Cientistas da Coppe estão entre os brasileiros que mais influenciam políticas públicas no mundo
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Data: 17/11/2025

Quatro professores e um pesquisador da Coppe/UFRJ estão entre os 107 cientistas brasileiros que mais influenciam decisões e políticas públicas em escala global, segundo relatório divulgado pela Agência Bori, em parceria com a plataforma internacional Overton, referência mundial na análise do impacto da ciência em políticas públicas.
O estudo mapeou mais de 150 mil documentos estratégicos, relatórios técnicos e pareceres utilizados por governos, organismos internacionais e organizações da sociedade civil entre 2019 e 2025, identificando os pesquisadores com maior presença em decisões políticas e estratégicas globais.
A UFRJ aparece em segundo lugar nacional, com nove pesquisadores no ranking — entre eles, os docentes do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe Roberto Schaeffer, André Lucena, Pedro Rochedo e Alexandre Szklo, além do pesquisador Alexandre Köberle (atualmente, professor na Universidade de Lisboa), reconhecidos por suas contribuições nas áreas de energia, clima e transição energética sustentável.
Em análise específica sobre documentos relacionados ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13 – Ação contra a mudança global do clima, a Agência Bori destacou a forte presença de pesquisadores da Coppe, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da USP.
Entre as principais referências, o relatório cita a participação de Roberto Schaeffer, Pedro Rochedo e Alexandre Köberle no “Emissions Gap Report 2022”, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep) — documento central nas negociações multilaterais sobre transição energética e mitigação das mudanças climáticas.
O relatório também aponta que, nos próximos anos, temas como transição energética, adaptação climática e sistemas alimentares devem ganhar ainda mais relevância, acompanhando a agenda internacional. Da mesma forma, a pressão sobre os sistemas de saúde e a busca por maior equidade social devem ampliar a demanda por evidências científicas em áreas como doenças crônicas, vacinas e serviços de saúde.
O levantamento chama atenção, ainda, para um desafio que precisa ser enfrentado: entre os 107 cientistas mapeados, apenas 22 são mulheres, o que reforça a importância de promover maior inclusão e representatividade nesse campo.
A presença expressiva da Coppe/UFRJ entre os pesquisadores mais influentes do país mostra que a ciência brasileira ultrapassa fronteiras e contribui diretamente para decisões globais sobre energia, clima e sustentabilidade. É o conhecimento produzido no Brasil ajudando a construir soluções para os desafios do planeta.
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