Ouvidores falam sobre liberdade de expressão e sugerem melhores práticas na web
Planeta COPPE / Notícias
Data: 27/09/2019
A ouvidora-geral da UFRJ, Cristina Riche, e o ex-ouvidor da Caixa de Previdência do Banco do Brasil, professor Luiz Costa, proferiram palestra na Coppe/UFRJ no último dia 24 de setembro. O tema “liberdade de expressão, mídias sociais e comunicação não violenta” atraiu a atenção de técnicos-administrativos e professores que compareceram ao auditório para assistir as apresentações e em seguida debater com os palestrantes as questões abordadas.
A ouvidora da UFRJ agradeceu o convite da Coppe e elogiou a iniciativa da instituição, uma oportunidade para esclarecer as atribuições da ouvidoria. O evento contou com a participação do diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, e da diretora-adjunta de Gestão de Pessoas da Coppe, Vanda Borges.
Segundo Cristina, a ouvidoria não tem atribuição investigativa. “Não é chefatura de polícia ou Ministério Público. É um espaço de mediação para gestão de conflitos, de acolhimento coletivo e de participação cidadã para a promoção da democracia direta, participativa, prevista na Constituição Federal de 1988”, ressaltou.
A proposta, segundo a ouvidora, é promover melhorias, de alcance coletivo como, por exemplo, a de instrução normativa, junto à Reitoria, para regulamentar o uso de nome social de alunas e alunos transgêneros, travestis e transexuais na Universidade. A resolução foi publicada em 2015. Foi a partir de um pedido de uma aluna da Escola de Belas Artes da UFRJ que foi feita a proposta, muito antes do Decreto Federal 8.727, de abril de 2016. “Entendemos que aquela demanda tinha um impacto social importante, que poderia abranger outras pessoas que tinham os mesmos direitos e não haviam se pronunciado”, relatou a ouvidora.
O ex-ouvidor do Banco do Brasil, que também é mediador de conflitos e especialista em Gestão da Capacidade Humana, falou sobre comunicação não violenta. Segundo ele, trata-se de um
processo de entendimento que facilita a comunicação de suas necessidades com as necessidades do outro, de maneira empática. “Ela deve ser afetiva e efetiva”, ressaltou Luiz Costa, explicando a importância dos conflitos como recursos para aproveitar e aprender com eles. “Diante de situações de conflitos devemos parar, respirar e acessar um espaço, dentro de nós mesmos, de consciência e inteligência, para entender, de forma diferenciada, a situação”.
O diretor da Coppe, Romildo Toledo, ressaltou a importância de esclarecer ao corpo social da instituição o papel da Ouvidoria. “Queremos promover mais momentos como esse na Coppe para que possamos tornar o ambiente de trabalho cada vez mais democrático, inclusivo e harmônico”, disse Romildo.
Professora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH) da UFRJ, Cristina deu dicas para melhor uso da internet e canais institucionais e recomendou os sites etiquetanaweb.wordpress.com/dicas, e https://new.safernet.org.br, este último para denúncia de crimes cibernéticos.