Novos alunos para uma sociedade competente, sustentável e justa
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Data: 02/03/2015
A Coppe recebeu, segunda-feira, 2 de março, seus novos estudantes de mestrado e doutorado. Com o auditório do CGTEC completamente lotado, mais de 300 alunos puderam conhecer melhor o funcionamento da instituição, sua história, e também os desafios e os objetivos para o futuro.
A recepção foi feita pelo diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, e contou com palestras do vice-diretor Edson Watanabe e dos diretores Fernando Alves Rochinha (Assuntos Acadêmicos), Guilherme Travassos (Planejamento e Administração) e José Carlos Pinto (Pesquisa e Desenvolvimento). Foi consenso entre os diretores a necessidade de ampliar a transferência de conhecimento à sociedade, fazendo com que o conhecimento gerado não se esgote na produção de documentos e sim contribua para o desenvolvimento do país.
Pinguelli apresentou aos alunos diversos laboratórios, que produzem pesquisas de alta tecnologia e enfatizou que a ciência e a inovação são fundamentais a uma sociedade competente, sustentável e justa. O professor destacou ainda que a instituição na qual esses jovens ingressam se fundamenta em três pilares: dedicação exclusiva; avaliações anuais dos docentes; projetos são realizados somente pelas fundações de apoio, sobretudo a Fundação Coppetec. “A Coppe nasceu disposta a renovar a universidade brasileira e contribuir para o desenvolvimento do país. Essa foi a intenção de Alberto Luiz Coimbra, quando a criou”, informa o diretor.
Contrapondo a diferença entre os valores das commodities que o Brasil exporta e os bens manufaturados que importa, o professor destacou a necessidade de o país valorizar a inovação e a alta tecnologia. “Somos exportadores de produtos primários, com nobres exceções. Temos a terceira maior empresa aeronáutica do mundo, a Embraer, e temos a Petrobras, que estão tentando destruir”, critica Pinguelli.
Excelência acadêmica
O diretor de Assuntos Acadêmicos, Fernando Rochinha, se concentrou em sua área de atuação e explicou à plateia diversos detalhes da vida acadêmica que lhes espera na pós-graduação. Conforme explicou o diretor, no Brasil é a Capes que afere a qualidade acadêmica das instituições de ensino superior, e, pelas avaliações mais recentes, dos 13 programas de pós-graduação da Coppe, nove desfrutam de grau de excelência (6 ou 7, em uma escala que vai até 7) e o Programa de Nanotecnologia obteve grau 5, que é o máximo para um programa recém-criado.
Para manter o alto padrão de qualidade pela qual é reconhecida, a Coppe elevou ainda mais as suas exigências de excelência. “A partir de agora, o doutorando deverá ter ao menos um artigo aceito para publicação em periódico listado no Journal Citation Reports (JCR) ou no Qualis Capes, nos estratos A1 e A2”, alerta Rochinha.
O professor informou aos novos alunos, que desde 2007 passou a exigir uma Declaração de não violação de direitos de terceiros, com o objetivo de evitar problemas relativos a direitos autorais. “São questões que nos preocupam: plágio, copyright e integridade na pesquisa. Há uma certa confusão sobre o respeito aos direitos autorais de terceiros. Dar o crédito a quem é devido é fundamental”, explica o diretor de Assuntos Acadêmicos.
O futuro do país
O professor Watanabe, por sua vez, usou alegorias e metáforas bem humoradas para mostrar à plateia a necessidade de inovar, de buscar soluções para problemas que nem mesmo são conhecidos, mas sem recorrer ao “copiar e colar”. Segundo o vice-diretor da Coppe, a pós-graduação preparara o aluno para descobrir problemas, para encontrar soluções ou explicações, e ser ousado e criativo. “O grande objetivo do doutorado é demonstrar algo que nem se sabe que não se sabe. É contribuir com algo novo. O doutorando deve dar um ‘susto’ no orientador”, afirma. Para o professor, é preciso estimular o lado psicológico do empreendedor, que precisa ter coragem e até mesmo aprender a errar. “Tendemos a achar que os problemas do dia a dia já estão resolvidos, mas é sempre possível buscar soluções novas”, avalia Watanabe.
Em sua apresentação, o professor Guilherme Travassos informou – sobretudo aos estudantes da Coppe que não se graduaram na UFRJ – acerca das instalações da Coppe, a divisão do prédio em blocos, a localização de programas e a oferta de serviços variados. O diretor de Planejamento e Administração enfatizou que as facilidades para o trabalho acadêmico são enormes e que isso inclui a possibilidade de uso de supercomputadores, do Núcleo Avançado de Computação de Alto Desempenho (Nacad). “Estaremos à disposição na sala G-109, para ajuda-los e para que ajudem a manter a soberania da Coppe”, disse Travassos.
José Carlos Pinto encerrou a recepção aos novos estudantes incentivando-os ao empreendedorismo e ressaltando o desafio de transferir à sociedade o conhecimento científico e tecnológico produzido pelas universidades. “Cada um de vocês vai produzir uma dissertação ou tese. Vocês têm de almejar que não sejam mais 300 documentos arquivados. Vocês devem se engajar para transferir o conhecimento gerado”, exorta.
O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento sugeriu aos alunos que leiam no Planeta Coppe as entrevistas com os professores da instituição, sobretudo os pioneiros. “Convido a todos que mergulhem na história da Coppe. Vocês ficarão muito orgulhosos. A universidade brasileira, tal como a concebemos, nasceu aqui e isso nos traz muita responsabilidade quanto ao futuro. Não existe sociedade desenvolvida, no mundo moderno, sem Ciência e Tecnologia. Vocês são o futuro do país”.