Delegação do Acre visita a Coppe para reduzir déficit de doutores
Planeta COPPE / Notícias
Data: 04/02/2013
Apesar de ocupar cerca de 60% do território brasileiro, a Região Amazônica reúne apenas 1% dos doutores formados no Brasil. No intuito de reduzir essa desigualdade, o reitor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Minoro Kinpara, o deputado Sibá Machado e o diretor-geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (Fapac), Pascoal Torres Muniz, visitaram a Coppe no último dia 18 de janeiro. O objetivo do grupo é viabilizar um acordo para o ingresso de alunos da Ufac nos cursos de mestrado e doutorado em Engenharia oferecidos pelos 12 programas da Coppe/UFRJ, contemplando, ao todo, cem alunos nos próximos quatro anos.
Segundo o deputado Sibá Machado, membro da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados do Acre, os estados do Norte estão negociando com o governo federal recursos da ordem de R$ 2 milhões para estimular a fixação de pesquisadores na região e para modernizar a infraestrutura das instituições locais, com a construção e reforma de laboratórios e bibliotecas. “Nossa meta é fixar, até 2025, 10 mil doutores na Região Amazônica”, revelou o deputado, que atualmente vem trabalhando no Projeto de Lei 2.177/2011, que institui o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
A comitiva do Acre, composta ainda por professores da Ufac e da rede pública do estado, foi recebida pelo diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa; seu vice-diretor, Aquilino Senra; e pelo diretor de Assuntos Acadêmicos, Edson Watanabe, que fez uma apresentação da instituição para os visitantes. Também estava presente o vice-reitor da UFRJ, Antônio José Ledo Alves da Cunha.
Entusiasmado com o interesse dos visitantes, Luiz Pinguelli Rosa disse esperar que a Coppe possa colaborar com a Ufac. O vice-reitor da UFRJ também destacou a importância da colaboração. “O Brasil tem uma dívida com o Norte. A região tem um potencial estratégico que as outras regiões do país precisam perceber. Também é importante que os nossos alunos possam ir para o Norte e conheçam uma realidade diferente. Entendemos que a diversidade é um bem, e a universidade luta por ela”, afirmou o professor Antônio Ledo.
Desafios da Região Amazônica
Em sua apresentação, o reitor da Ufac falou sobre os desafios da Região Amazônica. “Estamos em uma região carente, mas que também é Brasil e precisa do apoio de instituições como a Coppe para crescer. Nossa grande dificuldade é fixar doutores na região”, afirmou o professor Minoru Kinpara. “Precisamos muito da ciência e da tecnologia, na perspectiva de construirmos um desenvolvimento sustentável. A região precisa produzir riqueza a partir da própria floresta, sem, no entanto, destruí-la. Esse é um desafio que só com ciência e tecnologia poderá ser vencido”, explicou.
Após a reunião, a comitiva do Acre visitou o Laboratório de Biodiesel e a Unidade de Processamento de Biodiesel do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais da Coppe (Ivig/Coppe). O grupo também conheceu o projeto do trem de levitação magnética (Maglev-Cobra), no Laboratório de Aplicações de Supercondutores, e o Tanque Oceânico da Coppe, no Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano).