Coppe lança concurso fotográfico Viva a Ilha do Fundão
Planeta COPPE / Engenharia Química / Notícias
Data: 29/10/2013
No ano do seu cinquentenário, a Coppe vai revelar as múltiplas belezas de um lugar ainda pouco conhecido, até mesmo pelos seus 90 mil frequentadores diários. Trata-se da Ilha do Fundão, local onde a instituição está instalada desde 1967, quatro anos após a sua fundação, no campus da Praia Vermelha. Para homenagear essa ilha tão especial, responsável por uma parte representativa da produção de ciência, tecnologia e inovação no Brasil, a Coppe lança o concurso fotográfico Viva a Ilha do Fundão, cujas inscrições estarão abertas a partir do dia 31 de outubro. O endereço é http://www.coppe50anos.com.br/vivailha. Participe!
Aberto ao público em geral, o concurso está dividido em três categorias: Ciência e Tecnologia, Vida no Campus e Natureza e Arquitetura. Os concorrentes poderão postar suas fotografias no hotsite do concurso e, após o término do prazo para inscrições, uma comissão de especialistas elegerá as três melhores fotos em cada categoria (primeiro, segundo e terceiro lugares). Uma votação pela internet também escolherá três fotografias, independente da categoria.
Os autores das melhores fotos serão premiados com câmeras fotográficas que serão entregues na solenidade que antecederá a abertura da exposição das fotos na Coppe, em março de 2014. Também haverá uma exposição virtual no hotsite do concurso.
Comissão de especialistas
O Concurso Fotográfico Viva a Ilha do Fundão é composta por especialistas e profissionais que atuam nas áreas de fotografia, comunicação e arte. São eles o fotógrafo Custódio Coimbra; o jornalista e professor da Escola de Comunicação da UFRJ, Dante Gastaldoni, o artista plástico e professor da Escola de Belas Artes da UFRJ Cezar Bartholomeu, a arquiteta e artista plástica Fernanda Metello, a fotógrafa Joana Mazza e a designer gráfica Danielle Martins. A comissão é presidida pelo professor de Engenharia Química da Coppe e do Ateliê da Imagem, Príamo Melo.
A Ilha do Conhecimento
A Ilha do Fundão surgiu a partir da integração de um arquipélago formado por oito ilhas: Baiacu, Bom Jesus, Cabras, Catalão, Fundão, Pindaí do Ferreira, Pindaí do França e Sapucaia. A integração foi feita de 1949 a 1952, por meio de aterro.
Sede da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Ilha do Fundão, também conhecida como Cidade Universitária, abriga 26 unidades da UFRJ, instituições que atuam na área de C&T e centros de pesquisa ligados a grandes empresas. Ao todo circulam diariamente pela Ilha cerca de 90 mil pessoas. São em sua maioria estudantes, professores, funcionários, técnicos e pesquisadores que trabalham sobre o maior valor do mundo contemporâneo: o conhecimento.
A arquitetura é um capítulo à parte em sua história. Entre suas construções mais marcantes está a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, projeto de 1957, que conquistou o primeiro prêmio na categoria de edifícios públicos na Exposição Internacional de Arquitetura da IV Bienal. Nas últimas duas décadas a Cidade Universitária ganhou novas e modernas instalações: laboratórios de grande porte inaugurados pela Coppe, novos centros de pesquisa, a maioria instalada no Parque Tecnológico, e uma ponte que exibe uma arquitetura arrojada.
História e curiosidades
Apesar das transformações realizadas nas últimas seis décadas, a Ilha guarda às margens da Baía de Guanabara belezas naturais e uma série de curiosidades que marcaram a sua história. Uma delas é o hangar de hidroaviões, instalado próximo ao alojamento dos estudantes. Localizada na antiga Ilha das Cabras, a edificação foi utilizada, do fim da década de 1920 ao fim dos anos 1930, pela empresa italiana Lati. Próximo ao hangar está conservado o Parque do Catalão, uma reserva de 17 hectares de mata atlântica que está situada na área da antiga Ilha do Catalão e reúne 120 espécies arbóreas diferentes.
Abriga também edificações do Brasil Colônia que restaram no Rio de Janeiro: a Igreja do Bom Jesus da Coluna, erguida no início do século XVIII e tombada, em 1964, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No local, encontram-se as ruínas de um convento construído por padres franciscanos. A igreja, que fica dentro da área da Companhia de Comando da 1ª Região Militar, está sendo restaurada.
Ainda no campo das curiosidades, vale registrar que a Ilha do Fundão foi usada como circuito de rua para competições de automobilismo, de 1964 a 1965. Uma das corridas realizadas no local, em 11 de abril de 1965, foi vencida por um piloto estreante: Emerson Fittipaldi. Ao volante de um Renault 1093, ele iniciava uma carreira de sucesso, que culminou com dois títulos mundiais de Fórmula 1.
Ao longo de seis décadas, a Ilha do Fundão sofreu várias transformações. Mantendo sintonia com o universo de ideias que abriga, é um projeto em permanente construção. O sonho de Gustavo Capanema de reunir toda a UFRJ em um só local pode não ter sido plenamente concretizado. Mas a ilha certamente superou as expectativas do projeto original, ratificando a tese de que sonhar é preciso, tanto quanto navegar.