Visita virtual ao Atlas – pela primeira vez aberta ao público

Planeta COPPE / Engenharia Elétrica / Notícias

Data: 14/06/2017

A Coppe/UFRJ promove na próxima quinta-feira, dia 22 de junho, às 15 horas, uma visita virtual, em tempo real, ao Atlas, experimento de detecção de partículas instalado no Cern, o maior laboratório de física do mundo, cuja principal missão é investigar a origem do universo. Concebido e desenvolvido com a contribuição de pesquisadores brasileiros, entre eles pesquisadores da Coppe, o Atlas teve um importante papel na descoberta do bóson de Higgs – a chamada “partícula de Deus”.

Pela primeira vez aberta ao público em geral, a visita será realizada no auditório da Coppe, na Rua Moniz Aragão, 360, Bloco 1, Centro de Tecnologia 2 (CT2), Cidade Universitária.

No início da visita, o professor da Coppe, José Manoel Seixas, um dos coordenadores da equipe brasileira no Atlas, fará uma breve apresentação sobre o Atlas, os objetivos do Cern e a contribuição dos pesquisadores brasileiros no desenvolvimento do Atlas. Em seguida, os visitantes serão guiados pelo pesquisador brasileiro, Denis Damazio, ex-aluno da Coppe e funcionário do Instituto Brookhaven, lotado no Cern, localizado entre a França e a Suíça.

Em apenas uma tarde um novo mundo é apresentado ao público: o das partículas “quase invisíveis”, que ao que tudo indica, deram origem à matéria e, consequentemente, ao universo e ao homem. 

Quem chegar mais cedo poderá visitar, a partir das 14 horas, o nicho 8 da exposição “Exploradores do Conhecimento”, no Espaço Coppe Miguel de Simoni, que exibe o tema “A recriação do começo dos tempos”. Os visitantes poderão  simular um choque de prótons em um protótipo semelhante ao instalado no Cern e assistir a um vídeo sobre o Big Bang, produzido pela Nasa.  O Espaço Coppe fica  no Bloco I 2000, Centro de Tecnologia da UFRJ, Cidade Universitária.

Viagem ao universo das partículas

Segundo o professor Seixas, a visita virtual promovida pela Coppe é uma complementação à formação pedagógica dos estudantes. “Os currículos do ensino médio ainda não foram atualizados de modo a contemplar a moderna física de partículas. E alguns currículos acadêmicos ainda não incorporaram o estudo das partículas subatômicas”, afirmou o professor.
Embora tenham como principal objetivo decifrar a origem do universo, as pesquisas realizadas no Cern têm resultado em importantes descobertas em diferentes áreas do conhecimento. Um exemplo é o protocolo www, que resultou na popularização da Internet.

As visitas são realizadas com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), por meio do edital Melhoria de Ensino.

Coppe e CERN: três décadas de parceria

A Coppe possui uma longa parceria com o Cern, iniciada em 1988. Seus pesquisadores colaboraram na concepção e desenvolvimento dos detectores que formam o Atlas, maior experimento de detecção de partículas em funcionamento no planeta. O Atlas serve ao LHC (Large Hadron Collider), o colisor de partículas que ocupa um túnel de 27 km de extensão, na fronteira entre a Suíça e a França. Foi graças ao uso combinado destes equipamentos de altíssima tecnologia que a equipe multidisciplinar e internacional que compõe o Cern conseguiu detectar e provar a existência do bóson de Higgs, considerada a partícula fundamental à existência da vida.

A Coppe também é responsável por 90% dos sistemas de engenharia de software que dão apoio à coordenação técnica do Atlas, rastreando os equipamentos que passam por manutenção, inclusive aqueles que estiveram expostos à radioatividade, e acessando as informações dos milhões de componentes do Atlas, otimizando o processo de trabalho e alocando recursos técnicos e humanos de maneira eficaz.