Professores da COPPE recebem o título de Professor Emérito
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Data: 12/12/2008
Na próxima quarta-feira, dia 17 de dezembro, às 10 horas, quatro professores da COPPE receberão o título de Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), durante sessão solene do Conselho Universitário. O título será entregue pelo reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, aos professores da COPPE Amaranto Lopes Pereira, do Programa de Engenharia de Transportes, Martin Schmal, do Programa de Engenharia Química, Luiz Bevilacqua e Jacque de Medina, do Programa de Engenharia Civil. A cerimônia será realizada no auditório do Centro de Tecnologia, na Cidade Universitária – Ilha do Fundão.
Conheça o perfil dos professores agraciados:
Amaranto Lopes Pereira
Amaranto Lopes Pereira é Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Toulouse (1959), França. Sua tese de doutorado resultou no desenvolvimento de um equipamento para análise de rede elétrica, testado e implantado na França, cuja tecnologia, inédita, gerou duas patentes internacionais.
O professor ingressou na COPPE em 1970, no Programa de Engenharia Elétrica, e no ano seguinte ajudou a implantar o Programa de Engenharia de Sistemas e Computação. Desde 1980 atua no Programa de Engenharia de Transportes (PET), o qual ajudou a fundar e permanece até hoje ministrando aulas, orientando alunos de mestrado e doutorado e desenvolvendo pesquisas e projetos nas áreas de Planejamento, Concepção, Operação e Otimização de Transportes. Na COPPE, o professor já orientou 20 teses de doutorado e 46 dissertações de mestrado, publicou 10 artigos em periódicos nacionais internacionais e 68 trabalhos completos em anais de congresso.
O professor foi contemplado em 1973 com o Diploma e Medalha da Ordem Nacional do Mérito da França, uma homenagem recebida por sua contribuição acadêmica na Universidade de Toulouse e na cooperação técnica internacional entre França e Brasil, tendo trazido para a COPPE 18 engenheiros franceses para atuar como cooperante em diversos programas da instituição. Em 1995, emocionou-se ao ser incluído no seleto grupo de doze ex-alunos escolhidos para receber a Medalha do Mérito do Centenário da Escola de Engenharia de Pernambuco, uma das mais antigas do país.
No decorrer de sua trajetória na UFRJ, o professor Amaranto assumiu vários cargos e funções: foi membro do Conselho Universitário por oito anos, diretor eleito da Escola de Engenharia, entre 1978 e 1982, decano do Centro de Tecnologia, de 1982 a 1986, e Subreitor de Patrimônio, Finanças e de Pessoal. Foi três vezes eleito presidente do Conselho Deliberativo e por dois períodos esteve à frente da coordenação do Programa de Engenharia de Transportes da COPPE. Não é por acaso que seus colegas referem-se a ele como ‘memória viva’ da instituição.
Luiz Bevilacqua
Fundador dos programas de Engenharia Civil e Engenharia Mecânica da COPPE, Luiz Bevilacqua, ingressou na instituição em 1967. É Engenheiro Civil formado pela UFRJ, em 1959, e Doutor em Mecânica Teórica e Aplicada pela Universidade de Stanford, em1971. Como professor do Programa de Engenharia Mecânica, desenvolveu pesquisas nas áreas de mecânica dos sólidos, teoria das cascas, dinâmica das estruturas, propagação de ondas em meios contínuos, métodos variacionais em mecânica, modelagem matemática e computacional de bioecossistemas.
Na COPPE, o professor já orientou 14 dissertações mestrado e seis teses de doutorado, publicou 19 artigos em periódicos nacionais e internacionais e 68 trabalhos em anais de congressos. É membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Européia de Ciências e da Academia Internacional de Astronáutica.
Durante sua trajetória profissional, Bevilacqua foi fundador da Associação Brasileira de Ciências Mecânicas e presidente do Comitê de Engenharia da CAPES, no período de 1987 a 1990. Ocupou em 1992 o cargo de secretário-geral do Ministério de Ciência e Tecnologia, foi diretor das unidades de pesquisa do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), em 1994, e diretor científico da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, em 1995. Foi um dos fundadores do Laboratório Nacional de Computação Científica, no qual exerceu o cargo de coordenador de pós-graduação.
