Jogos Olímpicos começam pela preparação do solo
Planeta COPPE / Engenharia Civil / Notícias
Data: 17/06/2011
Para receber o maior evento esportivo do planeta, as Olimpíadas de 2016, o Rio começa a preparar as bases que sustentarão a grande festa. Na Zona Oeste, área da cidade que concentrará boa parte das novas instalações esportivas, já começaram os estudos para definir as técnicas de tratamento de solo que serão utilizadas na fundação das grandes obras. A região tem um solo mole que constituiu um desafio para os engenheiros. A Coppe pôs seu conhecimento à disposição para garantir que as tecnologias mais modernas de estabilização de solos sejam utilizadas e se evitem os problemas que até hoje acompanham a Vila do Pan, conjunto de prédios que abrigou os atletas do Pan 2007 e cujas ruas apresentam até hoje sinais de afundamento em alguns pontos.
O trabalho na Zona Oeste está em estágio inicial de análise do solo. Os pesquisadores estão fazendo ensaios, medições e análises da composição geológica do terreno. Essas informações ajudarão a definir as técnicas de tratamento mais adequadas para garantir a estabilidade das edificações olímpicas. A constituição de boa parte da Zona Oeste é de solo sedimentar. O desafio é evitar deformações e rupturas da camada de argila mole e orgânica que constitui a geologia predominante na região. Esse trabalho de análise do solo vem sendo coordenado por Márcio Almeida, professor de Engenharia Geotécnica da Coppe.
Algumas das técnicas para estabilização que serão empregadas na Vila Olímpica já foram adotadas com sucesso na região onde será realizado o Rock in Rio 2011, cujo terreno está em fase final de tratamento, também coordenado pelo professor Márcio Almeida. Essa área faz parte do Parque Olímpico e está localizada em frente à Vila Olímpica.
Segundo o professor Márcio Almeida, o tratamento do terreno deve ser cuidadosamente estudado. Na região da Vila Olímpica, que tem cerca de 73 hectares de área, o tipo de solo varia de um lugar para outro, o que exige diferentes formas de interferência. “De acordo com as especificidades da composição geológica, uma técnica é mais eficiente e adequada para ser aplicada que outra”, explica Márcio.