Exposição Exploradores do Conhecimento é inaugurada

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Data: 01/02/2016

A partir de agora, quem visitar o Espaço Coppe Miguel de Simoni embarcará em uma viagem pelas tecnologias e inovações desenvolvidas nos laboratórios da Coppe/UFRJ, nas últimas décadas. No dia 27 de janeiro, foi inaugurada no local a exposição Exploradores do Conhecimento, que ocupa cerca de 500 m² e está dividida em dez grandes temas: Arte e Ciência, Tecnologia e Saúde, Fotônica e Nanotecnologia, Matéria (origem do universo), Cidades Sustentáveis, Robótica, Petróleo, Oceanos, Tecnologia e Esportes, Energia e Meio Ambiente.

Cerca de 200 pessoas prestigiaram a inauguração

Cerca de 200 pessoas compareceram à inauguração da mostra, cuja abertura marcou a revitalização do Espaço Coppe, uma área de divulgação científica criada no início dos anos 2000, que recebe anualmente cerca de três mil estudantes, do ensino médio e fundamental.

“A variedade de temas da exposição expressa a pluralidade da Coppe e sua inserção em várias áreas do saber. É uma grande alegria oferecer aos alunos e professores visitantes, bem como a nossos próprios alunos e visitantes um espaço repaginado. Tenho certeza que Miguelzinho (Miguel de Simoni) deve estar feliz agora”, destacou o diretor da Coppe, professor Edson Watanabe, ao dar início à inauguração da exposição.

O diretor da Coppe, Edson Watanabe, agradeceu os patrocinadores o apoio dado à realização da exposição

O diretor da Coppe saudou as personalidades que prestigiaram a cerimônia de inauguração. Entre outros, participaram do evento: o gerente de Tecnologia para Gás, Energia e Gás-Química da Petrobras, Aspen Ricardo Andersen da Silva, representando o diretor de Gás e Energia da empresa, Hugo Repsold Junior, ex-aluno da Coppe; Jorge Kotlarewski, assistente da Diretoria de Engenharia, Meio Ambiente, Projeto e Implantação de Empreendimentos de Furnas, representando o diretor de Engenharia da empresa, Flávio Eustáquio Martins; o gerente de Relacionamento com a Comunidade de Ciência e Tecnologia do Cenpes, Eduardo Fernando Gomes dos Santos, representando o gerente executivo do Cenpes, André Lima Cordeiro; o pró-reitor de Graduação da UFRJ, Eduardo Serra; o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, Roberto Gambine; a pró-reitora de Pessoal, Regina Dantas; e o chefe de gabinete da Reitoria da UFRJ, Agnaldo Fernandes.

Também prestigiaram o evento: a vice-diretora da Escola Politécnica da UFRJ, Elaine Garrido; a vice-diretora da Escola de Química da UFRJ, Andrea Medeiros; a decana do Centro de Letras e Artes da UFRJ, Flora de Paoli Faria; a vice-decana, Cristina Grafanassi Tranjan; e a coordenadora de Pós-graduação, Celina Maria Moreira de Mello; a diretora do Museu Nacional da UFRJ, Cláudia Rodrigues Carvalho; o diretor do Parque Tecnológico da UFRJ e professor da Coppe, José Carlos Pinto; a coordenadora do Projeto Coppe-Parque, do Parque Tecnológico da UFRJ e professora da Coppe, Angela Uller; e a diretora de Tecnologia da Faperj, Eliete Bouskela.

Estudantes com brilho nos olhos

Os professores Pinguelli e Aquilino cortam a fita de inauguração

Em seu pronunciamento, o professor Edson Watanabe destacou, também, o “upgrade” feito no Espaço Coppe, que originalmente era organizada em seis nichos. O professor agradeceu aos responsáveis pela produção da exposição e também aos patrocinadores, e enumerou os temas apresentados, destacando os diversos projetos feitos em parceria com a Petrobras, bem como o projeto da usina de ondas, em Ilha Rasa, financiado por Furnas.

De acordo com Watanabe, alguns professores se entusiasmaram tanto, que se juntaram à equipe de produção, para conceber os protótipos que estão na exposição. “É muito gratificante ver os alunos do ensino médio virem visitar o Espaço Coppe e saírem com um brilho nos olhos. Quem sabe a gente consegue seduzi-los a fazer a graduação aqui na UFRJ e depois a pós-graduação na Coppe? Convido-os a conhecerem a exposição como genuínos exploradores do conhecimento”, conclamou o professor Watanabe, que convidou o diretor de Relações Institucionais da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, e o ex-diretor, Aquilino Senra, para cortarem a fita de inauguração da mostra.

