Aluno de doutorado da Coppe é premiado pela melhor tese defendida no país em Engenharia Geotécnica
Planeta COPPE / Engenharia Civil / Notícias
Data: 18/11/2016
Professores e alunos da Coppe são conhecidos por se destacarem em suas áreas de atuação. Em outubro passado, foi a vez do pesquisador Seyedhamed Mirmoradi, vencedor do Prêmio Costa Nunes da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS) pela melhor tese de doutorado em Engenharia Civil e Geotecnia defendida no país no biênio 2014-2015. Das cinco teses selecionadas este ano para a fase final da mais importante premiação do país na área, quatro são de autoria de alunos da Coppe.
Mirmoradi foi premiado pela tese “Avaliação do comportamento de muros de solo reforçados sobre condições de trabalho”, que foi defendida em 2015, no Programa de Engenharia Civil da Coppe, sob a orientação do professor Maurício Ehrlich. Os critérios de seleção do prêmio, criado em 1998, são qualidade, inovação e aplicabilidade.
“Esse prêmio me motiva a continuar nessa área de pesquisa. O mais importante foi fazer minha família feliz com ele, o que é uma forma de compensação”, disse Seyedhamed.
Nascido no Irã, Seyedhamed cursou a graduação e o mestrado na Universidade de Mazandaran, no Irã. Mora no Brasil desde 2011, quando iniciou o curso de doutorado na Coppe, sob a orientação do professor Ehrlich, especialista em Engenharia Geotécnica, que em 1995 ganhou a Medalha Norman, o maior prêmio da Sociedade Americana de Engenheiros Civis. Desde então, a parceria entre aluno e orientador já rendeu dez artigos em revistas internacionais e quatro em congressos. Atualmente Seyedhamed é bolsista de pós-doutorado da Coppe.
“É comum o aluno se destacar pela inteligência, alta capacidade de produção ou boa formação técnica. Seyedhamed se diferencia por reunir essas três qualidades e, ainda por cima, tem muita iniciativa”, conta orgulhoso o professor Ehrlich.
Sobre a tese premiada
Muro de solo reforçado é uma estrutura de contenção que serve para estabilizar massas de solo. Costuma ser usado para conter aterros e evitar deslizes em terrenos naturais, como encostas. “É uma solução barata, porque usa o próprio solo como matéria-prima. Para o Brasil é mais vantajoso ainda porque os solos daqui têm boa qualidade”, explica Ehrlich.
Por meio de modelagem física e numérica, o estudo de Seyedhamed aperfeiçoa a metodologia de análise dessa tecnologia e oferece a possibilidade de projetos mais econômicos e mais confiáveis.
“A maioria das metodologias existentes são simplistas e empíricas. Esta tese possibilita a construção, por exemplo, de um muro de 5 a 80 metros, com base teórica e matemática melhor fundamentada, tornando a obra mais econômica e segura. Não tenho dúvida que estamos na ponta do conhecimento em relação ao que vem sendo desenvolvido nesta linha em todo o mundo”, destaca Ehrlich.