PEQ celebra seus 60 anos
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Data: 26/10/2023
Neste ano de 2023 em que celebra seus 60 anos, o Programa de Engenharia Química (PEQ) da Coppe/UFRJ promove a vigésima primeira edição do Colóquio Anual de Engenharia Química. Desde a sua primeira edição, em 2001, o evento tem como objetivo promover discussões a respeito de assuntos relevantes na Engenharia Química e em áreas afins, por meio de minicursos, mesas-redondas, conferências e apresentação de trabalhos.
A solenidade de abertura, na quarta-feira, 25 de outubro, contou com a presença do reitor da UFRJ, professor Roberto Medronho; o pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa, professor João Ramos Melo; do decano do Centro de Tecnologia, professor Walter Suemitsu; da diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe, professora Marysilvia Costa; e do diretor-executivo do Parque Tecnológico da UFRJ e ex-diretor da Coppe, Romildo Toledo, que é professor do Programa de Engenharia Civil (PEC).
Em sua mensagem de boas vindas, o coordenador do PEQ, professor Príamo Melo, destacou que esta edição do Colóquio é uma celebração do sexagésimo aniversário do Programa de Engenharia Química, o primeiro da Coppe e o primeiro do Brasil (na Engenharia Química). “É uma trajetória que começou em 1963 e que transformou vidas, moldou futuros e contribuiu para o progresso da sociedade. Ainda somos e seguimos o legado de nosso maior mestre, o professor Alberto Luiz Coimbra”, comentou, em referência ao criador da Coppe.
“Nosso programa, como uma sinfonia, foi composto com precisão, cada nota desempenhando um papel significativo. Gostaria de citar os pioneiros, os ajudantes do Coimbra, como Giulio Massarani, Carlos Augusto Perlingeiro, Afonso da Silva Telles e outros, dedicados a canalizar seus conhecimentos para moldar mentes brilhantes. O conhecimento adquirido nessa jornada de 60 anos tem sido um catalisador para a inovação, um elixir para a criatividade e uma ferramenta poderosa para a mudança”, disse o professor.
Príamo citou uma frase de Steve Jobs, em que ele dizia que a inovação distingue um líder de um seguidor. “Nossos pesquisadores não são seguidores. Eles são arquitetos de um futuro que desafia limites do que é considerado possível. Aqui na Coppe, como um todo, vimos avanços em energia renovável, inteligência artificial, bioengenharia e infraestrutura sustentável. Provamos que a imaginação alimentada pelo conhecimento pode remodelar o mundo. Não foram poucos os desafios, mas eles nos tornaram os engenheiros resilientes e adaptáveis que somos”.
A diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe, professora Marysilvia Costa, ponderou que a universidade ainda atravessa um período de pós-crise na sociedade, na saúde, no conhecimento, enfrentando as consequências da mesma. “No entanto, a crise nos motivou a buscar soluções inovadoras para nossos problemas na educação, na saúde, no meio ambiente, na energia. É usar a crise para impulsionar o futuro”, avaliou a professora, que convidou os alunos do PEQ, recém-egressos ou não, a participarem do Ecossistema de Inovação da Coppe.
“Temos ações visando ao entendimento do que é a inovação. Para aqueles que têm essa vocação empreendedora, venham trabalhar junto com a Coppe e, futuramente, trabalhar junto com o Parque Tecnológico”, acrescentou a professora.
O diretor do Parque, professor Romildo Toledo, avaliou que a universidade, durante muito tempo, formou alunos para que houvesse professores para compor os quadros acadêmicos da expansão do sistema nacional de ensino superior. “Esse quadro de vagas não vai mais se repetir. Não estamos formando todos vocês que estão aqui para serem professores e muitos de vocês não querem”, ressaltou.
“É preciso que formemos ecossistemas que garantam que o conhecimento gerado por vocês seja revertido mais rapidamente para a sociedade. Estamos criando hubs de inovação em várias áreas, desde tradicionais como óleo e gás, como saúde, fertilizantes. A Engenharia Química pode ter um papel importantes nessas áreas. O INPO vai ser instalado no ano que vem; teremos economia verde, turismo, economia criativa”, enumerou professor Romildo, citando o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO), cujo contrato com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi celebrado neste mês de outubro.
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