Por que Engenharia? Coppe recebe alunos do Cefet e do Pedro II e reforça a capacidade do Brasil em desenvolver tecnologia de ponta
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Data: 02/12/2024
Nesta sexta-feira, 29 de novembro, a Coppe/UFRJ deu início à série de eventos “Por que Engenharia?”, uma iniciativa que busca inspirar jovens a se interessarem pela Engenharia, destacando o papel crucial dessa área no desenvolvimento do país. A proposta é apresentar projetos emblemáticos da instituição, reforçando que o Brasil também é capaz de criar tecnologias de ponta.
Na estreia, alunos do Cefet-Rio (campus Maria da Graça) e do Colégio Pedro II participaram de uma aula conduzida pelo professor Richard Stephan, do Programa de Engenharia Elétrica, sobre o MagLev-Cobra, um trem de levitação magnética desenvolvido pela Coppe.
Com uma abordagem dinâmica e interativa, o professor Richard apresentou a trajetória do MagLev-Cobra, desde o conceito inicial até o protótipo em escala real, explicando os avanços tecnológicos do projeto e os desafios enfrentados em cada nível de prontidão tecnológica (Technology Readiness Level, ou TRL).
““Cada degrau do TRL (nível de prontidão tecnológica, escala criada pela Nasa e que vai de 1 a 9, indicando quão pronta para o mercado está uma nova tecnologia) é mais difícil de galgar. Isso é legal na Engenharia, cada passo é um novo desafio. A vida do engenheiro nunca é chata, nunca é desinteressante”, explicou, incentivando os jovens a considerarem a carreira como uma oportunidade de criar impacto social e tecnológico.
A Engenharia como motor do progresso nacional
O professor Richard foi enfático ao lembrar que o desenvolvimento social está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento tecnológico: “Não existe desenvolvimento social sem Engenharia. No Brasil, temos um déficit de engenheiros e um excesso de advogados. Na China e na Coreia do Sul, países que alcançaram rápido desenvolvimento, a realidade é inversa. A saída do Brasil não é o Galeão, é a Engenharia!”
Após a palestra, os alunos conheceram outros projetos inovadores, como o Icarus UFRJ (equipes de competição de automobilismo) e o Minerva Aeroespacial, (voltado para foguetes e satélites). Em seguida, foram levados à estação experimental do MagLev-Cobra, onde puderam ver de perto a tecnologia em ação.
Valorizando a Ciência e Tecnologia nacionais
O vice-diretor da Coppe, professor Marcello Campos, idealizador da série, reforçou a importância de desmistificar a ideia de que inovação tecnológica é exclusividade de instituições estrangeiras como Stanford ou MIT: “A UFRJ faz isso. A universidade pública brasileira forma profissionais e desenvolve tecnologias. Não precisamos de um complexo de vira-latas. Com menos recursos, fazemos até trem voar!”
A inspiração para o projeto veio das Christmas Lectures, promovidas pela Royal Institution desde 1825, que visam tornar a ciência acessível ao público jovem. Marcello espera que iniciativas como essa incentivem alunos do ensino médio a ingressarem na Escola Politécnica da UFRJ e, mais tarde, a avançarem para mestrados e doutorados na Coppe.
“A ciência precisa chegar à sociedade. Precisamos acreditar na ciência feita aqui, no potencial das universidades públicas do Brasil”, concluiu Marcello.
Próximos passos
A apresentação sobre o MagLev-Cobra será disponibilizada no canal da Coppe no YouTube, dando continuidade ao objetivo do projeto de popularizar a Engenharia e mostrar ao Brasil que somos capazes de desenvolver tecnologia de ponta que transforma vidas e promove o progresso nacional.
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