Institutos liderados pela Coppe são contemplados em edital do CNPq

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Data: 24/05/2016

Liderados pela Coppe, o Instituto Geotécnico de Reabilitação do Sistema Encosta-Planície (REAGEO) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Reatores Nucleares Inovadores (INCTRNI) estão entre os INCTs que tiveram sua renovação selecionada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As duas unidades foram contempladas no edital divulgado no último dia 11 de maio. Também conta com a participação da Coppe o novo INCT de Física das Altas Energias e Astropartículas, liderado pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), e o INCT Smart Industry, liderado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Ao todo foram encaminhadas ao CNPq 345 propostas, que foram avaliadas, entre os dias 25 e 28 de abril passado, por, no mínimo, três consultores ad hoc de outros países e por um Comitê Julgador nacional. Desse total, 115 propostas eram relacionadas a institutos já existentes e 230, à criação de novos INCTs.

Sobre os institutos

Criado em 2009, o Instituto Geotécnico de Reabilitação do Sistema Encosta-Planície ficou em segundo lugar geral na Chamada INCT, que selecionou 252 propostas entre os 345 projetos recebidos. Coordenado pelo professor Willy Alvarenga Lacerda, do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ, o REAGEO desenvolve estudos em três grandes linhas de pesquisa: Mecanismos de instabilização e influência do uso e cobertura vegetal, Tecnologias para reabilitação de áreas degradadas, e Técnicas de disposição de sedimentos dragados, controle de contaminação e construção em solos moles.

O Instituto, cujas pesquisas são lideradas pela Coppe, também reúne pesquisadores do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Igeo/UFRJ), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade de Brasília (UnB).

Outro instituto sediado na Coppe e contemplado no edital foi o INCT para Reatores Nucleares Inovadores, cujo coordenador é o professor Fernando Carvalho da Silva, do Programa de Engenharia Nuclear (PEN). “A proposta do instituto é pesquisar e formar recursos humanos para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras de reatores nucleares para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Tecnologias mais seguras, econômicas e de maior aceitação pública”, explicou o professor Fernando Carvalho.

Os sistemas nucleares pesquisados pelo instituto são: sistemas híbridos subcríticos, reatores a altíssimas temperaturas e reatores avançados à água leve. Liderados pela Coppe, os estudos envolvem grupos de pesquisa distribuídos por diferentes instituições: Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear – CDTN/CNEN, Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste – CRCN-NE/CNEN, Departamento de Energia Nuclear – DEN/UFPE, Departamento de Engenharia Nuclear – ENU/UFMG, Instituto de Engenharia Nuclear – IEN/CNEN, Instituto de Matemática – IM/UFRGS, Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN/CNEN, Instituto Militar de Engenharia – IME-Nuclear, Instituto Politécnico do Rio de Janeiro – IPRJ/UERJ, e Instituto de Estudos Avançados – IEAv/CTA.

A Coppe participa, também, do novo INCT para Física das Altas Energias e Astropartículas (Astroparticle and High Energy Physics). Os estudos da unidade, sediada no CBPF, no Rio de Janeiro, são liderados pelo professor Ronald Shellard.

A participação da Coppe se dá por intermédio do Laboratório de Processamento de Sinais (LPS), coordenado pelo professor José Manoel de Seixas, do Programa de Engenharia Elétrica. “A proposta desse novo INCT tem como foco científico o estudo teórico e experimental da física das partículas, ou seja, o estudo da matéria e suas interações em seu nível mais fundamental”, explica o professor José Seixas, que integra o Comitê Gestor do instituto.

Além disso, a Coppe participa do INCT Smart Industry, liderado pelo professor Antônio Braga, da UFMG. Na Coppe, o projeto será realizado no Laboratório de Inteligência Artificial do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC). “O setor industrial, responsável pela produção de bens e serviços, precisa mais e mais de sistemas corporativos inteligentes que sejam capazes de apoiar a aquisição de dados, comunicação e todas as atividades de tomada de decisão. Os sistemas industriais para aquisição, comunicação, gerenciamento de dados, análise e tomada de decisão devem, nos tempos atuais, ser projetados para atender a requisitos como  complexidade , dinâmica , incerteza e integração. O objetivo do recém aprovado Instituto  em ‘Smart Industry’ é desenvolver os fundamentos, métodos, algoritmos de processamento de dados, otimização e procedimentos de projeto para uma nova geração  de sistemas industriais inteligentes”, esclarece o professor Carlos Eduardo Pedreira (PESC), um dos diretores do instituto, que contará ainda com a colaboração do professor Felipe França (PESC). As empresas EMC e a INOVAX que mantém centros de pesquisa e desenvolvimento no Parque Tecnologico da UFRJ são parceiras do projeto.

Os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) começaram a ser implantados em 2008 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para realização de pesquisas colaborativas em áreas de interesse tecnológico. Cada instituto fica sediado em uma instituição, que lidera os estudos a serem desenvolvidos em conjunto pelas demais instituições integrantes.

Ao serem selecionados pela Chamada INCT –Nº16/2014, os institutos receberam recomendação de mérito técnico-científico para obtenção de financiamento. Até a primeira quinzena de julho serão realizadas negociações para cofinanciamento das propostas recomendadas entre o CNPq e as instituições parceiras do edital: a Fundação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes, a Financiadora Nacional de Estudos e Projetos – Finep, e as fundações de amparo à pesquisa de diversos estados.