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Data: 14/06/2012

Durante o evento “O futuro sustentável – tecnologia e inovação para uma economia verde e erradicação da pobreza”, promovido pela Coppe/UFRJ, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que a participação de energia alternativa na matriz energética brasileira passará de 8% para 16% nos próximos dez anos. Ele destacou principalmente o aumento do uso da energia solar, que nos próximos cinco anos deverá ter seu custo reduzido em 50%, em função de medidas de incentivo. “A matriz energética do Brasil é um exemplo para o mundo. O país lança apenas 0,3% de gases de efeito estufa na atmosfera”, disse ele.

Tolmasquim participou do painel “Hidrelétricas, eólicas e alternativas”, realizado na manhã do dia 13 de junho no auditório da Coppe na Cidade Universitária. Ao seu lado estavam o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, o professor Alexandre Szklo e o jornalista Washington Novaes. Pinguelli mostrou um comparativo entre os diversos tipos de fontes de energia, com seus prós e contras, desde os custos até os impactos ambientais e sociais. Segundo ele, é papel da Coppe participar de um debate tão importante para o futuro do país, que busca alternativas cada vez mais limpas para a sua matriz. “O custo da energia no Brasil ainda é muito alto. No momento que debatemos outras alternativas, podemos chegar a opções mais eficazes”, afirmou.

A Coppe vem trabalhando em diversos estudos e projetos que ajudem o país no caminho da sustentabilidade. Um bom exemplo é a usina de ondas do Pecém, no Ceará, primeira usina do gênero na América Latina, que gera energia através das ondas do mar. Um projeto desenvolvido pela Coppe/UFRJ, financiado pela Tractebel Energia SA e apoiado pelo Governo do Ceará. Segundo o diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe/UFRJ, Segen Estefen, a energia dos oceanos pode cobrir todo o potencial da energia elétrica do mundo. “Hoje, a energia das marés na França e na Coreia é altamente competitiva com a eólica e a hidrelétrica. E essa fonte não gera gás de efeito estufa. Trinta países estão nessa corrida quase invisível pelo domínio da tecnologia. O Brasil tem capacidade de liderar e a Coppe está neste processo”, ressaltou.

O professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, Alexandre Szklo, apresentou um estudo, que permite avaliar, através de um modelo acadêmico, as diferentes fontes energéticas disponíveis em uma localidade e, a partir dessa análise, projetar a possibilidade de que elas sejam utilizadas de forma integrada. “A integração é importante para o futuro sustentável do Brasil. Por exemplo, em uma área com potencial para uso da energia solar, pode também ter uma hidrelétrica. Não é razoável que, diante do nosso potencial energético, os investimentos sejam feitos em um único tipo energia”, destacou o pesquisador.

À tarde, no estande da Coppe no Parque dos Atletas, aconteceu a inauguração da exposição multimídia do evento “O futuro sustentável – tecnologia e inovação para uma economia verde e erradicação da pobreza”, composta por 14 tecnologias e projetos criados nos laboratórios da Coppe para um futuro sustentável. Outro destaque do dia foi o lançamento do H2+2, o ônibus híbrido movido a energia elétrica. “O ônibus já está pronto e não há barreira tecnológica para começarmos a utilizá-lo. Já estamos preparados para produzir em larga escala. Na Copa, podemos tê-lo rodando pelas ruas da cidade”, afirmou o professor e coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Coppe/UFRJ, Paulo Emílio Valadão de Miranda durante o lançamento.

O evento futuro sustentável – Tecnologia e inovação para uma economia verde e a erradicação da pobreza é promovido pela Coppe/UFRJ em parceira com as empresas Tractebel Energia S.A., Eletrobras Furnas, Santander, GE, Braskem, BG Brasil e Halliburton.