade grega – segunda parte de um banquete ou festim, durante o qual os convivas bebiam e praticavam jogos diversos –, ele defendeu a criação de ambientes mais informais na universidade, onde as pessoas poderiam trocar ideias e, assim, estimular a inovação.
“Precisamos conversar mais em encontros informais, criar um ambiente para o conhecimento volátil. Poderiam ser reuniões quinzenais ou mensais, reunindo vários laboratórios”, disse o professor Watanabe, lembrando que a arquitetura da universidade não é propícia para esse tipo de interação, hoje fundamental para estimular a verdadeira inovação.
Considerando que o desenvolvimento tecnológico no Brasil está em grande parte a cargo das universidades, o diretor de Assuntos Acadêmicos da Coppe Fernando Rochinha disse que a chegada de novos desafios, como o que hoje representa o pré-sal, certamente ajuda a quebrar o distanciamento entre os laboratórios. Entretanto, as pessoas são o maior entreve na questão:
“Fomos educados para “reagir”, ou seja, responder perguntas, fazer provas. Mas os alunos de hoje precisam desenvolver a iniciativa e, principalmente, o espírito crítico” disse ele.
Sobre o distanciamento atual da comunidade acadêmica, o diretor da Coppe Luiz Pinguelli Rosa lembrou iniciativas bem sucedidas como o Espaço Alexandria e os cursos de matemática aplicada, que acontecem na Coppe ao meio-dia. Citou ainda possibilidades de integração em formatos maiores, como congressos, e a ideia lançada pelo professor Watanabe, de um laboratório de imrpessora 3D como uma atividade aberta para todos.
“Há muitas formas de fazer essa integração, mas é preciso que se crie o hábito de frequentar exposições gerais. Tivemos na Coppe experiências muito preocupantes nos anos recentes, de plateias muito reduzidas em falas de convidados que tinham algo a dizer. As pessoas simplesmente não aparecem, porque não estão trabalhando diretamente com aquele tema. A ideia de uma universidade não é essa, as pessoas precisam ir além”, disse Pinguelli.
Também presente ao evento, o diretor da Incubadora de Empresas da Coppe e do Parque Tecnológico da UFRJ contou sobre experiências informais de integração entre as empresas que compõem o Parque Tecnológico e sugeriu o espaço para encontros e eventos que possam propiciar a maior integração entre as pessoas que estão nos laboratórios da Coppe.
Finalizando o evento, o engenheiro de estruturas e doutorando em modelagem computacional Carlos Eduardo da Silva falou sobre a experiência de sua empresa, a Promec, incubada na Coppe/UFRJ.