Coppe e Escola Politécnica da UFRJ firmam parceria
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Data: 01/12/2011
A Coppe e a Escola Politécnica da UFRJ acabam de firmar uma parceria para que bons alunos de Engenharia façam disciplinas de pós-graduação ainda durante o curso de graduação. Com essa iniciativa, o aluno da Politécnica poderá concluir o mestrado na Coppe em menos tempo, pois não precisará cursar novamente aquelas disciplinas. E mesmo aqueles que no final do curso não quiserem optar pela pós-graduação sairão da UFRJ ainda mais capacitados para disputar os melhores postos oferecidos pelas empresas. Nos dois casos, o resultado será o aumento da oferta de engenheiros qualificados para um mercado em efervescência, cuja demanda não para de crescer.
Hoje, o Brasil forma apenas 35 mil engenheiros por ano, para uma demanda anual de cerca de 90 mil profissionais. Mantida essa defasagem, em 2015 o déficit será de cerca de 220 mil engenheiros. A média brasileira é de seis engenheiros por mil habitantes, cerca de cinco vezes menos que as médias dos Estados Unidos e do Japão, por exemplo. Os desafios para a solução desse problema vêm sendo discutidos por um grupo de docentes e pesquisadores da Coppe, pois a escassez de engenheiros constitui um sério entrave para a realização das perspectivas atuais de desenvolvimento do país.
Um exemplo é a área de petróleo. A descoberta do pré-sal tem atraído para o Brasil as maiores empresas do mundo no setor, com algumas instalando seus centros de pesquisa no Parque Tecnológico da UFRJ. Embora a exploração esteja apenas começando, a alta complexidade das atividades nos campos do pré-sal já provoca um aumento da demanda por profissionais mais preparados. As empresas precisam deles para hoje, de imediato, porque já estão se instalando no país. Caso o Brasil não ofereça os profissionais necessários, as empresas certamente irão importá-los. O mesmo poderá acontecer em outros setores, pois a carência de engenheiros é geral – daí a importância da parceria entre a Escola Politécnica e a Coppe, que atuam numa gama diversificada de áreas da Engenharia.
O diretor de Assuntos Acadêmicos da Coppe, Edson Watanabe, acredita que os alunos do ensino médio terão um incentivo a mais para prestar vestibular para Engenharia na UFRJ. “A parceria entre a Coppe e a Escola Politécnica é uma oportunidade única. Além de cursar um dos melhores cursos de graduação do Brasil na área de engenharia, o aluno terá a oportunidade de fazer créditos na pós-graduação em engenharia brasileira com a maior concentração de notas 6 e 7, na avaliação da Capes, atribuídas a cursos com desempenho equivalentes aos dos mais importantes centros de ensino e pesquisa do mundo. Além disso, esses alunos poderão participar de pesquisas desenvolvidas em mais de 100 laboratórios e em projetos realizados em conjunto com empresas dos centros de pesquisas instalados no Parque Tecnológico, na Cidade Universitária. É certamente um grande diferencial em relação ao que existe hoje no país”, afirma Watanabe.
De acordo com o diretor da Escola Politécnica, Ericksson Almendra, o crescimento da economia brasileira aponta a necessidade de mais capacitação de mão de obra, o que deverá ser o alicerce do desenvolvimento tecnológico nas próximas décadas. “Diante dos avanços em direção ao Parque Tecnológico, a Politécnica e a Coppe estão estudando formas mais efetivas e unindo esforços para a integração de alunos de graduação com a pós-graduação da UFRJ. Além disso, dependendo do curso de graduação, as disciplinas feitas na Coppe poderão valer também como optativas da graduação”, ressalta Ericksson Almendra.
Para que o aluno de graduação da Escola Politécnica da UFRJ faça disciplinas de mestrado da Coppe, terá que ser autorizado pelo Programa que as oferece. Ao final do período, aquela disciplina será registrada em seu histórico escolar. As disciplinas cursadas dessa forma poderão ser aproveitadas quando o aluno ingressar na Coppe, desde que aprovadas pelo Programa escolhido por ele. Esse procedimento é similar ao que bons alunos de um dado período fazem ao “puxar” disciplinas de períodos mais a frente.