Professor da Coppe avalia novo sistema Alerta Rio
Planeta COPPE / Engenharia de Produção / Notícias
Data: 04/02/2025
Na quarta-feira, 29 de janeiro, durante o temporal que atingiu a cidade, os moradores do Rio de Janeiro foram surpreendidos pelo novo sistema de alerta sonoro da Defesa Civil, lançado pelo governo federal. O sistema foi desenvolvido para sinalizar riscos de desastres e orientar a população de forma mais eficiente.
Às 17h57, os celulares receberam a mensagem “Alerta extremo”, acompanhada de um som agudo. No texto, a Defesa Civil informou por meio do Alerta Rio: “Cidade do Rio permanece em estágio 2. Pancadas de chuva até o fim da noite de hoje. Evitem ruas alagadas. Emergência: ligue 199.”
O novo sistema foi implementado pelas operadoras de telefonia, em cumprimento a uma determinação da Anatel. Operado pela Defesa Civil, o sistema tem como objetivo alertar a população em áreas de risco iminente, enviando mensagens de emergência diretamente para os celulares, sem necessidade de cadastro prévio.
O professor Tharcisio Fontainha, coordenador do Centro de Estudos e Prática de Engenharia para Desastres (Ceped) avaliou positivamente a implementação do sistema. “Este avanço é resultado de discussões com as operadoras de telefonia e agências reguladoras nos últimos anos. Em 2011, foram instaladas sirenes em mais de 100 comunidades do Rio de Janeiro com risco de deslizamentos, e as primeiras tentativas de alertar a população por telefone dependiam de cadastro. Agora, em 2025, conseguimos implementar um sistema de alerta eficiente e amplo, o que é uma grande conquista. No entanto, ainda há muito a ser feito na área de alerta e alarme”, afirmou o professor.
Tharcisio destacou ainda que o Ceped está desenvolvendo projetos para criar simulados virtuais de evacuação de áreas de risco. A plataforma, chamada provisoriamente de “ROTA”, permitirá que os cidadãos acessem, por celular ou computador, simulações rápidas e didáticas sobre o que fazer em situações de emergência, como o alerta recebido na terça-feira.
Segundo o professor, a realização de simulados e treinamentos para desastres é amplamente discutida no contexto escolar, principalmente para crianças. Contudo, ele enfatiza que esses treinamentos também devem ser feitos com trabalhadores, em parceria com o setor privado, já que empresas também são fortemente afetadas por desastres. “É fundamental que toda a população saiba como agir em situações de emergência, não apenas as crianças”, acrescentou.
Por fim, Tharcisio sugeriu que o sistema de alertas da cidade poderia ser ampliado para incluir transmissões imediatas em rádio e TV, como ocorre no Japão em situações de desastres, garantindo uma comunicação ainda mais eficiente com a população.
A Coppe criou em 2023 o Centro de Estudos e Prática de Engenharia em Desastres (Ceped). Saiba mais.
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