Mesmo após ter se aposentado em 1998, nunca deixou de atuar nas áreas de educação e pesquisa. Em 2003 assumiu a direção da Agência Espacial Brasileira, em 2006 tomou posse como reitor da Universidade Federal do ABC, cargo no qual permaneceu até julho de 2008. Desde então, atua no Núcleo de Transferência de Tecnologia (NTT) do Programa de Engenharia Civil da COPPE.
Jacques de Medina
Mestre pela Universidade de Purdue, em Indiana, nos EUA, em 1951, Jacques de Medina é formado em Engenharia Civil e em Engenharia Elétrica pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil. Ingressou na COPPE em 1967, aos 44 anos, a convite do Diretor da instituição, Alberto Luiz Coimbra. Embora até aquele momento nunca tivesse atuado no magistério, possuía grande experiência na área de engenharia: atuou como engenheiro no Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) e foi chefe Laboratório Central do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), o qual dirigiu por onze anos, após retornar do mestrado nos EUA.
Professor titular aposentado, Medina orientou sete teses de doutorado e 20 dissertações de mestrado, é autor de mais de 110 publicações, sendo 26 internacionais e 15 em congressos sediados no Brasil. Autor do livro “Mecânica dos Pavimentos”, uma referência na área que teve uma segunda edição publicada em co-autoria coma professora Laura da Motta, o professor, recebeu o Prêmio Terzaghi, concedido pela Associação Brasileira de Mecânica dos Solos, Honra ao Mérito e Homenagem Especial da Associação Brasileira de Pavimentação.
Ao ingressar na COPPE, Medina trouxe para a instituição a experiência adquirida ao longo dos anos no trabalho e nos estudos, como o do mestrado nos EUA. Considerado hoje uma liderança, como formador e motivador, na área de geotecnia e pavimentação, o professor foi responsável pela introdução da disciplina de Mecânica dos Solos, com ênfase em propriedades físico-químicas dos solos, no curso de Engenharia Civil da COPPE. Trata-se de uma disciplina especial que sempre foi um diferencial da instituição face aos outros cursos de pós-graduação de geotecnia brasileiros e que facilitou o estabelecimento da área interdisciplinar de geotecnia ambiental anos depois.
O mestrado de Medina nos EUA foi decisivo para a área de geotecnia da COPPE porque o curso levava em consideração as particularidades do lugar para a construção de estradas: geografia, geologia, clima etc. Até o momento não há nada similar no Brasil, e o professor torce para que essa linha seja seguida nos cursos brasileiros. O tema rendeu três teses de doutorado na COPPE, e um ex-aluno da instituição está implantando essa metodologia nos cursos do Instituto Militar de Engenharia (IME).
Martin Schmal
Referência internacional na área de catálise, o professor Martin Schmal é Mestre em engenharia química pela COPPE, em 1966, e Doutor pela Universidade Técnica de Berlim, em 1970. No mesmo ano, ao retornar do doutorado, ingressou na COPPE como professor, onde implantou o Núcleo de Catálise do Programa de Engenharia Química da COPPE (Nucat), em 1991, considerado um dos principais centros de catálise do mundo.
Membro da Academia Brasileira de Ciências, Schmal orientou 35 teses de mestrado e 43 de doutorado, publicou mais de 167 artigos em periódicos nacionais e internacionais e 211 trabalhos completos em anais de congressos nacionais e internacionais. Atualmente é o coordenador do grupo de Célula a Combustível – geração de hidrogênio do Ministério da Ciência e Tecnologia, que congrega conceituados pesquisadores do País.
Membro do Comitê Internacional de Catálise, Schmal foi o primeiro brasileiro agraciado com o prêmio ‘Humboldt Research Award’, concedido em 2002 pela Fundação Alexander von Humboldt, da Alemanha, em reconhecimento aos resultados de suas pesquisas em catálise ambiental desenvolvidas na COPPE e no Fritz-Haber Institut, do Instituto Max Plank, em Berlim.