Vice-ministro de Educação e Pesquisa da Noruega visita a Coppe
Planeta COPPE / Notícias
Data: 16/11/2015
A Coppe/UFRJ receberá, na próxima terça-feira, dia 17, às 15 horas, uma delegação norueguesa liderada pelo vice-ministro de Educação e Pesquisa da Noruega, Bjørn Haugstad. Acompanhado por representantes das principais universidades da Noruega, o ministro participará de um seminário sobre pesquisas desenvolvidas na Coppe e, em seguida, conhecerá projetos da instituição. O seminário será no auditório da Coppe, no Centro de Tecnologia 2, Cidade Universitária.
O vice-ministro será recebido pelo diretor da Coppe, Edson Watanabe e demais membros da diretoria. Após o seminário, a delegação embarcará no Trem de Levitação Magnética (Maglev-Cobra) da Coppe e fará uma visita ao LabOceano, que abriga o tanque oceânico mais profundo do mundo. Este percurso será feito no ônibus híbrido a hidrogênio (H2+2) da Coppe, o primeiro veículo a hidrogênio produzido no país com tecnologia 100% nacional.
Antes de chegar à Coppe, o ministro e a delegação conhecerão o robô Doris, desenvolvido na Coppe para a Petrobras, que será utilizado em plataformas de petróleo. A demonstração da tecnologia será realizada na sede do Cenpes, na Cidade Universitária.
Saiba mais sobre os projetos e Laboratórios
Doris faz parte de uma geração de robôs autônomos desenvolvidos em dois laboratórios da Coppe: o Laboratório de Controle e Automação e o Laboratório de Controle e Automação, Engenharia de Aplicação e Desenvolvimento (LEAD). Doris será instalado em plataformas de petróleo e ambientes complexos, que exigem monitoramento e inspeções frequentes para evitar acidentes e perdas de produção. O robô da Coppe percorrerá a plataforma sobre um trilho para não colidir com equipamentos e pessoas. Sua câmera de vídeo e sensores de temperatura e de som são conectados ao centro de comando da plataforma. Dessa forma, qualquer anormalidade é imediatamente detectada pelos operadores.
Na Coppe, pesquisadores já desenvolveram uma geração de robôs autônomos batizados com nomes femininos: Luma, Doris e Rosa. No momento, estão trabalhando nos robôs híbridos, o mais novo conceito em robótica submarina. São um misto de robôs autônomos, que levam sua própria energia e são pré-programados, seguindo instruções de um software embutido neles, e robôs comandados a distância por um operador, que lhes envia instruções por cabo ou sonar. Os híbridos podem se desligar do comando, agir autonomamente em algumas situações e, em seguida, voltar ao comando.
Silencioso e não poluente, o Maglev-Cobra da Coppe é o primeiro veículo no mundo a transportar passageiros utilizando a tecnologia de levitação magnética por supercondutividade. A Alemanha e a China também fazem experiências com essa mesma tecnologia, mas os seus projetos ainda se encontram em fase de laboratório. Ainda não foram implantadas linhas de teste. O veículo desenvolvido no Brasil tem uma série de vantagens se comparado a outros meios de transporte. A principal delas é o baixo custo de implantação por quilômetro, que é de cerca de 1/3 do valor necessário para implantação do metrô na mesma extensão.
O ônibus híbrido a hidrogênio (H2+2) da Coppe foi pensado para garantir o máximo de eficiência energética. Tem capacidade total para 69 passageiros (29 sentados), rampa de acesso e espaço para cadeirantes. O H2+ 2 é a segunda versão do veículo (o H2) que vem sendo desenvolvido pela Coppe desde 2005. A tecnologia foi licenciada pela Coppe para industrialização e comercialização pela empresa Tracel, parceira do desenvolvimento. Em 2012, surgiu a nova versão com custos 30% menores e redução em 40% no consumo de hidrogênio. O ônibus elétrico híbrido a hidrogênio pode percorrer até 300 quilômetros com uma carga completa das baterias elétricas e uso do combustível hidrogênio embarcado.
O LabOceano da Coppe está entre os quatro maiores do mundo capazes de reproduzir as principais características do meio ambiente marinho e simular fenômenos que ocorrem em lâminas d`água superiores a 2 mil metros de profundidade. Possui o tanque de testes mais profundo do mundo, com 40 metros de comprimento, 30 metros de largura, 15 metros de profundidade e mais 10 metros adicionais em seu poço central. Com 23 milhões de litros de água doce e altura correspondente a um prédio de oito andares, o Laboceano foi a primeira instalação a ocupar o Parque Tecnológico da UFRJ.