Professores da Coppe recebem Prêmio Scopus 2009
Planeta COPPE / Engenharia Química / Notícias
Data: 01/10/2009
Os professores Martin Schmal e José Carlos Pinto, do Programa de Engenharia Química da Coppe, foram agraciados com o Prêmio Scopus 2009, concedido a pesquisadores que apresentam destacada produção científica retratada na base de dados Scopus, considerada a mais ampla em resumos e citações da literatura científica mundial. A cerimônia de premiação foi realizada, dia 28 de setembro, no hotel Copacabana Palace.
Este ano 16 pesquisadores brasileiros foram premiados. Desde que foi criado, em 2006, o Prêmio Scopus – uma iniciativa da editora Elsevier em parceria com a Capes- já foi concedido a mais de 80 pesquisadores latino-americanos.
Os dois professores premiados têm em comum a Engenharia Química, a ampla produção acadêmica e na Coppe são colegas de programa. Martin Schmal, no entanto, é veterano, recebeu recentemente o título de Professor Emérito e tem 39 anos de trajetória acadêmica. Reconhecido como um dos maiores especialistas na área de Catálise, foi o primeiro brasileiro agraciado com o prêmio da Fundação Humboldt, da Alemanha, em 2002, concedido a cientistas de destaque internacional.
José Carlos Pinto começou sua carreira acadêmica, em 1992, aos 29 anos. Sua produção científica na área de modelagem, simulação e controle de processos químicos, com ênfase em controle de sistemas de polimerização, tem tido repercussão nacional e internacional, com representativo número de citações de seus trabalhos na literatura internacional: cerca de 450 de acordo com o “Web of Science”.
Saiba mais sobre o perfil dos premiados
ilho de judeus alemães, Schmall veio com os pais para o Brasil, em 1939, com pouco mais de um ano de idade. Graduado em engenharia química pela Universidade Católica de São Paulo, em 1964, concluiu o mestrado na Coppe, em 1966, e o doutorado na Universidade Técnica de Berlim, em 1970. Ao retornar ao Brasil, como professor adjunto do Programa de Engenharia Química da Coppe, criou o Nucat e, desde então, vem colecionando prêmios, discípulos e admiradores, no Brasil e no exterior.
Schmall já orientou mais de 80 alunos em dissertações de mestrado e teses de doutorado, publicou mais de 150 artigos em periódicos internacionais e mais de 400 trabalhos em anais de congressos nacionais e internacionais.
Professor Emérito da UFRJ desde 2008, é membro do Comitê Internacional de Catálise e coordena o grupo de Célula a Combustível – geração de hidrogênio – do Ministério da Ciência e Tecnologia. Em 2002 recebeu o prêmio da Fundação Humboldt, da Alemanha. A premiação foi dada em reconhecimento ao trabalho de pesquisa em catálise ambiental desenvolvido no Núcleo de Catálise (Nucat) da Coppe – implantado por Schmall na década de 70 – que possui parceria com o Fritz-Haber Instituto, do Instituto Max Plank, em Berlim. Conhecido no meio científico como revelador de talentos na área, o prêmio da Fundação Humboldt, criado em 1953, foi concedido a 34 pesquisadores que, posteriormente, receberam o prêmio Nobel.
Mestre em Engenharia Química pela Coppe, em 1987, José Carlos Pinto concluiu seu doutorado, em 1991, aos 28 anos, também na Coppe, tendo passado dois anos na University of Wisconsin, (EUA). No ano seguinte iniciou suas Pesquisador 1A do CNPq, José Carlos Pinto já orientou 55 dissertações de Mestrado, 35 teses de Doutorado e cinco projetos finais de curso. Tem 19 patentes e registros de software, quase 200 trabalhos publicados em periódicos internacionais, quase 300 artigos completos publicados em congressos nacionais e internacionais e é autor ou co-autor de três livros.
Agraciado com, conquistou o Prêmio Capes de Teses como orientador nas ares de Engenharia II e IV, em 2007, o Prêmio Braskem 2003, como orientador da 2ª melhor dissertação de mestrado; o Prêmio Nacional de Pós-graduação da Associação Brasileira de Engenharia Química, em 2000, e os Prêmios Metanor (1985), Union Carbide (1993).
“José Carlos é um meteoro. Professor carismático de cuspe e giz. É um dos poucos capazes de harmonizar trabalho, família, amigos muitos, música, sem danificar seu projeto de vida”, resumiu o professor Massarani, durante a entrega ao pesquisador do Prêmio Mérito Acadêmico 2002.