Pesquisas da Coppe recebem o Prêmio Inventor 2011
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Data: 23/12/2011
Três pesquisas inovadoras renderam a professores e pesquisadores do Programa de Engenharia Química (PEQ) da Coppe/UFRJ o Prêmio Inventor 2011 da Petrobras. Figuram na lista os professores Cláudio Habert, Cristiano Borges, Frederico de Araújo Kronemberger, José Carlos Pinto e os pesquisadores Aldo Batista Soares Júnior, Frederico Wegenast Gomes, Liliane Damaris Pollo e Vítor Lopes Pereira. O prêmio foi concedido a pesquisadores que registraram patentes durante o ano de 2010.
Em sua 11ª edição, o Prêmio Inventor, criado pela Petrobras em 2001, envolve todas as áreas de pesquisa e desenvolvimento nas quais a empresa deposita patentes: exploração e produção, gás e energia, biocombustível e abastecimento.
Os professores Cláudio Habert e Cristiano Borges e a pesquisadora Liliane Pollo foram contemplados com o prêmio pelo desenvolvimento de um novo processo de separação por membranas da mistura dos gases propano e propeno. Amplamente utilizado na fabricação de plásticos, o propeno é uma das matérias-prima mais importante da industria petroquímica. Para separá-lo do propano de forma mais econômica e com maior eficiência energética, os pesquisadores da Coppe desenvolveram membranas poliméricas contendo nanopartículas de prata.
Além de ser ambientalmente sustentável, o novo método requer equipamentos menos onerosos do que as torres de destilação utilizadas nos métodos convencionais para fazer a separação dos gases. A tecnologia, que está em processo de patente conjunta Coppe e Petrobras, já resultou três premiações à equipe, e foi desenvolvida durante o trabalho de tese de doutorado de Liliane Pollo, sob orientação de Cláudio Habert e Cristiano Borges. A inovação rendeu os prêmios Petrobras de Tecnologia (2007), Dow de Inovação em Sustentabilidade (2008) e Abiquim de Tecnologia (2010).
O professor Cristiano Borges foi contemplado duas vezes com o Prêmio Inventor 2011. O segundo estudo deve-se a um sistema inovador para obtenção de um bioproduto, denominado biossurfactante, capaz de remover poluição por derramamento de óleo. Absorvido pelo meio sem causar danos ambientais, o produto foi desenvolvido em parceria com os professores Frederico de Araújo Kronemberger, da Coppe, e Denise Freire, do Instituto de Química da UFRJ, também premiados pela Petrobras.
Evolução do trabalho levou o Programa de Engenharia Química da Coppe a inaugurar em 2009 a primeira unidade-piloto para a produção de biossurfactante no Brasil, com capacidade para 200 litros, construída com financiamento da Petrobras, O objetivo da unidade é consolidar os testes do produto, obtido com tecnologias e matéria-prima nacionais, reduzindo a importação do biossurfactante, que hoje é de 100%.
Há dez anos a Coppe desenvolve estudos sobre biossurfactantes, em parceria com o Instituto de Química da UFRJ e a Petrobras, cujos resultados já renderam a Frederico Kronemberger o Prêmio Petrobras de Tecnologia (2007), Menção Honrosa no Prêmio Capes de Teses (2008) e o segundo lugar no Prêmio Braskem-ABEQ (2009).
O professor José Carlos Pinto e seus alunos de mestrado Aldo Batista Soares Júnior, Frederico Wegenast Gomes e Vítor Lopes Pereira foram contemplados com o Prêmio Inventor pelo desenvolvimento de um novo processo para produção e uso de resinas. No Laboratório de Modelagem, Simulação e Controle de Processos da Coppe, José Carlos e sua equipe estudaram um novo material com potencial para substituir os plásticos fabricados com o uso de poliésteres, em particular o PET, em várias aplicações.
Reciclável e obtido a partir de matérias-primas renováveis, derivadas da celulose, as novas resinas não poluem o ambiente. O processo para o desenvolvimento do produto encontra-se em fase de patente depositada pela Coppe, Petrobras e Braskem, que também apoiou a pesquisa.