Último trem para Alexandria é tema da aula inaugural do Programa de Engenharia Química

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Data: 20/09/2019

O professor emérito da Coppe/UFRJ, Luiz Bevilacqua, preferirá a aula inaugural do Programa de Engenharia Química da Coppe, no dia 25 de setembro. Com o tema “O Último Trem para Alexandria”, Bevilacqua falará sobre a história e a importância da cidade de Alexandria, no Egito, seu apogeu e queda, destruída pela barbárie romana, com filósofos e cientistas perseguidos pela intolerância religiosa.

Aberto ao público, o evento será realizado no auditório da Coppe, às 14h, no auditório do bloco G, sala 122, Centro de Tecnologia, Cidade Universitária.

“Foi na Alexandria que ocorreu a primeiro evento de convergência disciplinar, com matemáticos, astrônomos e médicos atuando juntos. Foi um caldeirão de conhecimento. No Brasil, construímos um notável acervo científico e tecnológico nos últimos 60 anos. O que podemos fazer para sustentar isso hoje, em tempos de ameaças ao conhecimento? Não podemos renunciar a essa riqueza. É importante que tenhamos clareza dos riscos que estamos correndo, realçando os problemas para encontrarmos soluções”, explica o professor.

Bevilacqua também falará sobre a história da Coppe e sua própria trajetória. Professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe, Bevilacqua fundou o programa após três anos de fundação da instituição, ainda no prédio da Praia Vermelha.

Em 2011, fundou o Espaço Alexandria, um projeto que incentiva ações que conduzem à conquista do conhecimento científico, tecnológico, artístico e humanístico-cultural, estimulando cooperações entre vários setores do conhecimento. Atualmente, estudantes e pesquisadores dos programas de Engenharia Mecânica e de Engenharia de Sistemas da Coppe e um grupo de Neurociência do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ desenvolvem pesquisas em  Robótica e Neurociência aplicados em Automações e Inteligência Artifical.

Alexandria
Considerada a capital do conhecimento do mundo, Alexandria foi a cidade para onde convergiu a maior parte da riqueza da cultura ocidental da qual somos herdeiros. Sediou, às margens do Mediterrâneo, a maior biblioteca já vista na humanidade, um centro de pesquisa e o maior acervo da história e da ciência antiga. Abrigou a primeira faculdade de medicina do mundo, que serviu de inspiração para os modelos de universidades que temos hoje. Estima-se que no seu apogeu a biblioteca tenha reunido cerca de 700 mil manuscritos. Abrigava não somente documentos históricos, livros e papiros, mas também contava com escolas de pensamento e exposições permanentes de pinturas e outros artefatos. Sua destruição aconteceu após uma série de incêndios, muitos provocados por disputas políticas e religiosas.