Coppe leva alunos de graduação da UFRJ para curso de verão em Pequim
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Data: 10/07/2019
A Coppe/UFRJ levará dois estudantes de graduação da Escola Politécnica para participar do Tsinghua International Summer School – Experiencing China, que será realizado entre os dias 11 e 24 de julho, nas dependências da Universidade de Tsinghua, principal universidade chinesa na área de Engenharia, sediada em Pequim. O intercâmbio é promovido pelo Centro China-Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia, uma parceria entre a Coppe e a Universidade de Tsinghua para cooperação tecnológica e acadêmica, que está comemorando dez anos em 2019.
Participarão dessa edição do Summer School o aluno do 4º período de Engenharia Naval da UFRJ, Giuseppe Rinvenuto, e a aluna do 8º período de Engenharia de Produção da UFRJ, Victoria Erthal, ambos cariocas e com 23 anos de idade. Esse é o quarto ano que a Coppe leva alunos da Escola Politécnica da UFRJ para o evento. Até o momento, seis alunos já participaram do Experiencing China.
Nos 14 dias que passarão em Pequim, Giuseppe e Victoria aprenderão como os assuntos de interesse global são abordados no contexto chinês. Além de aulas e palestras, o Summer School promove atividades fora das dependências da universidade e visitas guiadas. Cada aluno poderá escolher dentre sete trilhas de aprendizado: Arquitetura; Cidade Criativa; Meio-Ambiente; Relações Internacionais; Fronteiras Industriais; Urbanização e Estudos de Gênero. Os dois alunos já fizeram suas escolhas: Giuseppe optou por Meio-Ambiente e Victoria por Relações Internacionais.
Giuseppe justificou sua escolha pela consciência que tem dos impactos ambientais provocados pelas atividades do setor no qual atuará profissionalmente. “É um setor extremamente poluente. E a China tem o maior porto do mundo, o maior estaleiro, é o país que mais movimenta mercadorias por via naval. Por isso, tem investido pesado para reduzir o impacto do seu crescimento econômico”, explica.
Victoria, por sua vez, priorizou a trilha de Relações Internacionais pelo seu gosto pessoal pelas Humanidades e seu interesse em entender o rápido desenvolvimento econômico chinês. “Sempre gostei de História e Economia, matérias da área de Ciências Humanas, e eu curso Engenharia de Produção, que é a mais ‘humana’ das engenharias. Quero entender o levou a China a dar um salto no seu desenvolvimento. Brasil e China são dois países enormes, populosos e são considerados países emergentes. Mas, enquanto a China se desenvolveu, o Brasil estagnou. Há 40 anos estavam até em posição pior que a nossa. Era um país agrário, abriu o mercado e vejam como está”, contrapõe.
Segundo Giuseppe, o objetivo é aprender o máximo possível sobre o “salto” que a China deu na inovação, quais políticas públicas foram adotadas, qual a mudança de mentalidade envolvida, e trazer esse conhecimento para o Brasil. “O povo chinês faz turismo no campus universitário, frequentam suas atividades culturais, fazem fotos de álbum de casamento. Quando o governo chinês não sabe qual medida adotar, ele recorre aos especialistas da universidade. O presidente da China formou-se em Tsinghua. As figuras mais importantes foram formadas nas universidades e as valorizam. A academia é referência para o País, e aqui também deveria ser”, avalia o estudante.
O Centro China-Brasil também promove o intercâmbio de estudantes no âmbito da pós-graduação stricto sensu. Desde 2011, a Coppe já recebeu 22 alunos chineses e enviou 10 estudantes para a China.
Sobre o Centro China-Brasil
O Centro China-Brasil é resultado da cooperação tecnológica e acadêmica firmada em 2008 entre a Coppe/UFRJ, maior centro de pesquisa em engenharia da América Latina, e a Universidade de Tsinghua, principal universidade chinesa na área de engenharia. Desde sua inauguração, em 2009, o Centro está sediado na Universidade de Tsinghua, em Pequim. Possui um Conselho Executivo formado por representantes dos dois países: pelo Brasil, o Centro é presidido pelo professor Luiz Pinguelli Rosa e pela China pelo professor He Jiankun, e tem como diretores os professores Romildo Toledo, da Coppe, e Liu Dehua, da Universidade de Tsinghua.
Com representações na China, em Tsinghua, e no Brasil, na Coppe, no Rio de Janeiro, o Centro China-Brasil desenvolve projetos nas seguintes áreas: produção de biodiesel; sustentabilidade urbana, do qual participam também pesquisadores da Universidade de Virgínia; energia eólica e aquecimento solar térmico; além de projetos de veículos híbridos movidos a hidrogênio e outras fontes.