Centro Coppe-Columbia apresenta planos para o futuro

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Data: 07/12/2016

Os planos para o futuro do “Centro Coppe–Columbia para Soluções Urbanas” foram debatidos no auditório do Parque Tecnológico, na última quarta-feira, 30 de novembro.
Comemorando um ano de atividades, o Centro já promoveu dois desafios acadêmicos voltados para incentivar criatividade e espírito empreendedor de alunos, pesquisadores e professores das duas instituições.

O vice-diretor da Coppe/UFRJ, professor Romildo Toledo, afirmou que vislumbra “um rápido crescimento” para o Centro e destacou a necessidade de sólidas parcerias em um cenário de retração dos investimentos públicos.

“Há oportunidades para as empresas que quiserem realizar parcerias com o Centro Coppe-Columbia, tais como: integrar equipes interdisciplinares para desenvolver desafios em temas de interesse das empresas; acesso a infraestrutura laboratorial da Coppe e de Columbia, e acesso a recursos humanos de alto nível para atuarem como mentores em projetos de inovação. Além disso, é possível testar inovações na Cidade Universitária, uma espécie de laboratório a céu aberto para provas de conceito”, afirmou professor Romildo.

Desenvolvimento para o Rio e atração de novos talentos 

O professor Thomas Trebat, diretor do Columbia Global Centers, assegurou que os primeiros doze meses da parceria interinstitucional lhe deixaram muito animado, e que dentre os benefícios esperados para o futuro estão impulsionar o desenvolvimento econômico para o Rio de Janeiro e o Brasil, e atrair talento em pesquisa e inovação em áreas interdisciplinares, como saúde pública, sustentabilidade, ciência da computação e engenharia.

“Creio que o primeiro desafio a trabalhar seja o saneamento básico. A Cidade Universitária é um campus lindo, porém circundado por um corpo hídrico muito maltratado”, afirmou Trebat.

Segundo o diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe, professor Fernando Rochinha, a próxima fase da parceria entre a Coppe e a Universidade de Columbia tem como objetivo “conectar a energia do corpo discente e promover o uso da infraestrutura laboratorial disponível nas duas instituições. Na avaliação do professor, “a economia brasileira passa por um momento difícil e acreditamos que a saída esteja em uma produção mais diversificada e eivada de inovação. Grandes corporações, sejam públicas ou privadas, costumam ter dificuldade em moverem-se e modificarem-se. Precisamos de canais para estimular a inovação”.

O diretor do Parque Tecnológico da UFRJ e professor da Coppe, José Carlos Pinto, anunciou que será inaugurado, em breve, o Hub Discente, cujo objetivo é povoar o Parque Tecnológico com projetos e eventos promovidos pelos alunos da universidade. “Esperamos que atividades discentes se tornem cada vez mais frequentes”, enfatiza o diretor.

Soluções inovadoras para problemas comuns às grandes cidades

Durante o evento, foram apresentados projetos promissores desenvolvidos por alunos que participaram do Design Challenge, promovido pelo Centro Coppe-Columbia, com o objetivo de trazer soluções inovadoras para problemas comuns às grandes cidades, em duas etapas de desafios acadêmicos: Urban Water e Sensing and the city.

As alunas da Coppe Tamara Nunes, do Programa de Engenharia Civil (PEC) e Berta Castelar, do Programa de Engenharia de Transportes (PET), desenvolveram o conceito de uma ciclovia capaz de tornar energia mecânica em energia elétrica utilizando concreto ecológico e material pizoelétrico. A ideia surgiu a partir da constatação de que ciclovias mal iluminadas vêm causando insegurança aos usuários. Com a tecnologia, energy harvesting concrete, a ciclovia poderia suprir ao menos parte da energia necessária à sua iluminação.

Para desenvolver a proposta, Tamara e Berta se inspiraram no exemplo do Club Surya, em Londres, a primeira casa noturna capaz de gerar energia a partir dos passos de dança de seus freqüentadores.

Em seguida, os alunos Igor Vital, do Programa de Engenharia Elétrica (PEE) da Coppe, e Alexandre Allil, da Escola Politécnica (Poli/UFRJ), apresentaram o projeto POF Lux (alusão a fibras óticas plásticas, em inglês, e luz em latim), desenvolvido sob a supervisão do professor Marcelo Weneck (PEE/Coppe), que permite concentrar a luz solar nas extremidades dos feixes de fibras óticas, utilizando rastreadores solares automáticos e lentes de Fresnel. A luz conduzida pelas fibras óticas seriam então distribuídas para iluminação do ambiente, sem converter a luz solar em energia elétrica, reduzindo assim o consumo de energia e obtendo um rendimento de até 80%.

O evento fez parte do ciclo de palestras “Encontros no Parque”, que tem como objetivo promover debates com especialistas sobre temas de interesse para empreendedores ligados à inovação e tecnologia.

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