Sistema novo de bicicletas compartilhadas é lançado na Cidade Universitária
Planeta COPPE / Engenharia de Produção / Engenharia de Transportes / Notícias
Data: 06/10/2022
O novo sistema de bicicletas compartilhadas na Cidade Universitária foi lançado oficialmente pela Coppe/UFRJ ontem, dia 5 de outubro, e com motivos para comemorar. Inaugurado nesta última segunda-feira, foram cerca de 1 mil viagens apenas nos dois primeiros dias de funcionamento. Destas, 638 ocorreram no segundo, com cada uma das 70 bicicletas sendo utilizada 10 vezes, em média.
A iniciativa faz parte do projeto “Ampliando o alcance da mobilidade ativa no laboratório vivo da Cidade Universitária da UFRJ”, que tem como coordenadores os professores do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, Marcio D’Agosto e Suzana Kahn, também coordenadora do Fundo Verde/UFRJ; e o professor do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, Lino Marujo; e conta com a participação de quatro pesquisadores, financiamento da Faperj e apoio da Prefeitura Universitária e do Fundo Verde. As bicicletas e o software de gerenciamento do sistema são fornecidos pela empresa Serttel – Soluções em Mobilidade e Segurança Urbana.
A solenidade de inauguração foi realizada no Horto da Prefeitura Universitária e contou com a participação dos professores Marcio D’Agosto e Lino Marujo; do diretor de Planejamento, Administração, e Desenvolvimento Institucional da Coppe, professor Ericksson Almendra; do diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, professor Vicente Ferreira; do coordenador do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, professor Glaydston Ribeiro; do Chefe da Engenharia de Tráfego da Prefeitura Universitária, Eduardo Cezar; e do pesquisador do Fundo Verde, Bruno Allevato; dentre outros, incluindo professores de outras unidades da UFRJ que passarão a contribuir para o projeto.
Durante a solenidade, Marcio D’Agosto, coordenador geral do projeto, destacou que o número de adesão de usuários está bem alto e surpreendente, superando as expectativas da equipe. Este resultado inicial é favorável para se alcançar o objetivo desenvolver um “laboratório vivo” que forneça mobilidade ativa para o corpo social da Cidade Universitária. De acordo com o professor, a iniciativa também visa monitorar informações consideradas relevantes para atender ao conceito de cidade inteligente, por meio do uso deste sistema dockless de compartilhamento de bicicletas, que dispensa estações.
O novo sistema está estruturado para atender a todos que tenham uma matrícula na UFRJ – alunos, técnico-administrativos, pesquisadores e professores – e aos moradores da Vila Residencial. Os usuários podem se deslocar gratuitamente pedalando até a região do campus onde desejam parar, ou bem próximo a seus destinos, sem a necessidade de deixar o veículo em pontos específicos, como as estações. Durante o período máximo de 1 hora por viagem, eles podem usufruir deste veículo ambientalmente sustentável, iniciando e concluindo o deslocamento em uma das 25 regiões da Ilha do Fundão, denominadas manchas e selecionadas de forma criteriosa, por estimativa de demanda.
Para utilizar o serviço, basta baixar no smartphone o aplicativo “Integra UFRJ” e realizar o cadastro, ou mesmo atualizá-lo, no caso de quem já utilizava o serviço anterior, implantado pelo Fundo Verde. O aplicativo pode ser baixado pelo Play Store, ou pelo App Store; e as dúvidas tiradas pelo instagram.com/integraufrj
O diretor de Planejamento, Administração, e Desenvolvimento Institucional da Coppe, professor Ericksson Almendra, parabenizou a equipe pela iniciativa, ressaltando saber que é não é fácil, e sim um desafio implantar e administrar projetos como este. Uma missão que todos envolvidos estão conseguindo cumprir. Os benefícios do sistema foram mencionados pelo professor Glaydston, que disse ser muito bom ver o “campus pulsando”, e comentou sobre a tradição do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe e a importância de se implantar projetos como esse que. De acordo com o professor, além de contribuir para os estudos de mestrado e doutorado, a iniciativa promove a integração e principalmente a conexão entre os pontos internos da Cidade Universitária.
De acordo com Eduardo Cezar, da Prefeitura Universitária, as bicicletas têm contribuído para reduzir o elevado número de pessoas que se deslocam pelo campus usando os ônibus internos a serviço da UFRJ, principalmente de muitos alunos que almoçam no Refeitório Universitário (o de frente para o CCS). A partir da movimentação dos usuários, será possível analisar os dados gerados e, assim, traçar cenários futuros, como destacou o professor Lino, da Coppe que, junto com seus alunos, fará a análise do ciclo de vida, não só das bicicletas, mas do sistema como um todo.
Todos os deslocamentos serão monitorados pela equipe da Serttel que, pelo mapa do sistema de gerenciamento, terá acesso ao posicionamento de cada bicicleta, a partir do dispositivo nela instalado e que se comunica por GPS. Ao falar sobre o monitoramento, o gerente de Operações da Serttel, Renan Borsatto, fez uma breve abordagem sobre a segurança explicando que as bicicletas possuem reforço estrutural e dispositivos por elas espalhados, incluindo o de alarme. Este poderá ser disparado automaticamente quando, por exemplo, o veículo sair da área permitida para a circulação.
Este novo sistema de bicicletas compartilhadas chega para ampliar os benefícios do anterior, cuja experiência foi aprovada pela comunidade da UFRJ. Ele funcionava com 60 bicicletas e foi utilizado de setembro de 2017 ao início de 2020, quando teve início a pandemia da Covid-19. Implantado pelo Fundo Verde, atingiu uma média de 3 mil cadastros de alunos por ano e mais de 83 mil viagens realizadas. De acordo com o pesquisador do Fundo Verde, Bruno Allevato, no período de pico, a demanda chegou a superar a oferta. Por isso, em algumas vezes, não havia bicicletas disponíveis nas estações. Bruno, que também integra a equipe do atual projeto, explica que todas as informações coletadas na primeira experiência foram muito importantes para subsidiar a implantação deste novo projeto.
Entre os novos benefícios aos usuários e também aos acadêmicos, está a medição da melhora na saúde. O projeto a passou a contar com a colaboração da professora da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) da UFRJ, Paula Cocate que, junto com seus alunos, pretende convidar os usuários para fazer análises. O objetivo é compor indicadores que demonstrem o estado da saúde e da qualidade de vida. Presente ao evento, Paula disse que este projeto é muito importante por envolver uma mobilidade ativa, por contribuir para o aumento do movimento e consequentemente reduzir ou mesmo sair do sedentarismo.
Saiba mais sobre o novo sistema: Cidade Universitária volta a contar as bicicletas compartilhadas e gratuitas.
- Mobilidade e Segurança Urbana