Aspen Ricardo Andersen, gerente de Tecnologia para Gás, Energia e Gás Química, da Petrobras

Ao observar os projetos da área de petróleo exibidos na mostra, o gerente de Tecnologia para Gás, Energia e Gás-Química da Petrobras, Aspen Andersen, destacou a importância do relacionamento academia-empresa. “É fundamental a parceria com a universidade, seus alunos, mestres, doutores, para desenvolvermos projetos e encontrar soluções para os desafios do dia a dia e antecipar aqueles que surgirão. É até difícil falar em reforçar uma parceria que já é tão forte. Mas, temos nosso centro de pesquisa aqui no campus e continuaremos contando com a Coppe para lidar com os desafios da exploração do pré-sal”, afirmou.

O assistente da Diretoria de Engenharia de Furnas, Jorge Kotlarewski também destacou a importância da parceria com as universidades. “Para Furnas, é muito importante termos essa integração com a universidade. Ainda mais em um cenário de recessão econômica, é ainda mais necessário fazermos pesquisas para dinamizar a economia e gerar a energia de que o Brasil precisa”, disse.

Assistente da Diretoria de Engenharia de Furnas, Jorge Kotlarewski destacou a integração universidade-empresa

Com entrada franca, a exposição estará aberta ao público, a partir do dia 16 de fevereiro. O atendimento ao público espontâneo (máximo de dez pessoas) será feito sempre às segundas-feiras, das 13h às 16h. O local de recepção será no nicho 16 do Espaço Coppe (auditório Aída Espínola). Já as visitas guiadas para grupos (escolas e outros) serão realizadas sempre de terça a quinta-feira, das 13h às 16h. O local de recepção é o mesmo. O Espaço Coppe fica no Bloco I, do Centro de Tecnologia, na Cidade Universitária. As visitas guiadas, começam a partir de fevereiro. O agendamento deve ser feito pelo endereço espacocoppe@adc.coppe.ufrj.br ou pelo telefone (21) 3938-8296, no qual poderão ser obtidas mais informações.

A exposição Exploradores do Conhecimento faz parte do Projeto Coppe 50 Anos, iniciado em 2013, e conta com patrocínio da Petrobras, Eletrobras Furnas, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Halliburton, GE, Braskem e Itaipu Binacional.

Pluralidade de temas e propostas

Os visitantes acompanham atentos as explicações sobre os projetos

A exposição tem múltiplas propostas. Para os estudantes de ensino médio e fundamental que costumam visitar o Espaço Coppe com seus professores, a mostra traz um mundo de descobertas que poderão estimular seu interesse pela ciência e tecnologia.

Ao mesmo tempo oferece uma oportunidade ao público de conhecer os trabalhos desenvolvidos na Coppe, uma instituição de ensino e pesquisa em engenharia que, ao longo dos seus 53 anos, sempre esteve envolvida com a busca de soluções tecnológicas e na superação de desafios em diferentes segmentos da engenharia e áreas do conhecimento.

O tema “Oceanos” atraiu a curiosidade de muitos visitantes

Na exposição, os visitantes poderão explorar as tecnologias desenvolvidas na Coppe que resultaram em importantes contribuições para a ciência e para a sociedade. Também terão a oportunidade de conhecer as soluções inovadoras propostas por seus pesquisadores para responder aos desafios do presente e do futuro.

Para fazer essa viagem e mergulhar no conteúdo exposto, a mostra oferece uma série de ferramentas, como simuladores, recursos multimídia e ambientes virtuais imersivos, que permitem ao visitante vivenciar os temas de cada pesquisa exposta. Tudo isso em um ambiente bastante colorido e vibrante, no qual a interatividade tem grande importância.

Projetos foram divididos em 10 grandes temas

No nicho sobre biomecânica, visitantes podem usar um simulador

Assim como a forma, o conteúdo da mostra também foi cuidadosamente pensado e validado por professores e pesquisadores experientes. A exposição foi idealizada pela Assessoria de Comunicação Social da Coppe e produzida pela empresa MBA Cultural.

Dividida em dez grandes temas distribuídos em 15 nichos instalados no Espaço Coppe, a mostra apresenta projetos relacionados a assuntos distintos. O visitante poderá ver de perto projetos da Coppe, já conhecidos pelo público, como o MagLev Cobra, o trem de levitação magnética, e o do ônibus híbrido a hidrogênio. Ambos projetos que contribuem para a mobilidade urbana, com reduzido impacto ao meio ambiente.

Também terão a oportunidade de conhecer pesquisas recentes, como o projeto na área de fotônica, que por meio de fibras óticas amplia o aproveitamento da energia solar captada para fins de iluminação. Inédito no Brasil, os primeiros testes já mostraram que será possível utilizar 90% da energia coletada. Um percentual bem superior ao dos sistemas tradicionais, em que a energia solar é convertida primeiro em eletricidade para depois ser transformada em luz, nos quais o desperdício pode chegar a 90%.

