Novos laboratórios vão otimizar exploração do pré-sal
Planeta COPPE / Engenharia Mecânica / Notícias
Data: 28/03/2013
A perfuração de poços na camada do pré-sal é uma atividade que requer recursos da ordem de US$ 2 milhões/dia, incluindo pessoal e equipamentos. Desenvolver tecnologia para otimizar os processos de perfuração e escoamento de óleo é um desafio para o Brasil e a principal missão dos três laboratórios que compõem o Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos (NIDF) da Coppe/UFRJ, inaugurado nesta quarta-feira, 27 de março. Assista aqui ao vídeo sobre o NIDF.
Integrando as comemorações dos 50 anos da Coppe, a cerimônia de inauguração do NIDF reuniu no auditório da instituição cerca de 250 pessoas. Após a solenidade, os convidados visitaram as instalações do Núcleo, que possui uma área total de 5.400 m2, e assistiram a demonstração de vários experimentos realizados nos laboratórios.
A perfuração de poços na camada do pré-sal é uma atividade que requer recursos da ordem de US$ 2 milhões/dia, incluindo pessoal e equipamentos. Desenvolver tecnologia para otimizar os processos de perfuração e escoamento de óleo é um desafio para o Brasil e a principal missão dos três laboratórios que compõem o Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos (NIDF) da Coppe/UFRJ, inaugurado nesta quarta-feira, 27 de março. Assista aqui ao vídeo sobre o NIDF.
Integrando as comemorações dos 50 anos da Coppe, a cerimônia de inauguração do NIDF reuniu no auditório da instituição cerca de 250 pessoas. Após a solenidade, os convidados visitaram as instalações do Núcleo, que possui uma área total de 5.400 m2, e assistiram a demonstração de vários experimentos realizados nos laboratórios.
A mesa de abertura contou com a presença do vice-reitor da UFRJ, Antônio José Ledo Alves da Cunha, representando o reitor, Carlos Antônio Levi da Conceição; do decano do Centro de Tecnologia da UFRJ, Walter Suemitsu; do diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa; do coordenador do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe, Fernando Pereira Duda; da superintendente-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da ANP, Tathiany Rodrigues Moreira; e do gerente-geral de Pesquisa e Desenvolvimento em Geoengenharia e Engenharia de Poço da Petrobras, José Roberto Fagundes Netto, que representou Marcos Assayag, gerente-executivo do Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello), da Petrobras.
Ganhos para a indústria e para a academia
Após exibição de um vídeo mostrando os objetivos e as instalações dos três novos laboratórios, o coordenador do NIDF, professor Atila Pantaleão Silva Freire, fez a apresentação do Núcleo e destacou a importância da implantação dos novos laboratórios para a universidade e para a indústria do petróleo.
“Os alunos precisam lidar com problemas complexos desde o início da sua formação. Os laboratórios contribuirão para expandir o conhecimento aplicado, pois boa parte das pesquisas feitas atualmente está relacionada às necessidades do setor produtivo. O portfólio das nossas publicações está baseado fortemente em demandas da indústria”, disse o professor.
A integração entre pesquisa e ensino também foi lembrada pelo diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa. Ele destacou o caráter interdisciplinar do NIDF, que reúne professores, pesquisadores e alunos de pós-graduação de diferentes programas de mestrado e doutorado da Coppe.
“Não teria o menor sentido fazer cursos de alto nível se os jovens não tivessem acesso às pesquisas desenvolvidas nos laboratórios”, afirmou o diretor da Coppe, que na ocasião voltou a criticar duramente o processo burocrático que emperra e atrapalha o funcionamento da UFRJ e demais universidades públicas do Brasil.
O gerente-geral de Pesquisa e Desenvolvimento em Geoengenharia e Engenharia de Poço da Petrobras, José Roberto Fagundes Netto, destacou a importância do papel a ser exercido pelas novas unidades: “Os laboratórios são importantes não apenas para a universidade, mas para o Brasil e para toda a indústria do petróleo. O NIDF reúne pessoal de alto nível. Um grupo altamente inovador, que olha para a frente”, afirmou.
Quando estiver totalmente em atividade, o que deve ocorrer até o segundo semestre de 2013, o NIDF deverá contar com 18 a 20 professores, de 100 a 200 alunos de graduação e pós-graduação e três funcionários técnicos e administrativos.
Superando desafios na indústria do petróleo
Primeiro complexo do Brasil a reunir, em um só local, um conjunto de laboratórios que estudam de forma complementar e integrada o processo de escoamento de óleo e gás, o NIDF também será o primeiro núcleo do país a realizar ensaios de escoamento em poços horizontais. Nele serão realizados, entre outros, estudos e ensaios relacionados à perfuração, à intervenção de poços de petróleo, à elevação artificial e à separação primária do óleo.
O NIDF é formado pelos laboratórios de Separadores Compactos (LSC), de Escoamentos Multifásicos em Tubulações (LEMT) e de Tecnologia de Engenharia de Poços (LTEP). As novas unidades estão instaladas em dois prédios, com 5.400 m2 de área construída, localizados no Centro de Tecnologia 2 (CT 2), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Cidade Universitária, Rio de Janeiro. O complexo ganhará um quarto laboratório, que deverá ser inaugurado em 2017 e cuja construção deverá ser iniciada até o fim de 2013.
“O foco dos três novos laboratórios está no processo de exploração de petróleo. Compreender como se dá o processo de escoamento do óleo é fundamental para otimizar a exploração de petróleo”, explicou o professor Paulo Couto, que será o responsável pelo Laboratório de Tecnologia de Engenharia de Poços.
O LTEP deverá entrar em operação no segundo semestre deste ano. Já os laboratórios de Separadores Compactos e de Escoamentos Multifásicos em Tubulações já estão em atividade. Neles são realizadas simulações de escoamento em poços horizontais, desenvolvimento de separadores compactos e de equipamentos usados nos processos de elevação artificial e de separação primária, como válvulas ciclônicas. Além disso, os novos laboratórios realizam ensaios, como medições de grandezas globais; de campos de velocidade média; de campos de turbulência e de campos de concentrações, entre outros.
para construção e instrumentação dos três laboratórios do NIDF vieram, em sua maior parte, do Fundo Especial de Participação da Petrobras/ANP. A implantação do complexo de laboratórios contou também com recursos adicionais repassados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
A Coordenação do NIDF prestou homenagem à Fundação Coppetec, entregando arranjos de flores a algumas funcionárias. Também foi feita homenagem especial a dois colaboradores já falecidos: Andrew Bott e Herberto Campos.
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