Pesquisadores da Coppe conquistam o 1º Prêmio Capes/Minfra de Excelência em Infraestrutura

Planeta COPPE / Engenharia de Transportes / Notícias

Data: 03/12/2021

A ex-aluna de mestrado Jéssyka Wisnieski Souza, o professor Hostilio Ratton Neto e os alunos de doutorado Fabio Santos Cerbino e Marina Donato, todos do Programa de Engenharia de Transportes (PET) da Coppe/UFRJ, foram contemplados com o primeiro lugar no Prêmio Capes/Minfra de Excelência em Pesquisa em Infraestrutura 2021, na categoria Ferrovias. A conquista foi em função do artigo The unbundling project applied to the Açailândia – Barcarena rail link in Brazil: why didn’t it work?.

Esta foi a primeira edição desta premiação que é fruto de uma parceria entre a Capes e Ministério da Infraestrutura e tem como objetivo estimular e reconhecer a produção de artigos científicos de alta qualidade e relevância aceitos e/ou publicados em periódicos acadêmicos ou científicos voltados para a temática de Infraestrutura.

O artigo contemplado tem como base o estudo realizado por Jéssyka para sua dissertação de mestrado, concluída em 2017, sob orientação do professor Hostílio, no qual avalia o motivo do fracasso do leilão da concessão da ferrovia Açailândia – Barcarena, que é o trecho final da Ferrovia Norte-Sul. Após o término do mestrado de Jéssyka, o estudo foi ampliado e atualizado com a participação dos alunos Fabio Cerbino e Marina Donato, também orientados por Hostilio, e as principais conclusões estão no artigo premiado.

Os pesquisadores avaliaram se as condições específicas do processo de licitação teriam contribuído para o abandono do que foi a primeira tentativa de introdução do modelo de desverticalização para as concessões ferroviárias no Brasil. Hostilio explica que também foram examinados contextos prospectivos para viabilizá-lo. Para isso, de acordo com o professor da Coppe, foram estimados o potencial econômico da área de influência da ferrovia, a demanda e as tarifas de cobrança necessárias. “Os resultados indicaram que houve erros na concepção e montagem do processo licitatório os quais, se corrigidos, ampliariam as perspectivas de sucesso do projeto”, explica Hotilio.

“Como a renovação das concessões verticais, em vigor desde os anos 90, está sendo antecipada e envolve a possibilidade de as concessionárias devolverem ao governo trechos não operados, por não serem comercialmente viáveis em sua escala de negócios, concessões nos moldes da ligação Açailândia – Barcarena são uma das opções para permitir a retomada de sua exploração, criando o mercado de short lines no País, como existe nos Estados Unidos da América do Norte. O caso estudado trouxe à baila elementos pertinentes para a discussão dessa questão”, conclui o professor da Coppe.

  • Capes/Minfra