Coppe e Universidade de Tsinghua terão nova parceria
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Data: 16/07/2013
Pesquisadores da Coppe/UFRJ e da Universidade de Tsinghua, principal universidade da área de engenharia da China, desenvolverão uma série de estudos relacionados à sustentabilidade urbana. A iniciativa foi anunciada nesta terça-feira, 16 de julho, no seminário Cidades Sustentáveis, realizado no auditório da Coppe, na Cidade Universitária, Rio de Janeiro. O evento foi promovido pelo Centro China Brasil de Mudanças Climáticas e Tecnologias Inovadoras para Energia e pelo Centro Mundial de Sustentabilidade Rio+.
Temas como mobilidade urbana, gerenciamento do tratamento de resíduos e da água, infraestrutura e construção e desenvolvimento industrial farão parte dos estudos, que serão realizados no âmbito do Centro China Brasil, implantado em 2009, a partir de uma parceria entre a Coppe e a Universidade Tsinghua. A relação final das áreas de pesquisa será conhecida em até 30 dias, prazo no qual uma comissão formada por representantes das duas instituições de ensino e pesquisa pretendem concluir a formatação do projeto.
Os estudos também deverão contar com a participação de pesquisadores da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos. O Centro Mundial de Sustentabilidade Rio+, criado pela ONU durante a Conferência Rio+20 em 2012, dará suporte ao trabalho e ajudará na obtenção de financiamento internacional para realização das pesquisas. A proposta é realizar estudos comparativos entre Rio de Janeiro, Beijing (China) e Washington (Estados Unidos).
“Esperamos ter indicadores dessas três cidades num prazo de um a dois anos. Com eles poderemos recomendar algumas ações de impacto no aquecimento global e, principalmente, na vida das pessoas que moram nessas cidades”, explicou o professor Segen Estefen, diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe.
Diretor do Centro China Brasil pelo lado brasileiro, Segen Estefen participou da sessão de abertura do seminário Cidades Sustentáveis ao lado do diretor do Centro pelo lado chinês, Liu Dehua, professor da Universidade de Tsinghua. Também integraram a mesa inicial o diretor do Centro Mundial de Sustentabilidade Rio+, Rômulo Paes, e o deputado federal Alfredo Sirkis.
“As cidades sustentáveis vão necessitar de ousadia, não só dos governantes, mas da universidade. A universidade tem muitos desenvolvimentos que podem ser incorporados nessas cidades sustentáveis, mas esses, em um primeiro momento, são muito caros. No entanto, isso não pode servir de inibidor para que essas propostas sejam colocadas em prática”, afirmou Segen Estefen.
Pesquisas para as Olimpíadas
Além dos estudos voltados à sustentabilidade urbana, representantes da Coppe e da Universidade de Tsinghua voltarão a se reunir em setembro para tratar de parcerias em outras duas frentes. Uma delas é a troca de experiência entre as equipes das incubadoras de empresas da Coppe e da universidade chinesa. A outra é uma possível colaboração entre a Coppe e o grupo que cuida de grandes eventos e de crises (emergências) da Universidade de Tsinghua, que passou a colaborar com o governo chinês nas Olimpíadas de 2008. Essa aproximação pode resultar em contribuições a serem aplicadas na realização de grandes eventos, como as Olimpíadas de 2016.
A experiência adquirida pela China, que sediou as Olimpíadas de Beijiin, em 2008, e pelos Estados Unidos, que desde 1904 sediaram quatro edições da competição, foi uma das motivações do seminário Cidades Sustentáveis. A proposta é que o conhecimento acumulado por esses dois países possa contribuir para que os mega eventos esportivos possam deixar um legado positivo para o Rio de Janeiro e o Brasil.
O evento contou com apresentações de dois professores da Universidade de Tsinghua. Zhang Xiliang falou sobre políticas nacionais da China para cidades sustentáveis e Zhou Jian abordou políticas e projetos de sustentabilidade implantados em Beijing. Outro convidado do seminário, o professor Timothy Beatley, da Escola de Arquitetura da Universidade de Virgínia, participou por vídeo conferência e falou sobre construções sustentáveis.
O Brasil foi representado pelo professor Emílio La Rovere, do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, que fez uma síntese dos projetos desenvolvidos pela instituição na área da sustentabilidade; pelo superintendente de Economia Verde do Estado do Rio de Janeiro, Walter De Simoni, que apresentou sobre o projeto Cidades Inteligentes; e por Rodrigo Rosa, assessor especial do prefeito do Rio de Janeiro, que falou sobre a preparação da cidade para os Jogos Olímpicos de 2016.