Emoção e alegria no lançamento de autobiografia de Pinguelli
Planeta COPPE / Notícias
Data: 15/06/2022
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Emoção e alegria tomaram conta da livraria Argumento, nesta segunda-feira, 13 de junho. Colegas, amigos, familiares, ex-alunos compareceram para homenagear o mestre Luiz Pinguelli Rosa no lançamento de sua autobiografia intitulada “Memórias de Vargas a Lula: a resistência à ditadura e ao neoliberalismo”, editada pela Contraponto.
O livro foi escrito por Pinguelli com a intenção de trazer memórias políticas, colocando na balança as vitórias e derrotas da esquerda no país. “Como predominam derrotas – escreveu o autor – pensei em chamá-lo ‘Memórias de um derrotado’. Mudei de ideia não para esconder o sentimento de derrota, mas porque mantenho a esperança”.
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Pinguelli foi descrito por seu filho Luiz Fernando, a quem coube apresentar a obra, como um homem “inteligente, culto, progressista, patriota, corajoso, ‘muito corajoso’, que lutava pelo que julgava certo, a despeito das consequências, e que não se deixou intimidar nem pela ditadura militar. “Em tempos que homens minúsculos são mitificados e levados ao poder, foi um dos grandes. Nosso pai, com muito orgulho”, escreveram, com admiração, seus filhos Luiz Fernando, Luís Eduardo e Leonardo.
Nas palavras de Luiz Fernando, Pinguelli era um “cara simples, reservado e espirituoso”. “Um professor de Física cujas aulas atraíam alunos inscritos em outras turmas. Um diretor da Coppe que recebia alunos em sua sala sem horário marcado minutos antes de receber um ministro”.
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De acordo com o diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, Pinguelli trouxe ao longo das 500 páginas de sua biografia a visão de alguém que queria o desenvolvimento nacional, queria um país mais justo. “Enquanto professor e diretor da Coppe, sempre buscou aproximar a academia e a sociedade. Depois do Coimbra foi a pessoa que mais ampliou a dimensão da Coppe, e também como alguém que influenciou a vida e o cotidiano de todos nós. Todos que tivemos a oportunidade de conviver com o Pinguelli, aprendemos muito a olhar os problemas buscando soluções amplas. Seu olhar nunca foi restrito e sempre teve em foco o desenvolvimento nacional e o interesse da sociedade”.
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O diretor-executivo da Fundação Coppetec, Fernando Peregrino, descreveu o professor Pinguelli, seu amigo de longa data, como alegre, afável e empático. “Ele me marcou muito e me marcou por um valor que, para mim, está acima de muitas coisas que foram desprezadas ao longo do tempo: a lealdade. Pinguelli não deixava soldado para trás. Ele me lembrou outro cara que considero muito, Leonel de Moura Brizola, o qual dizia que devemos buscar aquele que caiu e trazê-lo para a linha de frente. Nacionalista, desenvolvimentista, em defesa da universidade, da pesquisa, do conhecimento. Pinguelli foi leal, ele se colocava à frente das balas para que estas não atingissem quem trabalhava com ele”, destacou Peregrino.
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O irmão de Pinguelli, Sergio Rosa, preferiu destacar o lado humano de Pinguelli como o componente principal da biografia. “Nesse livro de memórias, meu irmão canta músicas de Vinícius, Cartola, Gil, Noel Rosa e muito mais. De Aldir Blanc e Guinga, Pinguelli foi buscar. Na infância e adolescência, moramos no Engenho de Dentro, perto do nosso vizinho João Nogueira que escreveu, parece, para o Pinguelli: o nome a obra imortaliza. Esse livro de memórias retrata parte da obra imortalizada, talvez um subtítulo possível fosse ‘Uma obra de um alfaiate feita sob medida’”.
“O nosso autor tem o livro lançado no repulsivo momento da entrega da política energética simbolizada da Eletrobras para o tal mercado. Pinguelli se disse um derrotado, mas, no início do livro, ele nos traz Saramago: o que as vitórias têm de mau é que não são definitivas, o que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas. Lutemos!”, invoca Sérgio Rosa
Saiba mais sobre o professor Luiz Pinguelli Rosa na seção Perfil do Planeta Coppe Notícias.
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