O professor Luiz Bevilacqua lembrou a importância de divulgar o conhecimento produzido nas universidades

A importância de exposições como essa e do Espaço Coppe para a divulgação científica foi lembrada por Luiz Bevilacqua, professor emérito da UFRJ. “Um espaço como este é importantíssimo. Uma das falhas que ocorrem no Brasil – e a UFRJ e a Coppe podem contribuir para superá-la – é a dificuldade em levar ao público o conhecimento produzido nas universidades e como esse conhecimento facilita a vida das pessoas. É essencial que a universidade promova, cada vez mais, eventos como esse. A academia tem um papel social cada vez mais importante. O conhecimento gerado é transferido cada vez mais rapidamente para a produção e para o uso social. Por isso, o fechamento da universidade sobre si mesma não é mais algo compreensível”, afirmou o professor da Coppe.

Clima de investigação, trabalho em equipe e de longo prazo

Ao percorrer a mostra, o visitante contará com apoio de uma equipe de monitores do Espaço Coppe. Ao ouvir as explicações, ele poderá perceber o clima de investigação que há por trás dos projetos que têm por objetivo trazer soluções para problemas reais enfrentados pela sociedade.

Professora Leda Castilho explica os projetos de pesquisa da Coppe na área de biofármacos

É o caso das pesquisas em andamento na Coppe, que têm dado suporte a laboratórios brasileiros para o desenvolvimento de tecnologia nacional para produção de biofármacos. O governo brasileiro gasta, anualmente, milhões de reais para importar esses medicamentos e custeia tratamentos caros, nos quais uma única dose pode custar até R$ 7 mil. Os trabalhos estão a cargo da equipe do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (LECC), que, no momento, começa a colaborar também com estudos para produção de vacinas contra o Zika Vírus.

Ao visitar a exposição, o público também vai perceber que o trabalho realizado dentro dos laboratórios é uma atividade contínua e de equipe, que depende do empenho de vários profissionais, como professores, pesquisadores, técnicos, pessoal administrativo e alunos de doutorado, mestrado e graduação. Um trabalho coletivo, no qual o comprometimento é fundamental, e de longo prazo, que, muitas vezes, leva anos e anos até conseguir obter os primeiros resultados satisfatórios.

O diretor enfatizou que é importante dar a oportunidade para que a sociedade conheça temas que desafiamos pesquisadores diariamente. “Soluções sobre as quais nos debruçamos por meses e até anos, para atender a demandas da sociedade. Estamos sempre tentando superar nossos limites”, acrescentou.

Revitalizado, Espaço Coppe ganhou novos equipamentos

O professor Marcelo Werneck faz uma demonstração do sistema de iluminação com fibras ópticas

Para implantação da exposição, o Espaço Coppe Miguel de Simoni passou por um trabalho de revitalização, que incluiu pintura, ajustes na iluminação, aquisição de modernos multimídias, compra e fabricação de painéis e maquetes para ajudar a contar a história de cada projeto ali exibido. A proposta é implantar itens que facilitem a mobilidade e a compreensão do conteúdo da mostra por pessoas com deficiência.A intenção é ampliar o público que visita o Espaço, que anualmente gira em torno de 2.500 e 3.000 pessoas, a maioria estudantes.

A diretora de Assuntos Acadêmicos da Coppe, Cláudia Werner, destacou o processo de revitalização. “O Espaço Coppe já foi criado com essa proposta de divulgar ciência, de mostrá-la aos alunos do ensino fundamental e médio. Agora, o espaço está atualizado, repaginado, com mais tecnologias sendo exibidas, e com linguagem mais acessível para a sociedade, que é quem nos financia, e que é o público-alvo da exposição. Os professores gostaram muito do projeto, está tudo muito bonito. Estamos começando 2016 com chave-de-ouro”, afirmou.

Leandro leva a experiência do Espaço Coppe para a sala de aula

Acompanhando de perto o dia a dia dos visitantes, Leandro Nery Nunes, que integra a equipe de guias do Espaço Coppe, também destacou as mudanças. “Por meio dos novos nichos que mostram as pesquisas relacionadas à biomecânica e à arqueometria, essa nova exposição vai aumentar o interesse por engenharia nos estudantes mais ligados a outras áreas do conhecimento, como as artes e a educação física”, explica.

Leandro é um exemplo concreto de como a divulgação científica pode influir na formação profissional de um estudante. Ele ingressou no Espaço Coppe como monitor, aos 22 anos, quando cursava a graduação em Física na UFRJ. Apaixonado por demonstrar os fenômenos físicos, Leandro é hoje, aos 35 anos, professor da rede estadual de ensino. Leva para sala de aula as experiências do Espaço Coppe e traz seus alunos para visitar o local. “Sou um privilegiado por estar em um ambiente como este”, afirma.

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