Inaugurada a primeira Planta Piloto de Polímeros em escala nano
Planeta COPPE / Engenharia Química / Notícias
Data: 05/11/2012
Foi realizada no dia 26 de outubro a inauguração da Planta Piloto de Polímeros da Coppe, a primeira do país capaz de escalonar tecnologias para a produção de micro e nanopartículas poliméricas com aplicações nas áreas médica, biotecnológica e farmacêutica. A planta, concebida no Programa de Engenharia Química da Coppe com apoio do BNDES, Firjan e Fiocruz, foi considerada um marco na história da Universidade Federal do Rio de Janeiro e um modelo de transferência de conhecimento para a sociedade brasileira.
Presente à cerimônia, o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Antônio Levi, afirmou que a Planta Piloto de Polímeros da Coppe representa uma tendência modernizante nas práticas acadêmicas da universidade. Segundo ele, o empreendimento guarda um conjunto de possibilidades que devem ser utilizadas como um paradigma para as próximas iniciativas da instituição.
“Como reitor, estou profundamente orgulhoso e otimista em relação ao futuro da UFRJ por força do trabalho que a Coppe, e em particular o Programa de Engenharia Química, vem desenvolvendo”, disse o reitor Carlos Antônio Levi, que compôs a mesa da cerimônia, realizada no auditório da Coppe no Centro de Tecnologia 1, na Cidade Universitária. Mias de cem pessoas compareceram ao evento, entre elas o vice-diretor da Coppe, prof. Aquilino Senra, o diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe, Segen Estefen, e representantes da Finep, BNDES, Farmanguinhos e Fiocruz.
Abrindo a cerimônia, o prof. José Carlos Pinto, coordenador do Laboratório de Engenharia de Polimerização da Coppe, onde está instalada a Planta Piloto de Polímeros, fez uma breve apresentação do trabalho, seu histórico, estudos em desenvolvimento e futuras aplicações. O professor, que é também diretor executivo da Fundação Coppetec, apresentou ainda o projeto mais adiantado do laboratório: o desenvolvimento de nanocápsulas do medicamento Praziquantel, usado no combate à esquistossomose, que poderá beneficiar as cerca de oito milhões de pessoas que têm a doença no Brasil.
Com financiamento do BNDES e da Finep, no valor total de 11 milhões de reais, a Planta Piloto de Polímeros ocupa uma área construída de 740 m2, que inclui a planta industrial, um conjunto de seis laboratórios e modernos equipamentos. Além do Praziquantel, o laboratório vem desenvolvendo importantes pesquisas em nanotecnologia para tratamento do câncer, por meio da técnica de embolização, filtros solares e cimentos ósseos, além de outras aplicações.
“Estamos envolvidos há pelo menos dez anos em estudos de tecnologias para a área biomédica. Nosso objetivo é tirar essas tecnologias das limitações de produção dos laboratórios e dar a elas uma escala industrial”, disse o professor José Carlos, que agradeceu, nominalmente a todas as pessoas que viabilizaram a concepção da Planta Piloto de Polímeros.
Declarando-se orgulhoso pela inauguração do laboratório, pela contribuição que ele dará a sociedade brasileira, o vice-diretor da Coppe Aquilino Senra disse que a iniciativa mostra a importância do envolvimento multidisciplinar para o progresso tecnológico. “A Coppe, que tem tradição nas áreas de óleo e gás e energia, principalmente, hoje apresenta um novo modelo na área de engenharia da saúde. Poucas instituições conseguem transformar o conhecimento científico em um produto importante para a sociedade e a Coppe e a Fiocruz são hoje exemplos claros que isso é possível” disse o professor.
Para João Paulo Pieroni, gerente setorial do Departamento de Produtos Intermediários Químicos e Farmacêuticos do BNDES, o projeto é um exemplo de que a universidade pode funcionar de forma racional em conjunto com o setor produtivo para gerar produtos que atendem às necessidades da população brasileira “O projeto que estamos celebrando hoje concretiza o que o BNDES sempre almejou: juntar tecnologia e inovação no Brasil com as necessidades do país“, disse ele.
Edgard dos Santos Rocca, superintendente da Área de Institutos Tecnológicos e de Pesquisa da Finep, manifestou seu imenso orgulho em participar do empreendimento. “O laboratório é uma grande conquista e mostra que nosso país, que já é o 13º do mundo em geração desse conhecimento, tem potencial de levar esse conhecimento à sociedade. Somos capazes de formar um país mais social, econômico e socialmente justo e desenvolvido”.
Vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Jorge Bermudez afirmou que a Planta Piloto de Polímeros da Coppe já é um sucesso. “Quando vemos uma iniciativa da Coppe com apoio da Finep, BNDES, Farmanguinhos e Fiocruz, constatamos que instituições sólidas geram parcerias duradouras. Queremos reafirmar o nosso compromisso em prosseguir nessa jornada”.
Em seu pronunciamento, o coordenador do Programa de Engenharia Química da Coppe/UFRJ, Paulo Laranjeira da Cunha Lage, optou por ressaltar o papel do “personagem por trás da iniciativa”: o professor José Carlos Pinto. “Depois de conquistar de uma carreira acadêmica brilhante, ele começou a pensar em engenharia de produto, área que precisa necessariamente de inovação para transformar o produto do laboratório num produto real. Para conseguir fazer isso dentro da universidade é preciso ter muita perseverança e muita coragem”, disse o professor, parabenizando o prof. José Carlos e sua equipe.
Após os pronunciamentos, o público foi convidado a conhecer as instalações do Laboratório de Engenharia de Polimerização, na Cidade Universitária, onde o professor José Carlos Pinto descerrou a placa a ser afixada na entrada e cortou a fita de inauguração. Após a visita, foi oferecido um coquetel aos convidados.
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