Ilha do Fundão será asfaltada com materiais testados pela COPPE
Planeta COPPE / Engenharia Civil / Notícias
Data: 09/10/2006
Os milhares de motoristas que circulam diariamente pela Cidade Universitária, na ilha do Fundão, acabam de receber uma boa notícia. Uma parceria entre a COPPE/ UFRJ e o Centro de Pesquisas da Petrobras (CENPES) vai resolver os problemas dos trincamentos, comuns no antigo asfalto da Ilha, que é o principal motivo de queixas dos motoristas de veículos que circulam pelo local, incluindo 1500 ônibus. A supervisão técnica ficará a cargo do Laboratório de Misturas Asfálticas do Programa de Engenharia Civil da COPPE e o projeto será financiado pelo Cenpes.
Os pesquisadores do laboratório da COPPE vão analisar mais de 20 misturas asfálticas para selecionar as mais apropriadas a serem usadas no projeto. A professora Laura Goretti da Motta, coordenadora do laboratório, explica que ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, o asfalto, extraído de resíduo de petróleo, corresponde a apenas cerca de 5% do total de uma mistura asfática, sendo os 95% restantes constituídos por pedra. As misturas possíveis, no entanto, não são todas iguais: “além dos componentes comumente usados, compostos como polímeros e pó de borracha de pneus moídos podem ser agregados ao asfalto, aumentando sua flexibilidade e, portanto, sua vida útil” – explica.
Todas as principais vias da Cidade Universitária serão asfaltadas. As obras de asfaltamento começarão em até 30 dias e o primeiro local a ser asfaltado será a rua onde fica o prédio da Reitoria. A equipe do laboratório da COPPE testará as diferentes misturas em cada trecho de 100 m. Com base nos resultados obtidos é que as vias serão asfaltadas. Segundo Goretti, nos pontos de ônibus da Ilha serão usadas as misturas mais resistentes.
A professora explica que para se asfaltar novamente uma via já pavimentada, em certos casos, como o do campus, é preciso raspar as camadas antigas, a chamada fresagem: “Há casos em que a fresagem é necessária para que o nível da pista não fique mais alto que o da calçada. Outra questão que faz a fresagem ser necessária é aexistência de pontos de trincamento, que se fossem simplesmente reasfaltados diminuiriam a vida útil da pavimentação, com a tendência de as falhas existentes se refletirem nas novas camadas aplicadas. Como este é o caso da ilha do Fundão, usaremos a mistura asfáltica retirada das pistas para pavimentar o estacionamento em frente ao prédio da Geotecnia e do CETS, além do bloco H do CT” – explica a professora.