Banco de dados para boas práticas de adaptação à mudança do clima

Um banco de boas práticas sobre iniciativas de adaptações às mudanças climáticas, que deram certo ao redor do mundo. A ideia de reunir num só local essas ações já foi colocada em prática e foi apresentada nesta sexta-feira, 22 de junho, no workshop “Promover a adaptação para a redução da vulnerabilidade e o aumento da resiliência”, realizado no estande da Coppe na Rio+20, no Parque dos Atletas. O encontro foi promovido em conjunto com o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC) e a Rede Nacional de Mobilização Social (Coep).

O workshop contou com as presenças do representante da Chinese Academy of Agricultural Sciences (CAAS), Yinlong Xu; da coordenadora técnica do Laboratório Herbert de Souza de Tecnologia e Cidadania do Coep, Gleyse Peiter; e do representante do FBMC, Neilton Fidelis, pesquisador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais da Coppe (IVIG/Coppe). A mediação das discussões coube ao diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, secretário-executivo do FBMC.

Segundo Gleyse Peiter, as informações do banco podem ser consultadas no “Banco de Boas Práticas: vulnerabilidade e adaptação”. No espaço, o internauta pode encontrar um projeto de agricultura familiar numa favela na periferia de Belo Horizonte, em Minas Gerais, ou a experiência promovida por agricultores do Camboja, na Ásia.

De acordo com a coordenadora técnica do Laboratório Herbert de Souza, em apenas dois meses foram catalogadas 168 experiências de sucesso. A iniciativa também faz parte da exposição “O Futuro Sustentável”, que está sendo promovida pela Coppe, no Parque dos Atletas, até o próximo domingo, dia 24.

“Na página, damos a descrição do projeto, a classificação, os resultados, a localização e os contatos dos autores da iniciativa. Isso proporciona um intenso intercâmbio. As pessoas passam a trocar experiências. Tenho notícias de que neste pouco tempo do banco no ar isto já está acontecendo”, disse Gleyse Peiter.

O banco de dados também é uma parceria do Coep com o FMBC e conta com o apoio da Action Aid. “A junção do Coep com a Coppe para o desenvolvimento desse trabalho de adaptação e mitigação das mudanças climáticas já é algo importante, inovador”, disse o secretário-executivo do FBMC e diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa.

Com o objetivo de incluir essa questão no debate nacional, foi criado no âmbito do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, o Grupo de Trabalho “Mudanças Climáticas, Pobreza e Desigualdades”, coordenado pelo Coep.

Segundo Gleyse Peiter, a iniciativa de desenvolver este trabalho é inédita no Brasil e, acredita, que possivelmente também seja no mundo. “Quando apresentamos o projeto, um senhor de Bangladesh se apresentou e disse que desenvolveu algo semelhante. Vamos manter contato para conhecer melhor o projeto dele e fazer uma parceria, disponibilizando o link deles no nosso trabalho e o nosso no deles. O importante neste trabalho é somar forças”, explica.