Coppe promove debate sobre espionagem eletrônica
Planeta COPPE / Engenharia de Sistemas e Computação / Notícias
Data: 17/09/2013
“Espionagem eletrônica: até que ponto estamos seguros?” é o tema da mesa-redonda que a Coppe/UFRJ promove na próxima quinta-feira, dia 19 de setembro, às 10h30. Aberto ao público e gratuito, o evento reunirá no auditório da Coppe especialistas nas áreas de Segurança de Redes e Criptografia. O auditório fica no Centro de Tecnologia 2, na Cidade Universitária.
Participam da mesa de debate o professor do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe, Luís Felipe de Moraes, o professor de Sistemas da Informação da Faculdade Integrada de Recife (FIR), Rodrigo Assad – especialista em armazenamento de dados em nuvens –; o engenheiro de telecomunicações do Instituto Militar de Engenharia (IME), José Xexéo; e o Coronel Antônio Carlos Menna Barreto Monclaro, ex-assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional do Governo Federal. A moderação da mesa caberá ao diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa.
Segundo o professor Luís Felipe de Moraes, que coordena o Laboratório de Redes de Alta Velocidade (Ravel) da Coppe, “no contexto atual não há computador seguro”. Ele sugere que sejam estabelecidos novos padrões de segurança para o uso da Internet, tendo em vista que pode haver armadilhas numa simples atualização de programas realizada no site de alguns fabricantes.
“O capítulo da segurança na Internet tem que ser reescrito. A Internet foi concebida no meio acadêmico e os protocolos utilizados não foram projetados levando em conta os aspectos de segurança necessários nos dias de hoje, com as aplicações atuais. Os sistemas que surgiram com o passar do tempo para oferecer segurança foram construídos por diversas empresas – a maioria estrangeiras – e as descobertas atuais indicam que muitos deles podem ter sido adulterados”, afirma o professor da Coppe.
Luís Felipe diz que para tornar mais seguras as redes e computadores de corporações ligadas ao governo brasileiro o país precisa investir na pesquisa e no desenvolvimento de patentes de aplicativos, algoritmos e equipamentos especializados nacionais. Também defende o desenvolvimento de técnicas próprias que permitam inspecionar com minuciosa precisão os softwares (programas) e equipamentos adquiridos de outros países.
A denúncia de espionagem contra a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) suscitou um debate em todo o mundo sobre a fragilidade dos sistemas de segurança, de computadores e dispositivos conectados à rede.
O professor Geraldo Xexéo, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe, alerta que nem sempre um rastreamento se dá apenas quando o computador está conectado à internet. “Existem aplicativos capazes de coletar os dados armazenados na memória do computador e que podem transmiti-los quando o usuário faz a conexão”, afirma.