Incubadora de Empresas da COPPE abre inscrições para três vagas
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Data: 02/04/2003
Bom desempenho obtido em 2002 faz com que a Incubadora aumente a sua capacidade de produção em 100% até o fim do ano.
A Incubadora de Empresas da COPPE/UFRJ abriu inscrições para o processo seletivo de três empresas novas. Os interessados em participar da seleção devem retirar o edital no prédio da Incubadora no Rio de Janeiro, localizado na Ilha do Fundão, e entregar as propostas até o dia 14 de abril no mesmo local. Para quem reside fora da cidade do Rio de Janeiro é aconselhável ligar para a Incubadora que fará uma pré-entrevista por telefone.
O processo de seleção e o modelo da proposta estão detalhados no Kit do Candidato que será entregue no ato da retirada do edital. Após a entrega da proposta, cujo texto não deve ultrapassar o limite de 20 páginas, os candidatos conforme forem sendo classificados, irão passar por entrevista do grupo, curso de iniciação empresarial, entrega do plano de negócios, parecer de um especialista e apresentação do plano para o conselho. Os critérios de avaliação para as propostas entregues são viabilidade técnico-econômica; perfil do grupo proponente; grau de inovação e impacto modernizador na economia; e possibilidade de interação da empresa com atividades de pesquisa desenvolvidas na UFRJ.
A abertura do edital foi possível em função da graduação, em fevereiro, das empresas Solucionar, M&D e Oceansat, que eram residentes. O processo de graduação ocorre quando as empresas atingem a maturidade gerencial e financeira e deixam as instalações da Incubadora para consolidar sua posição no mercado. A OceanSat foi a empresa residente que obteve melhor resultado em 2002, com faturamento de R$ 3,6 milhões, gerando mais de 40 empregos. A M&D faturou R$ 300 mil o que representa um crescimento de 200% em relação a 2001. Já a Solucionar, teve no ano passado um faturamento de R$ 1 milhão, representando um crescimento de 95% em relação a 2001.
Incubadora da COPPE liderou em 2002
A Incubadora de Empresas da COPPE foi a líder em faturamento no ano de 2002, entre as demais que operam no Estado do Rio de Janeiro, com faturamento total de R$ 15,5 milhões, sendo R$ 8,5 milhões gerados pelas empresas graduadas. Com 7 milhões de faturamento, as empresas residentes da Incubadora da COPPE foram responsáveis por um terço dos R$ 23 milhões gerados por todas as empresas residentes das 14 incubadoras que operam no Rio de Janeiro.
O faturamento total obtido pela Incubadora da COPPE no ano passado representa um crescimento de 29,17% em relação a 2001, quando as empresas residentes e as graduadas faturaram juntas R$ 12 milhões. Este crescimento é o resultado do trabalho realizado pelas 27 empresas que nasceram na Incubadora, das quais 16 já são graduadas e 11 são residentes. Juntas, essas novas empresas geraram, em 2002, cerca de 400 empregos diretos.
Os resultados obtidos pela Incubadora de Empresas da COPPE em 2002, demonstrando o seu bom desempenho, vão levá-la a dobrar a sua capacidade até agosto de 2003, podendo elevar para 30 o número de empresas residentes, ainda neste ano. A Incubadora destinou R$ 250 mil de seu faturamento para o projeto de expansão que inclui a construção de 15 novas salas no “Prédio da Caldeira”, que já se encontra em obras de recuperação.
Saiba mais sobre as três empresas que se graduaram
Com o melhor desempenho de 2002, a OceanSat faturou R$ 3,6 milhões, gerando mais de 40 empregos. Na Incubadora desde abril de 2000, é a única no Brasil que faz monitoramento das condições da superfície do oceano, como densidade, temperatura da água, vórtices, e correntes, através de uma rede de oito satélites. A OceanSat possui tecnologia para localizar vazamentos de óleo no mar em apenas 15 minutos, determinando a direção para onde estão se movimentando. Assim pode evitar acidentes como o derramamento de óleo ocorrido na Baía de Guanabara em 2001. A OceanSat pode, também, detectar rapidamente situações de risco que possam vir a ocorrer durante as atividades de exploração petrolífera. Hoje, seus principais clientes são Petrobras, El Paso, Texaco, entre outros. Recentemente, a OceanSat foi contratada pela Shell para fazer o monitoramento no bloco de petróleo BS4, onde a Shell detém a autorização de exploração e prospecção da área.
Com faturamento de R$ 300 mil em 2002, a M&D teve um crescimento de 200% em relação a 2001, quando faturou R$ 100 mil. A Empresa nasceu em 1998, mesmo ano em que ingressou na Incubadora. A M&D atua em diversos segmentos industriais com ênfase nas áreas de Energia Elétrica, Petroquímica e Naval/Offshore. O seu principal foco é o desenvolvimento de sistemas computacionais para monitoração e diagnóstico de máquinas para aplicação em usinas hidrelétricas. A M&D tem hoje como clientes principais a CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), na Usina de Sobradinho; a CESP (Companhia Hidrelétrica de São Paulo), na Usina de Paraibuna; e a GE Hydro, na Fase 2 da Usina Tucuruí, no Pará. O principal produto da empresa é o Sistema MDM, para monitoração e diagnóstico de falhas em máquinas, normalmente classificadas como críticas dentro dos sistemas de produção de uma indústria. O software foi desenvolvido com tecnologia de ponta e possui técnicas de Inteligência Artificial (I.A) que simulam o diagnóstico de um especialista. O produto é o único no país para hidrogeradores.
A Solucionar, que faz parte da Incubadora desde setembro de 2000, teve no ano passado um faturamento de R$ 1 milhão, representando um crescimento de 95% em relação a 2001. O foco da empresa é o desenvolvimento de sistemas de informação para ambientes Windows, Linux e Intranet/Internet. A Solucionar desenvolve o Sistema Tasker, único software brasileiro gerenciador de tarefas entre equipes, que permite a coordenação do trabalho com alto nível de detalhamento. Com o Tasker, pode-se ter o controle de todas as etapas de um projeto e das tarefas que estão sendo executadas diariamente por cada um dos envolvidos, além de um preciso controle de custos por tarefa. Os principais clientes da Solucionar são Petrobras, Intelig, Ministério do Meio Ambiente e Susep.