Professor da Coppe receberá a Medalha Tiradentes

Planeta COPPE / Engenharia Mecânica / Notícias

Data: 18/10/2013

O professor do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe/UFRJ Max Suell Dutra será contemplado com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria do Poder Legislativo fluminense. A homenagem será entregue no dia 30 de outubro de 2013, às 18 horas, durante sessão solene no Plenário Barbosa Lima da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na Praça XV s/nº, Centro, Rio de Janeiro.

Instituída em agosto de 1989, a Medalha Tiradentes é concedida a pessoas e instituições que tenham prestado relevantes serviços à causa pública, a exemplo da Coppe, que foi contemplada em maio do presente ano, pelos seus 50 anos. Também já receberam a medalha, entre outros, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho; o ambientalista Chico Mendes; o papa João Paulo II; o educador Paulo Freire; e o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro.

A iniciativa da premiação partiu do deputado Luiz Martins, ao tomar conhecimento da forma como o professor Max Suell Dutra se dedica ao ensino e à formação de seus alunos. “Meu objetivo é que, ao concluírem o curso, eles tenham condições de ajudar a reverter as desvantagens tecnológicas que temos em áreas estratégicas como a de automação, controle e robótica, tornando o Brasil menos dependente”, diz o professor da Coppe que, constantemente, recebe telefonemas de pais de alunos agradecendo pelo empenho na formação de seus filhos.

Segundo Max Suell, o que falta em nosso País é investimento e aposta das indústrias nacionais no que é desenvolvido nos laboratórios das universidades, bem como a formação de um link entre ambas. “Na UFRJ temos uma exceção, já que podemos contar com a Fundação Coppetec que vem, dentre outras funções, trabalhando para fazer a ponte entre o conhecimento lapidado na Universidade e as necessidades e carências de nossas indústrias”, diz o professor da Coppe. Ele ressalta ainda que muitas empresas desconhecem que o País tem mão de obra altamente qualificada. “Por isso vários brasileiros não ocupam cargos de direção em empresas de grande porte, que geralmente optam por dirigentes estrangeiros, e diversos problemas são solucionados no exterior, por falta de confiança no potencial nacional” lamenta.

A procura das empresas por lucros imediatos é outro ponto destacado pelo professor. Segundo ele, a maioria das empresas prefere comprar equipamentos no exterior, já fabricados em larga escala, o que barateia o preço em relação aos produtos nacionais que estão entrando no mercado. Para Max Suell, caso houvesse mais proteção à indústria brasileira, seria possível ampliar o número de inovações tecnológicas nacionais, a partir do investimento em pesquisas. Uma ação que aumentaria a quantidade e a qualidade dos produtos brasileiros, os tornando mais competitivos em qualquer mercado.

Uma grande carreira acadêmica

Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 1986, Max Suell conclui seu mestrado no Programa de Engenharia Mecânica (PEM) da Coppe, em 1990. Seu doutorado e pós-doutorado foram feitos na Alemanha: o primeiro na Gerhard Mercator Universität Duisburg, hoje Universität Duisburg-Essen, em 1995, e o segundo na Technische Universität Hamburg-Harburg (Alemanha), em 2002.

Nascido em 1959, em Santo Antonio de Pádua, Rio de Janeiro, Max Suell ingressou na Coppe em 1999 como docente do Programa de Engenharia Mecânica, onde já orientou 36 dissertações de mestrado e 15 teses de doutorado, e supervisionou três pesquisadores de pós-doutorado. Possui 33 artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, 208 trabalhos completos publicados em anais de congressos e é autor de dois livros.

O prof. Max Suell é ainda membro da Comissão de Elaboração do currículo do curso de graduação em Automação e Controle, oferecido pela Coppe em parceria com a Escola Politécnica, e organizador e coordenador do curso lato sensu de Especialização em Engenharia Mecatrônica da UFRJ.

A Medalha Tiradentes é a terceira da trajetória do professor da Coppe. A primeira foi a de Amigo da Marinha do Brasil, concedida pelo Primeiro Comando Naval do Ministério da Marinha do Brasil, em 2010. A segunda foi a de Cidadão Benemérito, na categoria Especial, concedida, em 2012, pelo governo de Santander, da Colômbia – país que tem vários engenheiros que fizeram mestrado e doutorado na Coppe, sob sua orientação.