Precursores da tecnologia que abriu o caminho para o mar
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Data: 10/12/2007
Saiba mais sobre os professores da COPPE que contribuíram para que o Brasil pudesse superar os desafios tecnológicos da exploração de petróleo em águas profundas. Embora tenham assumido esse compromisso há 30 anos, até hoje continuam trabalhando para transpor as fronteiras do mar.
Foi de Agustín Juan Ferrante a iniciativa de procurar a Petrobras para iniciar a parceria com a Coppe. Argentino de nascimento, foi também um dos introdutores do uso da computação em engenharia estrutural no Brasil.Veio para o país no início dos anos 70, para ajudar a criar a pós-graduação em engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. De 1974 a 1976, vinha todos os invernos dar um curso na Coppe, como professor visitante convidado pelo fundador e então coordenador do Programa de Engenharia Civil, Lobo Carneiro. Em 1976, transferiu-se de vez para a Coppe e iniciou os entendimentos com a Petrobras. Permaneceu na Coppe até 1992, quando decidiu se tornar empresário e ir viver na Itália, terra de seus pais e avós. Vive lá até hoje, mas passa pelos menos três meses por ano no Rio de Janeiro, onde tem casa e uma filial de sua empresa.
Saiba mais sobre o professor Ferrante
Saiba mais sobre o professor Lobo Carneiro
O niteroiense Nelson Ebecken é um dos pioneiros do Programa de Engenharia Civil e da cooperação com a Petrobras. Dono de uma das maiores produções científicas da Coppe e entusiasta da cooperação com empresas, está agora especialmente entusiasmado com as aplicações ambientais do conhecimento acumulado na área da engenharia offshore. Desenvolve projetos em cooperação com biólogos e profissionais de outras áreas.
Professor do Programa de Engenharia Naval e Oceânica, Sergio Sphaier participa dacooperação com a Petrobras desde o início. Especialista em hidrodinâmica, ajudou a introduzir nos projetos desenvolvidos para a empresa conhecimentos sobre a interação das estruturas com o mar e sobre as características do mar brasileiro.
O carioca Ney Roitman, do Programa de Engenharia Civil, iniciou na Coppe a experimentação em dinâmica estrutural, na época em que os trabalhos que se faziam ali eram mais teóricos. Atualmente se debruça sobre os desafios representados pelos risers, os dutos que transportam o óleo do fundo do mar para as plataformas e que, no estágio tecnológico atual, representam um gargalo para a futura produção em águas ultraprofundas (3 mil metros de profundidade).
O gaúcho Edison Castro Prates de Lima, do Programa de Engenharia Civil, faz parte da primeira geração de pesquisadores da Coppe a irem para o mar com a Petrobras. Participou ativamente do desenvolvimento dos primeiros sistemas computacionais para análise de estruturas offshore. Ajudou a desvendar as causas do acidente com a torre de processamento de Garoupa, em 1977.
Professor do Programa de Engenharia Naval e Oceânica, Tiago Lopes é especialista em monitoração e medições em escala real. Desde meados da década de 70 desenvolve projetos relacionados a estruturas offshore e, assim, se tornou um habitué das plataformas da Petrobras. Calcula já ter acumulado mais de mil horas embarcado na bacia de Campos. Estava a bordo da plataforma P-36, quando esta explodiu e pegou fogo, em 2001. Depois participou da comissão que investigou as causas do acidente.
Professor do Programa de Engenharia Civil, José Cláudio de Faria Telles desfruta de sólida posição internacional nas pesquisas relacionadas ao método dos elementos de contorno. É co-autor de livros traduzidos para o russo, o chinês e o japonês. O método dos elementos de contorno tem aplicações em problemas de tensões, dinâmica e propagação de ondas.
O carioca Luiz Landau, do Programa de Engenharia Civil, participou de alguns dos mais importantes desenvolvimentos feitos para a Petrobras desde o início da cooperação com a empresa. Partindo da engenharia de plataformas marítimas, trabalha hoje com simulação computacional aplicada às mais diferentes áreas da indústria de petróleo: simulação de reservatórios, modelagem de bacias sedimentares e problemas ambientais. No mar e em terra, na bacia de Campos e na Floresta Amazônica.
Professor do Programa de Engenharia Civil, Ronaldo Battista integrou a primeira geração de profissionais da Coppe envolvidos na cooperação com a Petrobras. É especialista em estruturas em hidrodinâmica, isto é, estruturas sujeitas à ação de ondas e de correntes marinhas.
Professor do Programa de Engenharia Naval e Oceânica, Segen Estefen montou na Coppe o Laboratório de Tecnologia Submarina, dotado de câmaras hiperbáricas para simular pressões atmosféricas de até 5 mil metros de profundidade e assim testar dutos e outros equipamentos submarinos. Mais tarde liderou a viabilização de um antigo sonho dos pesquisadores da Coppe: a construção do LabOceano, o mais profundo tanque oceânico do mundo. Agora está envolvido em projetos para aplicar o conhecimento adquirido com a engenharia de petróleo offshore para a produção de energia a partir de fontes alternativas.
O carioca Carlos Magluta comanda, com o colega Ney Roitman, o Laboratório de Laboratório de Análise de Sinais e Processamento de Imagem, do Programa de Engenharia Civil. Ali, o comportamento das estruturas é analisado e comparado com resultados experimentais. Atualmente participa de um projeto que busca desenvolver uma ferramenta para reparar risers diretamente no fundo do mar.